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Os 7 mitos sobre o autismo

Por:   •  30/8/2017  •  Artigo  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  355 Visualizações

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Os 7 mitos sobre o autismo

Por Alexia Oliveira Bispo dos Santos

O autismo, ou transtorno do espetro autista (TEA), é um distúrbio neurológico caracterizado pela dificuldade de comunicação social e por comportamentos repetitivos, da qual é uma condição permanente, ou seja, um indivíduo autista sempre será autista. Com o conhecimento leigo do transtorno pode-se pensar que os indivíduos autistas não gostam e não querem essa interação social, mas será mesmo verdade? O quanto esse pensamento é capaz de fazerem com que as pessoas autistas sofram preconceito (logo, exclusão, bullying, etc.) ao conviver em sociedade? Pesquisadores preocupados com essa questão então propuseram um experimento com cinco grupos de pessoas que tinham contato com não com indivíduos autistas (um grupo de pós-graduandos em psicologia na University of Reading, UK, dois grupos de graduandos da mesma universidade, um grupo de pessoas mais velhas com uma média de 74 e um grupo de pessoas recrutadas de uma igreja local), no total 37 participantes, onde eles eram instigados em seus grupos a discutirem suas visões acerca de temas sobre autismo.

No decorrer dos debates, que duraram cerca de uma hora cada, surgiram sete temas que retratavam concepções errôneas sobre o autismo que os pesquisadores resolveram denominar de mitos, as quais são: (1) Todas as pessoas autistas estão desinteressadas nas relações sociais, (2) todas as pessoas autistas não gostam de ser tocadas, (3) todas as pessoas autistas são introvertidas, (4) todas as pessoas autistas não são capazes de notar rejeição, (5) todas as pessoas autistas tem talentos especiais, (6) todas as pessoas autistas são perigosas e por fim, (7) todas as pessoas autistas são

ruins. Os participantes sem contato com autistas mostravam-se, a princípio, um pensamento leigo ou uma história vivenciada por conhecidos acerca de cada um desses assunto quase como se fossem verdade. Os participantes com contato logo apresentavam contra-argumentos mostrando que aquilo não era necessariamente verdade, e os outros participantes se mostravam abertos a reconhecerem que aquele não é um fato do que caracteriza o TEA.

Durante esses debates diversas histórias de exclusão social de autistas foram relatadas, assim como outras de inclusão proporcionada por indivíduos com um maior conhecimento a respeito do TEA mostrando como o ambiente em que o indivíduo autista está inserido pode ajudá-lo.

Ter essas impressões erradas sobre o autismo pode até dificultar o reconhecimento de um indivíduo autista por um leigo (pela própria família) e consequentemente não ter um tratamento adequado, por exemplo, um indivíduo pode sim ser autista e tomar iniciativas para ter interações sociais, gostar de abraços, não ser introvertidas, sentir rejeição, não ter talentos especiais, não ser perigosa e muito menos ser uma pessoa ruim. Muitos desses mitos surgiram através de uma caracterização feita pela mídia de indivíduos autistas da qual a mesma seria um ótimo veículo de conscientização sobre.

Através do estudo foi confirmado que há uma necessidade de promover a educação sobre o autismo (tendo em vista que muitos dos grupos ocorreram primeiramente afirmações dos mitos citados), essas informações fornecidas são capazes desempenhar um papel muito importante na diminuição do preconceito

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