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As Funções fundamentais e os componentes da Filosofia

Por:   •  8/4/2018  •  Resenha  •  1.939 Palavras (8 Páginas)  •  1.296 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional

Departamento de Fundamentos das Ciências da Sociedade

Curso de Psicologia

Disciplina: Filosofia

Professor:  Dr. Ronney Muniz Rosa

QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA

Apresentado por:

DAVID FORTUNATO PINTO

CAMPOS DOS GOYTACAZES

23/03/2015

I – De acordo com COMPTE-SPONVILLE, descreva e comente as funções fundamentais e os componentes da Filosofia.

A Filosofia tem como função: o fazer pensar e questionar todas as coisas, no que diz respeito ao que de fato são; refletir sobre o nosso próprio conhecimento e aquilo que, porventura ignoramos; tem como alvo atingir a verdade, o que implica descortinar os véus das aparências das coisas buscando a essência do investigado; almejando, quase sempre, à felicidade e a liberdade.

Os componentes da Filosofia são: Práxis, o ato de pensar, refletir, concatenar incide em uma prática, mas não apenas em uma ação simples e de reprodução, mas em uma construção de um saber, sendo esta construção, este caminho a própria prática filosófica e seu componente para a existência do saber filosófico; Discurso, a filosofia é composta de um discurso, podendo ser este discurso feito com palavras ou ainda gestos, mas que de nenhum modo podem ser apenas palavras e gestos sem algo a comunicar, antes precisam demonstrar um pensamento, reflexão, questionamento, uma prova racional de seus argumentos; Raciocínios, a busca deste raciocínio é uma verdade necessária ou universal, e não algo contingente, como poderia ser destacado, por exemplo no jornalismo, embora se tenha um fato, uma verdade ali exposta, esta verdade é apenas contingente, conquanto na filosofia, estas verdades são pensadas a nível universal, o que implica em um raciocínio não puramente casuístico, antes visando ao todo.

II – Considerando as ideias de GIANOTTI, estruture uma argumentação acerca da visão estereotipada da Filosofia e do filósofo.

Conforme GIANNOTTI: “Importa-nos como o filósofo toma distância do sábio”. Tomando este pensamento como fundamento e norte para a discussão do que é a filosofia e o filósofo, e seus estereótipos, vemos que o que marca a ideia de filosofia e o filósofo é justamente a posição de sábio e sabedoria, não segundo os conceitos mais ponderados sobre o tema, porém, conforme o saber do senso-comum. O filósofo é visto como uma espécie de guru, oráculo, aquele que conhece os segredos das coisas, e que a verdade de seu discurso tem valor transcendental, por vezes religioso.

Tal pensamento, mais prejudica o saber filosófico do que propriamente o legitima, uma vez que tal pensamento encerra o tema com uma resposta definitiva e concludente, − palavras daquele que possui o saber. Podemos desconstruir este estereótipo do filósofo, como sendo o sábio que detém o saber absoluto, com a seguinte pergunta: Seria o filósofo um sábio que tem um conhecimento sublime, ou um inquiridor do todo que tem as melhores perguntas? A filosofia é fruto do saber condensado do sujeito, que se supõe ser este sujeito, que assume uma função transferencial de sujeito suposto saber, ou este filósofo é o que tem as maiores dúvidas, e suas hipóteses levantadas no percurso reflexivo, são em si, a prática filosófica propriamente dita?

III – Baseado no texto de MELLO e SOUZA, disserte sobre o significado de “Pensar com ‘p’” e “Pensar com ‘P’”.

        Segundo o texto, as formas de pensar são distintas, pode-se pensar com “p”, o que implica em uma vivência e raciocínio puramente natural, é o viver e pensar como consequência deste viver, contudo não é um refletir progressivo sobre a própria vida, o que implicaria em métodos e finalidades distintos. O autor ainda aponta que o pensar com “p”, nas relações de trabalho por exemplo, é fruto do especialismo e tecnicismo, visto que ambos contribuem para bitolar os indivíduos dentro de sua esfera de atuação, ignorando outros aspectos fundamentais para a reflexão e ponderação sobre a vida, uma vez que, o importante para tal, não é o saber sobre o que se faz, mas sim como fazer, é o homo sapiens deixando de ser o homem que busca conhecer, abrindo mão de sua natureza dada ao conhecimento, para se resumir em homo faber, é o homem que apenas fabrica coisas e utensílios, mas sem qualquer significação, nem questionamento s sobre o porquê de se fazer tal.

        O pensar com “P” é o posto, por mais que seja importante o fazer puramente técnico, contribui para a construção do que se vê, em todos os lugares, homens fabricaram tais coisas, porém, o pensar com “P” é função extraordinária, é deixar o comum e a alienação para descobrir o que faz, porque faz, como faz, e o que o motiva, e ainda descobrir-se nesse caminho de conhecimento. É deixar o saber como fazer, puramente fazer por fazer, para saber como fazer, mas pensando, refletindo no porquê de se fazer, e por que fazer. Como MELLO e SOUZA diz: que pensar com “P” ou “p” é “perceber a diferença que existe entre pensar cotidianamente e pensar o cotidiano”.

IV – Apoiando-se nas ideias de IGLESIAS, construa uma dissertação sobre o tema: o que é a Filosofia.

        Ao se falar em filosofia, principalmente sobre uma ótica do senso-comum que a filosofia é uma espécie de saber “mágico”, que capacita aos filósofos darem respostas sábias sobre quaisquer indagações a ele feitas. É como se ao imaginar a filosofia, o que viesse à mente fosse a condição de superioridade conferida aos filósofos, que sabe o que ninguém mais sabe, que veem o que ninguém mais vê. De certo, filósofo pratica a filosofia com certa regularidade, e como dizem os cientistas do comportamento, como nas leis de THORNDIKE, que ensinam sobre a lei do exercício, cujo o comportamento mais frequentemente executado tende a ser melhor e eximiamente executado, e como para os comportamentalistas, o pensar é comportamento, privado, mas comportamento, é bem verdade que, o filósofo por refletir e pensar o todo, o necessário e o universal, principalmente por questionamentos, de certo eles possuem mais indícios de uma verdade do que aqueles que ignoram qualquer coisa que não seja o aparente e o óbvio. Mas de modo algum, este saber adquirido com a prática da filosofia eleva a filosofia a arte mágica, tampouco capacita o filósofo a um status de maior que o humano e o contingente.

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