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Análise do Filme História

Por:   •  11/9/2017  •  Resenha  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  219 Visualizações

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Análise do Filme Histeria

O filme “Histeria” relata sobre o surgimento do popular (e ainda alvo de preconceito) vibrador, ou consolo, conforme citado no decorrer do filme. O filme relata toda história das mulheres daquela época, que no qual é o final do século XIX, época base da constituição psicanalítica, marcada por uma verdadeira “epidemia” de histeria, patologia até então atribuída exclusivamente ao sexo feminino, já que a medicina vigente utilizava-se do sentido estritamente etimológico para o termo. Observa-se que o tratamento consistia em nada menos que dar orgasmos nas mulheres "histéricas" de Londres. Por mais estranho que pareça, o consultório se encontrava sempre lotado de mulheres insatisfeitas sexualmente, mas que sequer sabiam disso. Mais tarde, obviamente, se percebe que o problema não é peculiar à mulher, e que também acomete homens, embora em menor grau.

Portanto, o filme usa uma linguagem leve para demonstrar que, na tentativa de encontrar um alívio para aquelas senhoras e senhoritas de diferentes idades, um jovem médico acaba por inventar um equipamento que substitui as mãos nas massagens/estímulos vaginais, já que ele desenvolveu um trauma em suas mãos, pela quantidade de intervenções que fazia diariamente; até então a massagem era única alternativa para aplacar as crises que acometiam as nobres pacientes. É importante lembrar que não se tinha claro que a histeria poderia ser decorrente de conflitos internos (pulsões reprimidas) que se manifestavam em sintomas físicos. Dentre outras coisas, pensava-se que era uma doença decorrente da ausência de “ventilação sanguínea” adequada na região uterina. O filme não se preocupa em mostrar esta faceta da doença, e sim exclusivamente o surgimento do vibrador.

Sendo assim, o filme relata todo o procedimento para o surgimento do vibrador e como foi criado, por quem foi criado e também a importância que muitos profissionais daquela época deu a este aparelho, por reconhecer a importância que ele tinha no resultado apresentado pelas pacientes daquela época. O vibrador foi e continua sendo uma alternativa adequada para (a mulher em particular) “lidar” com o próprio corpo. No entanto, assim como para enfrentar um problema maior, mais sutil, não basta prescrever doses diárias de Prozac (que podem maquiar as causas de tal problema), as questões que se escondem nos recônditos do ser devem ser enfrentadas com (boa) vontade e tempo, tanto do paciente quanto do terapeuta. Dois ingredientes aparentemente em extinção na contemporaneidade, mas que devem ser perseguidos para que haja sucesso nos fins e se torne algo comum, sem restrição, pois falar de sexualidade, de autoconhecimento é necessário para que as pessoas possam se sentir vivo e completamente feliz, pois a liberdade de expressão é direito que todos nós cidadãos temos, independente das consequências que podem nos causar perante a sociedade.

Acadêmica: Déssica de Souza Corte

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