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INSTITUIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO, BUROCRACIA E TRABALHO PROFISSIONAL

Por:   •  27/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  562 Palavras (3 Páginas)  •  983 Visualizações

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        CURSO: SERVIÇO SOCIAL

       

INSTITUIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO, BUROCRACIA E TRABALHO PROFISSIONAL

Palmas

 2016

FALEIROS, Vicente de Paula. Saber profissional e poder institucional. 5ª edição. São Paulo: Cortez, 2011. (pág. 57 a 71)

CAPÍTULO 4 -  INSTITUIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO, BUROCRACIA E TRABALHO PROFISSIONAL

Faleiros faz uma relação entre as instituições e trabalho profissional ao contexto de produção e reprodução das instituições e profissões no capitalismo, nas representações das práticas sociais de classe no contexto do capitalismo latino-americano.

Para o autor, as práticas de classes são relações sociais inseridas nas estruturas sociais, num processo contraditório e conflitivo de exploração e as normas institucionais são formas de enquadramento dos problemas que elas mesmas identificam ter e a atuação profissional passa a ser uma forma de intervenção nesses problemas institucionalizados num esquema já determinado pelas normas.

A instituição se define em torno dos objetivos que venham a responder às necessidades sociais de forma permanente e a mais adequada possível e os programas institucionais aparecem como resposta a determinados problemas e assim se cria a burocracia, em busca da solução dos problemas, mas que cria efeito contrário ao que se queria resolver. E o cumprimento das normas burocráticas passa a ser a coerência do trabalho profissional e a perturbação na ordem institucional passa a ser o objeto do profissional, não se visa a problemática real da sociedade.

E por que isso acontece? De acordo com Faleiros, acontece porque o profissional está submetido às normas, criando-se uma hierarquia de subordinação e de poder numa rede de controle de cima para baixo.

A subordinação aludida pelo autor se dá entre agentes privilegiados e agentes complementares. Os agentes privilegiados são aqueles que demandam a existência da instituição e os agentes complementares, entre os quais estão os Assistentes Sociais, atuam apenas na manutenção da ordem institucional.

Segundo Faleiros, devemos analisar mais profundamente as instituições num contexto global de acumulação do capital e de luta de classes e não apenas a relação entre os atores das instituições. Assim, ele destaca três modelos de institucionalização:

  • Domínio da clientela sobre o profissional;
  • Profissional tem critério de dominação sobre o cliente;
  • Modelo da mediação: profissional faz mediação entre a clientela e as normas institucionais.

Outros pontos importantes destacados pelo autor é conceito de hegemonia (que está presente nas relações de exploração e dominação: aceitação das classes subalternas) e dominação legitimada (as instituições existem para exercer controle social, culpabilização e policiamento político). As instituições são relações de forças e a burocracia representa um processo de equilíbrio instável de compromisso entre as forças sociais.

Esses mecanismos de disciplina e de culpabilização, se tornam tarefa profissional na correlação de forças de determinada conjuntura. A luta para impor a disciplina e o controle cotidiano sobre as pessoas e as coisas visa preservar a propriedade, a produção e o indivíduo produtivo.

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