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As Formas Elementares da Vida Religiosa

Por:   •  19/10/2016  •  Resenha  •  642 Palavras (3 Páginas)  •  1.157 Visualizações

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Fichamento – As Formas Elementares da Vida Religiosa

Parece ser uma necessidade humana estudar e explicar a sua realidade, o que está próximo e que influencia diretamente no que vivemos, Durkheim diria que essa realidade “é o homem e, mais especialmente, o homem de hoje” (Durkheim. Os pensadores, 1978, p. 206). Para entender tal realidade, o pensador escolhe investigar a origem do que ele define por categorias e constata que essas categorias tem sua origem na religião. A religião, da maneira como ela se dá nos dias de hoje, não seria capaz de nos esclarecer a origem das categorias, logo Durkheim decide concentrar suas pesquisas nas religiões primitivas.

É importante ressaltar que quando se refere a busca das origens, o autor não pretende achar o ponto inicial onde a religião se iniciou, mas sim como através das praticas e concepções religiosas rudimentares, se desenvolveram determinadas categorias que nos afetam até o presente momento. Muito menos, afirmou que as religiões primitivas são um ponto de partida sobre o qual as religiões se desenvolveram linearmente e se tornaram o que são hoje. A sua escolha em usar o exemplo da religião primitiva para explicar a sociedade tem como justificava a menor complexidade de tal povo e, consequentemente, de sua religião. “O acessório, o secundário, os desenvolvimentos de luxo ainda não vieram esconder o principal. Tudo está reduzido ao indispensável, àquilo sem o que não poderia haver religião” (Durkheim. Os pensadores, 1978, p.208) e é justamente o principal que nos interessa: os primeiros sistemas de representação que produzimos de nós mesmos e do mundo, e sabemos que tais representações derivam da religião.

Durkheim demonstra no capítulo lido como certas categorias que nos são comuns tem uma origem social, coletiva e religiosa. Ele exemplifica sua ideia através das concepções de espaço e tempo, dizendo que tais necessitam de uma aceitação coletiva, ou melhor, que surgem a partir destes coletivos. Em algum momento nós criamos uma concepção de tempo e espaço de acordo com nossas necessidades, interesses e crenças, variando por tanto de coletividade para coletividade. Logo, podemos concluir que o social é religioso porque o social é coletivo e para algo ser coletivo é precisa que certo grupo de pessoas creiam na mesma coisa.

Segundo Durkheim, as categorias são intrínsecas ao homem, concordando com os aprioristas, apesar de suas críticas quanto fato deles não explicarem o porquê de serem intrínsecas, e opondo-se aos empiristas, que através do conhecimento experimental, reduzem a universalidade e a necessidade que as categorias explicitam à puras aparências. Porém, ao mesmo tempo em que essas noções essenciais de alguma forma surgem de construções que fazemos e não são intrínsecas, elas nos dominam, assumindo uma identidade independente à nós e que ao mesmo tempo se impõe. A complexidade reside justamente no fato do social subsistir graças a essa imposição. Não seria possível permitir que cada homem optasse por categorias diferentes das quais o seu grupo social se orientam, como bem explicita Durkheim, “se a cada momento do tempo os homens não se entendessem sobre estas ideias essenciais, se eles não tivessem uma concepção homogênea do tempo, do espaço, da causa, do número, etc., todo acordo entre as inteligências tornar-se-ia impossível

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