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O Espirito do Capitalismo

Por:   •  10/9/2021  •  Resenha  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  219 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA

CURSO DE CIÊCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA IV

DOSCENTE: Prof. Dr. Gamaliel S. Carreiro

DISCENTE: Erick Eduardo Soares da Silva

Resenha: A ÉTICA PROTESTANTE E O “ESPÍRITO” DO CAPITALISMO - Parte I o problema

  1. “O espirito do Capitalismo”

No capítulo “O espirito do Capitalismo”, Busca-se a significância cultural desde modo especifico de conduta da esfera econômica. Modernamente, o espirito do capitalismo apresenta a si mesmo como complemento apertado de qualquer explicação da esfera religiosa. Partindo deste discurso do capitalismo moderno, Weber vai retraçando sua gênese para encontrar o fio condutor de conexão deste com procedimento.

É importante ressaltar que o capitalismo para Weber é entendido como um fenômeno cultural, compreendido a partir de uma ética, sendo a mesma baseada no trabalho como um modo de conduta de vida que diz respeito a toda uma coletividade, tendo em vista que antes o trabalho era tido como a manutenção de vida, o protestantismo resinifica o termo gerando então um novo sentido ao conceito. Sendo que o dinheiro não é o fim máximo ao protestante pois, há a abdicação a vida de pecado através do trabalho, então o dinheiro é considerado como um bônus.

Weber delineia provisoriamente o que vem a ser o “espírito do capitalismo” nas páginas iniciais de sua exposição. Para isso, se utiliza de passagens de Benjamin Franklin, trechos em que este autor expõe sua visão sobre a utilidade do dinheiro e sua absoluta escassez, demonstrando também um aspecto moral por trás do tratamento – um ethos relacionado ao capitalismo. Em que pese a exposição de Franklin parecer ser meramente utilitarista, ela carrega consigo valores fundamentais para a compreensão do ethos capitalista, e obviamente de seu “espírito”.

Citando uma passagem da Bíblia, Weber invoca Franklin novamente, “Benjamin Franklin, embora fosse ele próprio de confissão palidamente deísta, responde em sua autobiografia com um versículo bíblico do Livro dos Provérbios (Pr 22,29) que seu pai, calvinista estrito, conforme ele conta, não se cansava de lhe pregar na juventude: “Vês um homem exímio em sua profissão? Digno ele é de apresentar-se perante os reis”.” Com isso se tem uma observação de que o homem só seria digno se fosse exímio em sua profissão – elencando aí um aspecto moral importante, a vocação, e não somente aquele utilitarista descrito anteriormente. 

“Espirito” do capitalismo é utilizado por Weber no sentido especifico de máxima de conduta devida eticamente coroada. Percebe-se uma grande diferença da definição marxista. O capitalismo para Weber não é apenas um modo de produção moderna e ocidentalmente possui uma diferença que se encerra num ethos: ou seja, o trabalho tomado como fim em si mesmo, a racionalização de todas as esferas da vida para a maximização do lucro, um ethos que indica a conduta correta não só nos mercados, mas também na vida privada e doméstica. Weber analisa o capitalismo de fora de sua própria esfera econômica, a maneira como ele vai invadindo as outras esferas com suas lógicas de produção que implicam num modo racionalmente orientado para aumento das posses.

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