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O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DO MEIO AMBIENTE SOCIEDADE E NATUREZA

Por:   •  26/10/2021  •  Resenha  •  1.680 Palavras (7 Páginas)  •  122 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO TRÊS RIOS

 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DO MEIO AMBIENTE

SOCIEDADE E NATUREZA

 

 

 

 

O HOMEM E O MUNDO NATURAL

Mudanças de atitude em relação às plantas e os animais (1500- 1800)

Autor- Keith Thomas

O predomínio Humano

 

Prof. Dr. Verlan

Andrea Borges

Amanda

Ályssa Wogel

Resumo

Na Inglaterra no período Tudor e Stuart por volta do século XII, XIII e IX a visão era que o universo foi criado para benefício do ser humano. Contudo, os teólogos e pensadores da época justificavam e relatavam ideias das sagradas escrituras, os filósofos da época, colocavam uma visão diferenciada entre o homem e o animal, e suas relações ao longo do tempo. Segundo Aristóteles, a natureza não existe em vão, as plantas existem para o bem dos animais, e esses para servirem os homens. No caso dos domesticados para trabalhar, e os selvagens para serem caçados. Sendo assim, a natureza constituída em benefício do homem. De acordo com a bíblia existiu um paraíso para o homem as coisas vivas para seu domínio (gêneses 1,28). Nesse sentido mesmo após o dilúvio, Deus afirma a autoridade do homem sobre a criação temam e tremam em vossa presença todos os animais da terra, todas as aves do céu, e tudo que tem vida e movimento na terra, mas, com o pecado e a Queda a relação se modificou, ao passo que ao desobedecer a Deus, o homem perde o direito de ter domínio fácil sobre as espécies. Thomas Hobbes, rejeitava a autoridade das escrituras para a hegemonia do homem, pensava que não deveria existir obrigações para com os animais, alegando “fazer pacto com as bestas é impossível”.

Atualmente o espirito antropocêntrico que os pregadores da época de Tudor e Stuart interpretavam a bíblia, continua, pois o antropocentrismo está relacionado ao etnocentrismo é a tendencia de super valorização que o homem tem em relação ao animal. De acordo com o médico George Cheyne, em 1705, explicou que o criador fez os excrementos dos cavalos com bom cheiro, para que eles tivessem contato continuo com o homem. O animal é destinado para servir o propósito humano, prática, moral e estético. Além de afirmar que os animais eram meras máquinas que executam funções um pouco complexas, porém não tem atributos racionais, os cidadãos do início da sociedade moderna, também segregava os animais referindo-se a eles de forma pejorativa, um sentimento misógino era expressado constantemente por palavras que conotavam a superioridade em relações aos outros seres. A partir de Platão, se dava uma ênfase na postura ereta, os animais olhavam o chão, mas o homem alçava os olhos para o céu. O etnocentrismo processo histórico mostra que os Europeus estão acima dos outros povos, esse sentimento está arraigado na raça pela herança Europeia. Portanto, eles não tinham nenhuma consideração com os animais, os ditadores da boa conduta, “desumanizaram” os negros para justificar os maus tratos com os tais. O racismo e a discriminação eram vistos de forma natural por todos os nobres e membros do clero. No século XII, anteviam triunfos ainda maiores sob as espécies inferiores. Para :Bacon, o fim da ciência era devolver ao homem o domínio sobre a criação que perdeu com o pecado original. John Beale a estabelecer o chamava “O império da espécie humana”.

Entretanto, os viajantes começaram traziam relatos das religiões orientais que tinham uma visão totalmente diferente, e como os budistas e os hinduístas respeitavam os animais, e valorizando até mesmo os insetos, eram cuidadosos com a existência das criaturas insignificantes, em 1612, Pitágoras, lidava de forma especial com a vida das plantas, com isso era visível como o tratamento com os seres vivos eram diferenciados de acordo com a religião, cultura, sociedade, vemos que mesmo com a evolução estamos vivenciando o antropocentrismo independente era que vivemos e ainda não encontramos uma saída para resolver tal questão.  

Resumo Pg. 33-47

O trecho que se subsegue trata da relação da sujeição do mundo natural, no caso, relação a qual os animais e humanos interagem, seja de forma predatória, ou não. O termo “sujeição” trata diretamente de uma relação de necessidade, dependência, submissão. Essa sujeição, para o meio botânico, surgiu de uma união entre a necessidade da criação de remédios e a necessidade do uso em manufatura. Já a sujeição animal veio de duas formas completamente diferentes, uma foi, os primeiros passos do que viria a ser uma produção muito mais eficiente e rentável de carne, e uma relação de sujeição pacífica, onde não havia conflito em nenhuma das partes, um exemplo de sujeição pacífica é o cachorro, que, depois de domesticado, seria uma representação metafórica do que já foi um animal selvagem, fomentando mais ainda o antropocentrismo latente da época. Outra forma não tão citada era montar cavalos, não sendo só um tipo de transporte mais seguro, rápido, e que efetivamente conseguia carregar mais peso que uma pessoa, mas também um troféu ambulante de que aquela fera, que um dia foi selvagem, hoje está sujeita ao homem, que a alimenta e a cuida, mas que está sujeita a quaisquer vontades que o homem tenha sobre ela. Seguindo a linha antropocentrista que já vimos anteriormente, tratando principalmente de uma era medieval onde o uso não consciente de recursos era algo comum, os homens se viram em necessidade de reestabelecer sua superioridade em relação às feras. Fizeram isso usando algo que, para a época era comum e aceito como opinião a priori, a filosofia. A filosofia da época estabeleceu pontos de intersecção entre o homem e a fera, como, por exemplo, Santo Agostinho (também chamado de Agostinho de Hipona) O ser humano se diferenciava de outros objetos e animais por ter alma, razão. Segue: ...E, certamente, uma grande coisa é o homem, pois feito à imagem e semelhança de Deus! Não é grande coisa enquanto encarnado num corpo mortal, mas sim enquanto é superior aos animais pela excelência da alma racional (De doc. christ., I, 22, 20).
 Alguns filósofos modernos também introduziram essa diferença, como Descartes, que separava os animais dos humanos pelos animais terem seu corpo e sua mente, mesma que distintas, unidas na matéria, enquanto os animais apenas possuíam o corpo, pois não eram possuidores de razão. [...] aqueles que me objetam afirmam que não acreditam que o modo como os animais funcionam possa ser explicado por meios mecânicos sem recurso a qualquer sensação, vida ou alma. Tomo isso como querendo dizer sem recurso a pensamento; pois aceito que os animais têm o que comumente se chama de "vida" e uma alma corpórea e sensação orgânica. (Descartes, 2004, p .96).

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