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A VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR SEGUNDO A VISÃO DA TEORIA CRÍTICA

Por:   •  24/9/2020  •  Resenha  •  4.737 Palavras (19 Páginas)  •  165 Visualizações

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A VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR SEGUNDO A VISÃO DA

TEORIA CRÍTICA

        

                                        

João Pessoa

2018

INSTITUIÇÃO  DE ENSINO MÉDIO, TÉCNICO E INTEGRAL

  1. DESCRIÇÃO DA ESCOLA

A Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa Pastor João Pereira Gomes Filho (ECIT-JP), além de referência é também modelo de instituição de ensino para outras ECIT’s do Estado da Paraíba. O nome dessa escola faz referência ao “Pastor João Pereira Gomes Filh” que faleceu precocemente aos 49 anos de idade vítima de infarto. Ele exerceu uma militância junto à juventude no combate às drogas, tanto no campo religioso na Igreja Batista de João Pessoa, como também no seu cargo público, exercendo a função de gestor do Programa Estadual de Políticas Sobre Drogas da Paraíba.

Portanto, o nome dessa instituição de ensino faz homenagem a esse ilustre cidadão, realizada pelo o então governador da Paraíba Ricardo Coutinho. Vale ressaltar que existem outras ECIT’s no Estado da Paraíba, sendo outras duas na cidade de Bayeux (ECIT Erenice Cavalcanti Fideles) e em Mamanguape (ECIT João da Matta Cavalcanti de Albuquerque) vale destacar que as ECIT’s em cada cidade homenageiam uma personalidade pública importante da cidade.

No entanto, essas não são as únicas três escolas técnicas existentes na Paraíba, sendo ao total um número de 26 escolas denominadas Escolas Cidadãs Integrais Técnicas estaduais da Paraíba (ECIT) sendo essas três descritas, como pertencente a um novo padrão arquitetônico, as demais são escolas de ensino médio regular que absorveram o molde integral de educação e não necessariamente os cursos técnicos.

Em 2016, ano de inauguração da ECIT-JP utilizou prova de seleção como forma de ingresso, já no ano de 2017 usou como critério a apresentação de nota do histórico escolar.

        A escola, visitada para realizar o presente trabalho, como já foi citada anteriormente, está localizada na Rua Hilton Solto Maior, S/N no bairro de Mangabeira VII na cidade de João Pessoa. A área de entorno é em quase toda totalidade formada por prédios públicos, outras escolas da rede privada e o comércio, assim como aproximação com o Shopping Mangabeira.

A escola possui um duplo padrão de ensino, é, concomitantemente, ensino regular e ensino técnico; para a área técnica conta com dois cursos à saber: Vendas e Cozinha. Posto isso, inferi que os cursos, supracitados, provavelmente foram escolhidos como necessários para o desenvolvimento das potencialidades turísticas daquela localidade, uma vez que também se situa nas proximidades do conjunto Quadramares que é região litorânea, bastante valorizada com a presença de estabelecimentos turísticos, tais como o “Centro de Convenções” e a “Estação Ciência”, assim como uma cadeia hoteleira bem diversificada.

        A escola consta de 15 docentes e 14 profissionais de apoio; além de oito turmas, quatro de cada curso que também é médio regular em que as atividades se distribuem ao longo do dia de forma intercalada pela sua postura de ensino integral; por sala de aula existe uma média de 40 estudantes.

A escola possui diversos espaços: 12 salas de aula, diretoria, secretaria, coordenação, ambiente dos professores, auditório, ginásio poliesportivo, cozinha, biblioteca, laboratório (de matemática, robótica, biologia, química, idiomas e informática), banheiros, refeitório, sala de grêmio estudantil, anfiteatro, estacionamento e pátio.


Introdução

O presente trabalho propõe realizar uma rápida incursão na temática da violência no âmbito das Ciências Sociais, partindo dos teóricos Durkheim, Marx e Weber, mas também considerando autores contemporâneos como Erwing Goffman, Howard S. Becker e Norbert Elias, pensando em lógicas de exclusão. A intenção foi percorrer o deslocamento que a violência teve na abordagem acadêmica, ora como instrumental e marginal, ora obtendo uma posição central na análise da sociedade.

Após esta breve reflexão, analisaremos nesse estudo, em andamento, a violência escolar, tendo como objeto de estudo a Escola Cidadã Integral Técnica de João Pessoa Pastor João Pereira Gomes Filho, localizada no bairro de Mangabeira VII e como recorte histórico a partir do ano de 2016. O objetivo é analisar suas especificidades como sintoma do mal-estar contemporâneo, enfatizando as ações cotidianas, corriqueiras ou incivilidades que corroem os laços sociais.

Por fim, apresentarei os resultados da pesquisa empírica realizada nesse ambiente escolar e posteriormente complementada com outras observações e discussões através dos dados coletados na tentativa de encontrar “brechas” que contribuem para a compreensão a cerca da complexidade da violência e sua relação com a educação nessa escola técnica em Mangabeira.

A violência nas Ciências Sociais é um tema recorrente e tem sofrido profundas alterações, pontos de vista ao longo do tempo. Partindo das matrizes clássicas da Sociologia, Durkheim, Marx e Weber, podemos afirmar que a discussão acerca da violência foi preferencialmente analisada como instrumental e somente recentemente com autores como Goffman, Becker e Elias numa perspectiva de “outsiders”, ou seja, numa lógica de exclusão, desembocando, muitas vezes, em bulliyng escolar, entre outras formas de violência, é que os estudos sobre a violência obtiveram uma centralidade analítica no âmbito educacional.

Numa primeira abordagem sociológica, Durkheim (1972) coloca as bases para pensar sobre a educação e o papel das escolas na sociedade. Na sua perspectiva, essa seria uma instituição social básica, com papel fundamental na reprodução da homogeneidade (a garantia de uma base ideológica comum) e da heterogeneidade (a garantia de que as forças que alimentarão as diferenças criadas pela divisão do trabalho serão recriadas). Sua relação com a sociedade é a de perpetuar as formas sociais vigentes em cada época; sua relação com as formas dominantes do trabalho é direta: preparar (no caso da nossa modernidade) para a divisão do trabalho, para a especialização requerida pela produção industrial (DURKHEIM, 1999).

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