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A Mudança Social

Por:   •  24/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  175 Visualizações

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DSO-CICH

Modernidade e Mudança Social

II-2016 – Professor: Silvio Salej H.

Guia No. 4

Bruna Vieira Barreto

A malandragem na cultura nacional brasileira

        

Nossa leitura da obra “Carnavais, Malandros e Heróis”, de Roberto Da Matta, se concentra agora sobre o capítulo IV – Pedro Malasartes e os paradoxos da malandragem. Exploremos como o mito de Pedro Malasartes contribui para nossa reflexão sobre do comportamento do brasileiro em uma esfera democrática racionalizada.

  1. Um dos subtítulos encontrados neste capítulo tem como nome Um triângulo de dramas, um triângulo de heróis. Nesta passagem, Da Matta apresenta três rituais brasileiros e seus respectivos protagonistas como “pontos polares” que indicam diferentes tendências de comportamento cristalizadas entre os brasileiros.

A) Apresente as três personagens ou tipos sociais elencadas por Da Matta, ressaltando, sobretudo, como cada personagem opera as relações:

  1. “indivíduo/pessoa”
  2. “ordem/desordem”

O malandro (ser marginal e/ou liminar) é um ser deslocado das regras formais e individualizado pelo modo de andar, falar e vestir. Faz parte de um universo individualizado percebido pelo esqueleto hierarquizante da sociedade como muito mais criativo e livre.

O caxias reforça a ordem social e deseja mantê-la como ela é, demonstra o poder do domínio uniformizado e regular. É a leitura de um mundo definido pela presença nítida e poderosa da totalidade e da hierarquização materializada na lei e na regra, em oposição ao mundo individualizado das pessoas.

O renunciador individualiza-se e assim fazendo, cria as condições, no universo hierarquizado em que vive, de reinventar e recriar o mundo social em novas bases.

B) No seu cotidiano, você se depara com os tipos sociais apontados por Da Matta? Cite exemplos.

Sim, como malandros me deparo com alguns colegas e amigos que priorizam a desordem. Já como caxias, me deparo com oficiais da polícia, por exemplo. E como renunciadores, me deparo com líderes de movimentos religiosos e políticos que buscam uma nova realidade social.

  1. Pensemos, agora, mais detidamente sobre a figura de Pedro Malasartes e de seu irmão João, como apresentada por Da Matta.
  1. Qual é a principal justificativa para o comportamento esperto de Malasartes, em que sentido é um anti-herói? De que forma o Estado, as leis e a cidadania aparecem na história dessa personagem? Qual é o drama de João, irmão de Malasartes?

João, irmão de Malasartes, foi explorado impiedosamente por um fazendeiro através de um contrato de trabalho. Com objetivo de vingança Pedro vai trabalhar para tal homem e tem seu comportamento justificado pelo fato de o contrato ser extremamente injusto e maldoso, devolvendo assim ‘‘na mesma moeda’’ ao fazendeiro. Malasartes é então um anti-herói devido a sua maneira peculiar de vencer as desvantagens a que foi imposto.

O Estado, as leis e a cidadania aparecem na história em forma de um paradoxo na relação entre Pedro e seu patrão. Para explorar, o fazendeiro faz um contrato impessoal com seus empregados. Mas é este contrato (moldado pela esfera econômica, pelo lucro e pelas leis do mercado) que permite que um empregado sagaz destrua seus bens e seus recursos de poder. Tomando o contrato pelo seu ‘outro lado’ e revelando as relatividades e brechas que sempre existem no jogo de poder e nas relações entre fortes e fracos.

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