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O Sistema Público de Saúde Cubano

Por:   •  30/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  502 Palavras (3 Páginas)  •  175 Visualizações

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Sistema Público de Saúde Cubano

O filme indicado, Sicko, apresenta sistemas de saúde de vários países em contraposição ao sistema de saúde dos Estados Unidos. Entre os sistemas apresentados o que mais chama a atenção é o de Cuba. Isso ocorre porque é o modelo de sucesso que recebe maior enfoque.  Mas ao mesmo tempo, o filme é claramente tendencioso e parcial, o que levanta dúvidas sobre a veracidade dos fatos apresentados.

Isso fica claro quando vários cidadãos americanos vão à ilha e são tratados gratuitamente, quando, na verdade, turistas e estrangeiros não recebem, e nem deveriam receber, tratamento gratuito, uma vez que não são contribuintes daquele país.

Portanto, se faz necessário buscar informações extras sobre a realidade da saúde em Cuba e as pesquisas sobre o tema revelam informações conflitantes com as obtidas através do documentário.

O Sistema de Saúde Cubano é bastante parecido com o brasileiro em suas diretrizes de Universalidade, Acessibilidade, Gratuidade, Regionalização e Integralidade. Assumiu esses aspectos com as reformas a partir do fim da Revolução de 1959, quando se tornou uma prioridade no Governo Castrista, que priorizou a Atenção Primária. A partir daí, os índices oficiais de mortalidade infantil e expectativa de vida melhoraram consideravelmente, colocando Cuba no mesmo patamar que países desenvolvidos  nesses quesitos.

No entanto, há muitas controvérsias sobre a veracidade e possível manipulação desses dados. É comum haver relatos de médicos dissidentes cubanos, denunciando falsificação de dados e até indução ao aborto de fetos com complicações, o que impacta na redução das taxas de mortalidade infantil.

Outras denúncias relatam que, na prática, existem dois sistemas públicos diferentes em Cuba. Um voltado para a elite e membros do governo, que seria bem próximo daquele mostrado no documentário de Michael Moore; com aparelhos modernos, boa estrutura e atendimento rápido e eficiente. E outro, voltado para a população em geral, onde falta medicamentos, insumos básicos e o acesso a procedimentos de alta complexidade é muito demorado.

Além disso, a medicina particular não é permitida, nem como sistema complementar ao público, o que gera corrupção endêmica, pois muitos profissionais atendem informalmente e para isso desviam materiais e insumos em uma espécie de mercado negro com o objetivo de complementar a baixa renda.

Em contraponto a Sicko, o canal Fox  apresentou em sem seu jornal “FOX News” um documentário sobre a saúde em Cuba que mostrava cenas chocantes de precariedade. Essas cenas foram filmadas pelos próprios cubanos, sem nenhuma grande produção nem autorização do governo, e contrabandeadas para fora do país pelo médico cubano Darsi Ferrer e entregues ao exilado cubano George Utset que mantém um site intitulado The Real Cuba, onde denuncia as condições de vida dos cubanos.

Isto posto,  percebe-se que o sistema cubano, assim como o brasileiro é bem intencionado em sua concepção, mas enfrenta problemas e desafios na sua implantação de forma eficiente. No entanto, devido a dificuldade de acesso a informações confiáveis, por se tratar de um governo ditatorial que usa a censura como ferramenta, não é possível dimensionar a situação real do Sistema Público de Saúde no país.

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