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Fichamento "A Ideologia Alemã" Karl Marx

Por:   •  10/12/2020  •  Resenha  •  1.085 Palavras (5 Páginas)  •  475 Visualizações

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Universidade de Brasília – UnB

Departamento de Ciência Política – POL

Teoria Política Moderna – Turma B

FICHAMENTO: MARX, Karl. A Ideologia Alemã. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001. Prefácio FEUERNACH – Oposição entre a concepção materialista e a idealista (p. 3-4); Introdução (p. 5-6); A. A Ideologia em geral e em particular a Ideologia Alemã (p. 7-21); B. A base real da Ideologia – 2. Relações do Estado e do Direito com a Propriedade (p. 73-78).

Renomado sociólogo, historiador, economista e revolucionário, Karl Marx propôs uma nova maneira de se entender a sociedade. Fruto de tamanha validação de sua metodologia, até os dias atuais é reconhecido e reverenciado. A partir da obra “A Ideologia Alemã”, Marx visa introduzir sua concepção em duas etapas. A primeira se constrói uma crítica ao pensamento filosófico da época, esse que era intimamente influenciado por Hegel, e a partir desses equívocos apresenta-se o conceito de materialismo histórico. Já em um segundo momento faz-se um apontamento a respeito da maneira que se constitui o Estado moderno, contrapondo ideias anteriores como por exemplo o idealismo hegeliano e a teoria jusnaturalista.

O rompimento com a concepção de Hegel é marcado pela crítica à mistificação presente na lógica hegeliana, que ao invés de se pautar em fatos concretos da realidade, por sua vez, parte do imaginário para posteriormente concluir o que é palpável, ou seja, se embasa em uma ótica idealista. A metodologia materialista, ao contrário da filosofia alemã, entende que o progresso da sociedade dita as condições e reflexos do meio social e por isso devem se basear em pressupostos reais.

As premissas de que partimos não são bases arbitrárias, dogmas; são bases reais, sua ação e suas condições materiais de existência, tanto as que eles já encontraram prontas, como aquelas engendradas de sua própria ação. Essas bases são pois verificáveis por via puramente empírica. (MARX, 2001, p. 10)

Marx pensa o desenvolvimento do Estado moderno a partir da experiência humana de execução de sobrevivência. Por isso, aponta que os pressupostos que embasam teses não são arbitrário, mas se baseiam na realidade e nas condições materiais propícias e, contrariando o idealismo, suas bases são empíricas. Ademais, existem condições históricas as quais possibilitam a vida humana, sendo uma delas a própria vivência humana. Nesse sentido, é possível concluir que “o que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais da sua produção.” (MARX, 2001, p. 11) isto é, o que constitui o ser humano é condicionado por sua produção tanto como ela se dá quanto como é elaborada.

A produção, entretanto, possui o aumento da população como decorrência. Dessa maneira, pressupõe-se que o fluxo de indivíduos e também as relações entre esses – que conta com a divisão do trabalho como condicionante – estabelecem os meios de sobrevivência. A partir da divisão do trabalho, então, é possível nortear o desenvolvimento de certa sociedade, uma vez que quanto maior o seu progresso, maior a fragmentação da divisão do trabalho e é nesta correlação que se estabelece o Estado moderno, que tem como função principal, na visão marxista, sustentar os interesses da classe dominante, ou seja, a burguesia.

Outro fator de relevância que deve ser ressaltado é a singularidade de cada propriedade, tendo em vista que cada uma possui sua forma de divisão do trabalho, a qual a mais evoluída é a moderna. O primeiro vestígio de propriedade está situado no contexto tribal, cuja divisão do trabalho é rudimentar, sustentada muitas vezes pela caça e pesca. Já a segunda forma de propriedade é encontrada na Antiguidade e garantida pelo Estado, demarcando aqui um progresso, visto que ocorre o surgimento da propriedade privada, porém, a escravização subsiste, amostrando a desigualdade. É nesse contexto de desigualdade que Marx definirá que a força motriz da história da humanidade está concentrada na luta de classes, posto que essa é essencial para que aja um desenvolvimento do capital

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