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CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL

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Por:   •  28/11/2014  •  Tese  •  4.496 Palavras (18 Páginas)  •  404 Visualizações

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DISCIPLINA

CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL

KÁTIA MARCOS GOMES

(43) 8404-964

kri.gomes@gmail.com

2010

Uma organização é composta de pessoas que se relacionam para fazer algo. O que ela faz não pode ser feito por uma só pessoa e, para fazê-lo, as pessoas precisam interagir. Mas como nos lembra Hall (1984), as pessoas dentro das organizações não estão simplesmente em contato casual. As formas e os objetivos da cooperação são, em grande parte, regulados e controlados pela organização.

Assim, a organização ensina e persuade o seu pessoal a se comportar de acordo com as exigências de suas funções. Mas, como vimos anteriormente, não podemos ignorar que os indivíduos e os grupos, dentro da organização, agem também seguindo seus próprios critérios e que os complexos padrões de interação, impostos pela organização e pelos seus membros, configuram a sua dinâmica interna, tornando mais fascinante os estudos organizacionais.

A organização possui também as suas fronteiras, embora nem sempre nítidas e impermeáveis. Mais do que um território físico, ela ocupa um espaço social que, por vezes, se expande e, por outras, se contrai. Quando, por exemplo, temos prestadores de serviços dentro da empresa, eles estão participando tanto quanto do dia a dia da empresa, influenciando e sofrendo influência.

Na tentativa de tornar um pouco mais simples o que é naturalmente complexo, podemos dizer que a organização é uma entidade social dirigida com um propósito e que possui algumas características: além de sua Missão, ela contém uma Estrutura para desempenhar suas funções, uma Dinâmica Interna e o Ambiente que a cerca.

CULTURA ORGANIZACIONAL:

Quando uma organização assume uma vida própria, independente de seus fundadores ou qualquer de seus membros, ela adquire a imortalidade. A institucionalização opera para produzir uma compreensão comum, entre os membros da organização sobre o que é o comportamento apropriado. Partindo desta noção é que se compreende a cultura organizacional.

A cultura organizacional influencia as percepções, os valores e os sentimentos, tornando os comportamentos das pessoas mais semelhantes entre si.

Focalizar a empresa na dimensão de sua forma ou configuração organizacional pode ajudar a identificar aspectos de sua estrutura, da natureza do trabalho executado dentro dela e outras particularidades de sua anatomia. Mas, ainda que este enfoque seja da maior importância para a compreensão dos fenômenos organizacionais, não devemos esquecer que a organização é constituída de pessoas que se comportam. E isto altera dramaticamente a abordagem para o seu entendimento. Na verdade, para começarmos a compreender uma organização necessitamos, além da sua estrutura, estudar também os seus processos psicossociais dentro do contexto cultural específico onde eles ocorrem. A análise da cultura da organização é, portanto, um requisito essencial para a compreensão do comportamento das pessoas que nela trabalham.

Se estivermos com os nossos olhos e mentes, bem abertos observaremos na organização certas regularidades de comportamentos. Podem ser facilmente notadas como, por exemplo, nos modos de vestir das pessoas, nos adornos e na utilização dos espaços físicos do trabalho, nas maneiras como são tomadas as decisões ou nas manifestações de disputa pelo poder entre as gerências. Podem ser também acontecimentos de comportamentos padronizados pouco perceptíveis, como certas crenças não explicitadas claramente, mas compartilhadas por muitos membros da organização.

A cultura organizacional, até certo ponto, cega as pessoas para outras realidades ou formas de fazer, parece que tudo aquilo que foi pregado é reconhecido como natural e normal. A partir daí, qualquer outra maneira de ser parece estranha e até inaceitável. Assim, a organização, como um ente coletivo, tende a considerar o próprio modo de fazer como o mais correto.

Uma forte cultura organizacional oferece aos funcionários uma compreensão clara da maneira como as coisas são feitas. Ela oferece estabilidade à organização. Toda organização tem uma cultura e que, dependendo de sua força, pode ter uma influência significativa sobre o comportamento e as atitudes de seus membros.

A cultura funciona assim então como uma espécie de controle do comportamento individual, tornando-o mais semelhante aos dos demais membros da organização. Podemos dizer que a cultura organizacional, num sentido bem ampliado, é como um conjunto de mecanismos de controle - planos, receitas, regras, instruções - para governar o comportamento.

Por constituir-se num poderoso mecanismo de controle do comportamento, a cultura organizacional tem forte impacto sobre grande parte das dimensões organizacionais tais como produtividade, comprometimento, rotatividade, autoconfiança, motivação, exercício do poder, etc.

Buscar os fatores que tomam parte do processo de aprendizagem cultural parece ser, então, um passo importante para o estudo da cultura organizacional.

A verdadeira cultura da organização é revelada muito mais pelas práticas de tratamento aos empregados, fornecedores e clientes do que pelo discurso dos seus líderes. Lamentavelmente, o discurso dissociado da prática vem sendo o recurso preferencial de algumas organizações do nosso meio.

Podemos concluir que a cultura organizacional produz comportamentos funcionais que contribuem para que se alcancem as metas da organização. É também uma fonte de comportamentos desajustados que produzem efeitos adversos ao sucesso da organização (Robbins 1996).

Uma função importante da cultura organizacional é distinguir uma organização de outras e de seu ambiente, proporcionando a esta uma identidade externa. Ela atua como um filtro de percepção, encorpado com estórias e mitos, os quais ganham significado a partir da rotina, eventos vivenciados freqüentemente, assim como em situações únicas. Finalmente, cultura é um mecanismo de controle social. Através da cultura – particularmente uma forte e efetiva – a organização define a realidade com a qual os seus membros irão viver. Estas socializam os novos membros de uma forma peculiar de fazer as coisas e periodicamente re-socializa seus membros mais antigos.

A maior

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