Pesquisa Em Serviço Social

A pesquisa, enquanto dimensão formativa para o Serviço Social possui grande importância e relevância para o desenvolvimento de um profissional qualificado a atender as necessidades postas cotidianamente. A profissão de Serviço Social desenvolveu em sua origem uma postura assistencial e messiânica, voltado para atender as demandas imediatas da população menos assistida pelo poder público, postura tal, embasada no conservadorismo, ainda presente nas atitudes profissionais. Assim sendo, o assistente social na sua atuação profissional, precisa aprimorar os conceitos teóricos, a linguagem e a pesquisa como pratica diária de trabalho, pois somente relacionando a teoria à pratica é que teremos profissionais capacitados a atuar com eficiência e eficácia em seu ambiente de trabalho.A principal contribuição da pesquisa para o Serviço Social é o de propiciar a construção de tipologias de diagnósticos e tratamento mediante a conversão do conhecimento das Ciências Sociais em princípios para o exercício da pratica profissional, proporcionando uma “acurada descrição e interpretação do mundo social”, não se limitando a apenas ao “controle desse mundo”.Num primeiro momento, o fato de se fazer pesquisa tem como principal objetivo produzir conhecimento, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida para a população, porém, não basta pesquisar e trazer este conhecimento sem que ele traga relevância para a sociedade.A prática da pesquisa em Serviço Social é enviesada por diversas transformações ocorridas na organização e sistematização do conhecimento e suas expressões em cada contexto histórico. Inicialmente, a aproximação do Serviço social com a pesquisa se deu de maneira superficial, pois consistia apenas em coleta de dados acerca das condições de vida e os aspectos comportamentais dos usuários. Entretanto, “coletar dados” não significa estritamente “investigar”. Neste sentido, a pesquisa tem tido grande importância para a formação profissional, especificamente, a partir da década de 80 (intenção de ruptura), quando a profissão se coloca como objeto de estudo e, consequentemente, há uma intensificação em compreender a realidade social e as demandas que estavam postas. Com isso, o serviço social procurou se envolver com a elaboração teórica, passando a pesquisa a integrar a dimensão prática da profissão passando a ser um elemento essencial na formação (teórico- metodológico) profissional. Desde então, a pesquisa no Serviço Social vem se consolidando e sendo cada vez mais utilizadas no âmbito das políticas sociais, investigação sobre a profissão, nos espaços sócio-ocupacionais, no ambiente da graduação e pós-graduação, entre outras. Neste processo consolidam-se os grupos de pesquisa e avançam na construção de pesquisas interdisciplinares e interinstitucionais, criando mecanismos institucionais entre pesquisadores de uma mesma universidade ou entre universidades diferentes e, por fim, amplia a participação de pesquisadores não docentes, o que ainda é bastante reduzida, buscando superar o distanciamento entre pesquisadores inseridos no âmbito acadêmico e aqueles inseridos nas práticas profissionais.

2-O Serviço Social e a Guarda Compartilhada. Um desafio para o Assistente Social?

O tema guarda compartilhada é habitualmente discutido, não apenas pelos operadores do direito, como também (e talvez principalmente) pelos pais que disputam a guarda dos filhos. Na tentativa de produzir um texto que apresentasse de maneira resumida e objetiva o tema guarda compartilhada, optou-se por apresentar as origens da guarda compartilhada, para posteriormente discutirmos a guarda compartilhada no Brasil e a Lei propriamente dita. A guarda compartilhada é um assunto relevante que merece uma reflexão crítica e aprofundada, e, desta forma, o texto aqui produzido não traduz a sua real intensidade em termos de guarda conjunta, bem como os impactos que a medida causa na vida das pessoas que a vivenciam, principalmente as crianças, mas pode nos levar a refletir e buscar formas de atuação em prol da população com a qual lidamos cotidianamente em nosso espaço profissional é fundamental a atuação do profissional de Serviço social, pois é o profissional com a formação devida para realizar o parecer a favor ou contra em casos de processos de guarda compartilhada. A guarda compartilhada merece uma reflexão crítica e aprofundada, que traduz a sua real intensidade em termos de guarda conjunta, bem como os impactos que a medida causa na vida das pessoas que a vivenciam, principalmente as crianças, mas pode nos levar a refletir e buscar formas de atuação em prol da população com a qual lidamos cotidianamente em nosso espaço profissional. Cabe também o profissional da Assistência Social, com um olhar amplo, e sem pré julgamentos realizar um parecer ético e direto ao sistema judiciário.

3. Pesquisa Científica: A Guarda Compartilhada.

a) Justificativa

Segundo Akel (2009), devido à própria igualdade de direitos e obrigações e às necessidades da vida moderna, o homem passou a participar cada vez mais das tarefas domésticas, inclusive no cuidado com os filhos. A questão da guarda compartilhada surgiu com a crescente aparição da mulher no mercado de trabalho, passando de “rainha do lar” a co-responsável pelo sustento da família. O interesse em realizar uma pesquisa abordando este assunto leva ao resultado que “ao se avaliar a adoção de qualquer modalidade de guarda de filhos, é imperioso ter como regra norteadora o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente” (LIMA, 2006, p. 24). Estudar a guarda compartilhada pressupõe considerar as reais necessidades desses sujeitos, ainda em condição de desenvolvimento pessoal, biológico e social. Diante disso, durante a intervenção familiar cabe à Equipe Técnica ressalvar a proteção dos direitos da criança e do adolescente, além de considerarem as opiniões destes a respeito dos vínculos que existem com cada um dos genitores, sendo estes responsáveis pela educação, alimentação e condução dos filhos. A guarda compartilhada é inovadora e benéfica para a maioria dos pais em separação conjugal, sendo muitas vezes bem sucedida mesmo quando não há um bom diálogo entre as partes, sendo, portanto, o único meio de assegurar igualdade entre os pais na condução dos filhos menores. O objetivo desse novo modelo de guarda é não deixar que a separação atrapalhe o convívio entre pais e filhos.

b) Objetivos

O objetivo desse projeto é analisar como ocorrem trâmites legais no processo de guarda compartilhada no Município de Luziânia Goiás.

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