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Historia do Pensamento Contábil

Por:   •  31/8/2015  •  Artigo  •  1.586 Palavras (7 Páginas)  •  254 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JESSICA ALINE BEBBER

MARIANGELA BRUM

Escola controlista

Cascavel

2015

JESSICA ALINE BEBBER

MARIANGELA BRUM

Escola controlista

Trabalho apresentado como requisito parcial (1º Bimestre) na disciplina de História do Pensamento Contábil no curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel.

Cascavel

2015

INTRODUÇÃO

A partir do momento em que o homem começou a tomar consciência do mundo exterior e a interrogar-se a respeito dos fatos da natureza, foi influenciado pelo impulso de "querer saber". Essa pretensão por conhecimentos levou à vontade de "saber fazer", ou seja, de descobrir os caminhos que pudessem conduzi-lo ao seu objetivo. Dessa forma, e por meio de diversas contestações, ilustres autores conseguiram formular a Escola Controlista.

Assim, o presente trabalho visou analisar a importância do Controlismo para a evolução da história contábil, teoria esta que se baseou em várias obras de grandes estudiosos, dentre tantos é citado dois que mais se destacaram e exposto suas contribuições para o pensamento da Contabilidade. Fábio Besta por ser fundador da Escola Controlista e Carlo Ghidiglia por ser o maior defensor da teoria de Besta e por ter atribuído tanto conhecimento para o desenvolvimento da Escola.

É com esse interesse que este trabalho vem engrandecer o valor da história do pensamento contábil, focando o estudo para o Controlismo, que originou-se nas últimas décadas do século XIX, na Europa, o qual teve suma importância para o entendimento das contas na teoria.

DESENVOLVIMENTO

Por mais rico tenha sido o conhecimento difundido pela escola personalista, outras teorias foram criadas e desenvolvidas para aprimorar a gestão e controle de entidades. Uma dessas teorias foi a controlista, que surgiu pelas ideias de Fábio Besta (1845-1922) em 1880, sendo esta a corrente científica que explica os fatos sujeitos ao controle das mutações patrimoniais, e que deu origem à Escola Controlista.

O autor expôs os postulados fundamentais de sua doutrina com base na distinção entre o conceito de Administração Geral (ação de administrar), e o de Administração Econômica (controle de aziendas para produção de riquezas) subdivido tal estudo em: gestão, direção e controle. Para ele, a complexidade de dimensões das empresas e a infinita variação do desenvolvimento da riqueza requeriam divisões e subdivisões para que possa haver entendimento eficaz.

Em paralelo, ou à oposição da Escola Personalista, a Escola Controlista, também chamada de Escola Veneziana, freou o crescente prestígio que os personalistas conquistavam. Por meio de contestações feitas principalmente por Besta, tamanhos foram os confrontos, os debates entre as escolas científicas e a distinção das ideias que resultou numa imensa abrangência do pensamento contábil.

Besta considerava que o patrimônio é constituído pelos bens, negando o conjunto de direito e obrigações, tanto é que o Controlismo divergia do Personalismo também pela forma como era tratado o patrimônio aziendal. Para o cientista, parte do patrimônio era apenas aquilo que estava em poder do proprietário e não o que estava a receber, ou seja, o direito de possuir por si só de nada vale.

Schimidt e Santos (2006) afirmam que esse “construtor” de brilhantes ideias tinha como objeto de estudo o controle da riqueza, controlando todas as ações das entidades, por meio de controle:

  • Antecedente: forma de registrar cada fase da operação a ser realizada, como orçamentos, contratos, regras, livros e escriturações.
  • Concomitante: supervisão do andamento da ação
  • Subsequente: confronto do que foi planejado para o que foi executado, tendo como base o que foi documentado nas duas primeiras

formas de controle.

Segundo Sá (2009), Besta assumiu o conceito de controle no sentido de cognição sobre as transformações patrimoniais, de modo a permitir que esta fosse uma fonte de orientação administrativa.

O objetivo da Escola Controlista desmembrava esse conceito e estabelecia o contador como sendo a pessoa que administrava, que controlava a empresa, tentando assim fundir o contador com o administrador.

Muitos, porém, pensavam que isso retratava a exclusão do administrador, o que, no entanto, em parte não deixa de ser verdade, já que sua ideologia muito se baseava no fato de seus fundamentos serem construídos para demonstrar que o profissional contábil era quem tinha o controle das riquezas, do patrimônio da organização.

Além disso, Besta deixava explícito que não aceitava subordinação ou envolvimento, ou seja, deixava bem evidente a vocação que possuía em relação à autonomia da Contabilidade. Todavia, Besta (1922, p.41) defende sua opinião a respeito das duas ciências ressaltando que ao limitar, como fez, o campo da Contabilidade não teve a intenção de dizer que entre esta e as ciências que constituem a administração econômica deve ou possa haver descontinuidade e desarmonia; tais princípios não devem ser dissonantes, mas, sim de apoio recíproco.

Manifestou também que entre a ciência geral e aquela aplicável e a arte da prática, como não existe descontinuidade em tal processo, também jamais deve existir desarmonia.

Embora a prática tenha precedido a teoria na história do conhecimento humano e até hoje continue a ser assim, a evolução do pensamento só se operou e opera por vias da teorização e isto deixa claro, também o líder do Controlismo.

De acordo com Silva (2007), o professor da cátedra de Veneza Fábio Besta chegou a pregar que o patrimônio seria controlado pela inteligência administrativa; que o organismo patrimonial dependia do governo que lhe fitava como objeto; que era necessária uma direção para as riquezas organizadas.

Este emérito cientista ainda muito contribuiu para o desenvolvimento da integração e diferenciação das contas e dos sistemas de escrituração, teorização das contas, ou então o processo evolutivo no uso das contas, e sobre esse, Sá (2009) diz que ele pretendeu e conseguiu comprovar que não se deve confundir o conceito jurídico com aquele contábil, ou ainda, débito, contabilmente, nem sempre representa dívida, e crédito nem sempre significa valor a receber.

Neste momento as contas passaram a exprimir valores e foram subdivididas em dois grupos: os elementares (bens materiais) e os derivados (patrimônio líquido e as suas variações).

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