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COMO O AFROBRASILEIRO ESTÁ SENDO REPRESENTADO NOS MUSEUS?

Por:   •  15/7/2017  •  Resenha  •  1.436 Palavras (6 Páginas)  •  146 Visualizações

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COMO O AFROBRASILEIRO ESTÁ SENDO REPRESENTADO NOS MUSEUS?

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância da representação afro-brasileira nos museus, e como a arqueologia esta envolvida diretamente com a museologia. Tivemos a iniciativa de fazer um recorte geográfico para o Museu Afro de Laranjeiras em Sergipe.

MAPEAMENTO DOS MUSEUS NO BRASIL

Entre as pesquisas sobre museus com temática africana no Brasil, foram encontrados cinco principais museus com acervos voltados para a influência africana na identidade do Brasil, dois deles encontram-se em Pernambuco, um na Bahia e outro Sergipe. A maior parte dos acervos desses museus são frutos de coleções particulares, doações e escavações arqueológicas.

  • Museu Afrobrasileiro, São Paulo/SP

O Museu Afro Brasil é um museu histórico, artístico e etnológico, voltado à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural do negro no Brasil. Localiza-se no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no “Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega” – edifício integrante do conjunto arquitetônico do parque projetado por Oscar Niemeyer na década de 50. Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria Municipal de Cultura e administrada por uma organização da sociedade civil.

Conserva um acervo de aproximadamente 4 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias de hoje. O acervo abarca diversas facetas dos universos culturais africano e afro-brasileiro, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a diáspora africana e a escravidão, e registrando a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira. O museu também oferece diversas atividades culturais e didáticas, exposições temporárias, conta com um teatro e uma biblioteca especializada.

  • Museu Afro Brasileiro, Salvador/ Bahia

O Museu Afro-Brasileiro de Salvador foi inaugurado em 7 de janeiro de 1982, pela então Diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), Drª Yeda Pessoa de Castro, através de um acordo entre os Ministérios das Relações Exteriores e da Educação e Cultura do Brasil, o governo da Bahia, a prefeitura da cidade do Salvador e a Universidade Federal da Bahia.

Trata-se de uma instituição que se propõe defender, estudar e divulgar tudo o que se relacione com temas afro-brasileiros. Para esse fim, dispõe de uma coleção de peças de origem ou inspiração africana, ligadas quer ao trabalho e à tecnologia, quer à arte e às religiões. Neste campo, há também lugar a objetos de origem brasileira, relacionados com a religião afro-brasileira da Bahia, incluindo um conjunto de talhas em cedro de autoria de Carybé, 27 painéis representando os orixás do candomblé da Bahia.  O museu também chamado de MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia, que foi primeiro organizado por Pierre Verger, está instalado no edifício da primeira escola de medicina do Brasil, que hoje é propriedade da Universidade Federal da Bahia e localizada no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador. O museu Afro-brasileiro de Salvador participa da lista dos raros museus direcionados a cultura negra no Brasil. O acervo é dividido em arqueológico - constituído de cerâmica, pedra polida, pedra lascada e fósseis; etnológico – constituído por ornamentos rituais, utensílios, equipamentos de pesca e cozinha e documentos, que retratam a cultura indígena, negra e europeia e arte rupestre. Além das exposições temporárias.

  • Museu Afro Brasileiro, Recife/Pernambuco

(Museu da Abolição)

 O Museu da Abolição – Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira vinculado ao IPHAN. Sua criação em 1957, se deu  por um Decreto Lei Federal nº 3.357, à sua inauguração em 13 de Maio de 1983, passaram-se 26 anos. Instalado no Sobrado Grande da Madalena, sede do engenho Madalena e depois residência do Conselheiro João Alfredo, presidente do Conselho, que em 1888 extinguiu o sistema escravocrata no País.

Foi fechado em março de 1990, Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira, foi reaberto para visitação pública em 17 de Setembro de 1996, no dia do Patrimônio Cultural, instituído pela comunidade do Mercosul como o “Dia das Portas Abertas”. A reabertura foi o início de um processo de restruturação que se pretende cumprir em várias etapas, em parceria com os diversos segmentos e entidades do movimento afro-brasileiro.

Atualmente, o Museu dispõe de uma sala de exposição permanente denominada “Memorial”, onde estão expostas 39 peças do cotidiano dos senhores e dos escravos, que vai do Sincretismo religioso aos objetos utilizados no trafico dos negros e outros objetos, que fazem parte do acervo, propiciando ao espectador um encontro com os símbolos do processo de formação da cultura brasileira. Mais do que contar a história, a sala do “Memorial” é um espaço de emoção/reflexão, que provoca associações e evoca situações do passado e do presente. Indagações e questionamentos a respeito da Escravidão, Abolição, Racismo, Violência, Diversidades Culturais, Identidade Brasileira e Cidadania, são apresentados.

  • Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro

O Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro encontra- se em Recife capital de Pernambuco, possui um acervo de 70 peças, que foram cedidas, ainda em vida, pelo Chileno, Rolando Toro. Antropólogo e psicólogo foi responsável pela criação do “Sistema Biodança” nos anos 60, difundindo-o por vários países. Apreciador da cultura africana, o antropólogo colecionou ao longo dos anos, esculturas oriundas de vários lugares daquele continente. 

O museu também é um espaço para encontros, debates, seminários de biodança, saraus poéticos, aulas e oficinas de dança, e conta com um hostel, atelier de arte, teatro e espaços para locação.

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