BASES HISTÓRICAS E TEÓRDICAS METODICAS DO SERVIÇO SOCIAL

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ANHANGUERA – POLO CRICIÚMA

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III

Ana Maria Figueredo RA: 378940

Deise PaesDomingos RA: 350920

Mary Lanne Lopes Lucio RA: 357654

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III

Prof. Ms Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes

Criciúma 07/11/2013

A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social tem na sua base de especialização a questão social expressada pelas inúmeras desigualdades sociais, às quais nos deparamos diariamente na sociedade capitalista.

O profissional da assistência social é de suma importância para esta sociedade pois irá trabalhar as questões sociais nas mais diversas áreas, enfrentando todo tipo de dificuldade, sendo desta forma um grande desafio para o profissional de serviço social dar conta de toda esta dinâmica, tentando da melhor forma sempre fazer a reversão destes casos.

Cada vez mais precisamos desses profissionais atuantes em nossa sociedade, a pobreza é cada vez maior e junto com este crescimento aumentam também os problemas, conflitos e as expressões das questões sociais, e é aí que entra o Serviço Social, que é considerado como uma especialização do trabalho e a atuação do assistente social é a demonstração de seu trabalho que está inserido no âmbito de produção e reprodução das relações sociais.

O profissional do serviço social por trabalhar com questões sociais, principalmente relacionadas à exclusão deve estar sempre empenhado a propor ações para dar melhores condições de vida para a população empobrecida.

O Campo de trabalho do assistente social é bem extenso e necessário, principalmente em abrigos para crianças e adolescentes propondo ações a fim de melhorar a saúde, educação, alimentação e recreação, fazendo valer seus direitos de cidadãos. Em penitenciárias, devendo desenvolver projetos de capacitação a fim de reintegrar os marginalizados com toda dignidade na sociedade. Também atuam em órgãos públicos, empresas, hospitais, escolas, instituições de longa permanência para idosos entre outros, sempre com o objetivo de fazer uma transformação social.

Para muitas pessoas, a assistência social é sinônimo de filantropia, mesmo parecendo não é verdade, a Filantropia está relacionada ao ato de doação, em dinheiro ou bens a instituições não governamentais, é uma espécie de financiamento às causas humanitárias, visto que não depende de intervenção estatal, ou seja, não depende de nenhuma política pública.

A filantropia é formada por pessoas ou grupo de pessoas compostos na sua maioria por empresários, a fim de contribuir para o bem da instituição sem ajuda política ou governamental.

O assistente social dentro da filantropia deve estar preparado para executar programas e serviços com a finalidade de orientar e encaminhar a população em relação aos seus direitos e benefícios.

No Brasil filantropia e ações filantrópicas sempre estiveram relacionadas com caridade, a exemplo disso temos a organização LBA (Legião Brasileira de Assistência), uma forma de assistência pública, não governamental, porém com aparato governamental.

Ao longo da história as instituições filantrópicas foram reconhecidas e regulamentadas por seus fins sociais, através de isenções de impostos, com atendimentos gratuitos para a população carente, sendo que seus serviços encaixem preferencialmente ao terceiro setor. Já o assistencialismo se baseia nas ações de pessoas, organizações governamentais e entidades sociais em prol da classe menos favorecida, carente, porém esta ajuda é momentânea através de doações de alimentos e medicamentos. A falta de estrutura do assistencialismo não muda a realidade social das comunidades, porque atende apensas às necessidades individuais da população. Um dos problemas do assistencialismo é a conservação da situação de carência, e é pela prática de doação que se caracteriza uma imagem favorável aos doadores, principalmente em épocas de eleições partidárias, em que parte da população torna-se receptora de ajuda, na perspectiva da troca de favores.

Porém hoje esta prática foi superada com a promulgação da constituição federal de 1988 e pela lei orgânica de assistência social, regulamentada através da lei nº 8.662, de 07 de junho de 1993, onde o profissional do Serviço Social tem como atribuições elaborar, coordenar, executar e avaliar políticas sociais junto a administração pública, direta ou indiretamente, encaminhar, providenciar e orientar a população ou grupos de diferentes segmentos sociais na defesa de seus direitos, entre outros.

“O reconhecimento da Assistência Social como partícipe do tripé da seguridade social e, portanto, política pública contida na Carta Constitucional de 1988, requer novas relações sociais entre o poder público, prestadores de serviços sociais e população usuária, numa concepção fundada no estado democrático de direito e desse modo passível de controle social, através dos fóruns populares e conselhos de direitos sociais, na exigência permanente de transparência sobre a aplicação do fundo público e seus destinos em prol do atendimento efetivo das demandas coletivas”. (ESCORSIM, 2008, p.08).

Desde sua regulamentação aos dias atuais a profissão do assistente social tem se redefinido considerando a realidade brasileira, entendemos que a profissão se expressa pela demanda em trabalhar com as falhas da questão social através das diferenças e desigualdades sociais e econômicas.

A atuação do assistente social está vinculada a concepções humanistas, comprometida com valores que dignificam e respeitam as pessoas em suas diferenças, sem discriminação alguma. O assistente social está presente em ações relacionadas às políticas direcionadas aos segmentos populacionais menos favorecidas: Crianças, adolescentes, idosos, mulheres, negros e índios.