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O racismo no futebol brasileiro atual

Por:   •  20/10/2015  •  Dissertação  •  924 Palavras (4 Páginas)  •  496 Visualizações

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O Racismo no futebol brasileiro atual

O Brasil é um país miscigenado, seu povo não tem raça dominante, vindo de uma verdadeira mistura. Quando parecia que caminhávamos para uma sociedade igualitária, sem racismo, começaram a ser expostos na mídia casos de racismo, em um esporte que até então parecia unificar sendo que nas arquibancadas percebia-se o aglomerado de pessoas como uma verdadeira família. O objetivo deste texto é compreender e discutir sobre a trajetória do esporte no Brasil bem como os aspectos que corroborariam com a eliminação do racismo.

A origem da miscigenação povo brasileiro de acordo com Gilberto Freyre deve-se ao cruzamento dos colonizadores com índias e escravas africanas, como concebe o autor chamando o ato de uma verdadeira “intoxicação sexual”. No histórico do Brasil, concebiam até 1933 que o atraso do país era resultado da mestiçagem; O autor se posiciona contrário a esta tese, afirmando que devido a miscigenação racial, o Brasil seria modelo para humanidade futura acreditando que a humanidade se dará por uma metaraça universal.

Para compreender o racismo no futebol brasileiro atualmente, faz-se necessário compreender qual o histórico do futebol nas terras tupiniquins. O futebol no Brasil iniciou por meio de ingleses ricos que vieram ao Brasil, sendo aceitos pelos times só pessoas brancas. O Brasil assegurou seu lugar no futebol com a vitória no campeonato Sul-americano em 1919, sendo sugerido posteriormente para a seleção brasileira que não levasse negros em sua equipe para os jogos, sugerindo que assim seria mostrado o “melhor da sociedade”.

Times mais tradicionais como fluminense carregam em sua história episódios de racismo lendários como a do jogador Carlos Alberto que usava pó de arroz para se camuflar com os outros jogadores de time que eram brancos. Outro time que carrega  a fala de um dirigente que retrata o racismo de um dos dirigentes do vasco ainda por volta de 1919 que disse “"Entre um preto e um branco, os dois jogando a mesma coisa, o Vasco fica com o branco. O preto é para a necessidade, para ajudar o Vasco a vencer.". Outra fala diz respeito ao futebol do rio, em que durante um natal em que os jogadores brancos se recusaram a jogar e foram colocados jogadores negros, resultou nesta fala “A real possuía família e jamais deixaria seus parentes solitários numa noite de Natal. Só negros e mulatos eram capazes de agir dessa forma.".

A primeira lei contra o racismo no Brasil, conhecida como Lei Afonso Arinos foi criada em 1951 e proibia a discriminação racial; Porém por faltar rigor na punição, foi necessário a criação de uma lei que aprimorasse a primeira, conhecida como Lei Caó que traz a igualdade racial bem como o crime de intolerância religiosa, determinando os crimes como inafiançáveis.

Tendo em vista a busca por políticas brasileiras em busca da democracia racial, encontramos autores que retratam o porque este conceito não pode ser usado no Brasil.  Florestan Fernandes diferencia tolerância racial de democracia racial, acreditando que a segunda abarca não só harmonia nas relações sociais mas sobretudo, igualdade racial, econômica e política; Para este autor na sociedade brasileira ainda há a dominação do branco sobre o negro. Já o autor Abdias nascimento, compreende que o Brasil avança para a democracia racial, concebendo que ainda restos de descriminação.

 

Há mais de um século aboliu se a escravatura, porém ainda percebemos que pouco mudou em relação aos negros, tendo em vista como um dos motivos para isto um país em que o estereotipo estar enraizado. O racismo ainda é um desafio para o governo, compreendendo como uma difícil missão desvincular bem como conseguir modificar uma cultura em que é presente o impacto negativo da escravidão e da colonização que resultou nesta dificuldade em desvencilhar o negro como subordinado ao branco, bem como a igualdade social e econômica.

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