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Por:   •  14/3/2015  •  1.041 Palavras (5 Páginas)  •  143 Visualizações

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B) AS ORIGENS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO

Neste item o autor afirma que toda atividade humana está sujeita a habituação, isto se afirma quanto a atividades não sociais quanto as sociais e o homem mesmo que seja solitário possui no mínimo a companhia de seus procedimentos operativos.

Ao passar do tempo, as pessoas percebem que podem economizar tempo em certas decisões, pois, devido a experiências passadas, elas se tornaram habituais. O hábito faz o indivíduo gastar menos energia com certas decisões para usar em outras que a requerem mais. A institucionalização surge como uma comodidade para o homem não ter que repensar todas as decisões habitual

A institucionalização surge a partir das tipificações das ações habituais. Elas são acessíveis a todos os membros do grupo social a que pertencem. A historicidade é fundamental para a institucionalização, já que as tipificações não podem ser criadas instantaneamente, elas são produtos de uma história. As instituições regulam a conduta humana de forma coercitiva e são independentes das pessoas. Quando um segmento da atividade humana foi institucionalizado, por exemplo, significa que ele foi submetido ao controle social.

A repetição dos fatos habituais ajuda no poder de legitimação das instituições. Quando o homem é inserido na sociedade, ele já se encontra em instituições previamente organizadas. Ele se desenvolve observando o padrão de ações dos outros, que já agem conforme foi organizado pelas instituições. Esse ciclo legitima as instituições no decorrer da história, e tudo o que não corresponde ao pré-estabelecido é taxado como fora da ordem “normal”.

Dizer que um seguimento da atividade humana foi institucionalizado, já é dizer que ele foi submetido ao controle social. Mecanismos adicionais de controle só se tornarão necessários se os processos de institucionalização não forem por completo bem sucedidos.

Na experiência real as instituições, em geral, manifestam-se em coletividades que compreendem um número considerável de pessoas, mas é importante ressaltar que, em teoria, o processo de institucionalização ocorreria mesmo se os dois indivíduos começassem a interagir no novo.

A divisão do trabalho e as ações conduzirão a novas habituações alargando ainda mais a base comum a ambos. Em outras palavras, estará em processo de construção um mundo social contendo em si as raízes de uma ordem institucional em expansão.

Em geral, as ações repetidas uma vez, ou mais, tendem a tornarem-se habituais, até certo ponto, tal como todas ações observadas por outro têm de envolver alguma tipificação da sua parte. A partir de então é possível falar, de fato, de um mundo social, no sentido de uma realidade dada e abrangente, que confronta o indivíduo de maneira análoga à realidade do mundo natural. Só com um mundo objetivo as formações sociais podem ser transmitidas a uma nova geração.

Um mundo institucional é, por conseguinte, vivenciado como uma realidade objetiva. Tem uma história que antecede o nascimento do indivíduo com dados inegáveis. A realidade objetiva das instituições não fica diminuída se o indivíduo não compreender a sua finalidade ou o seu modo de funcionar.

É importante ter em mente que a objetividade do mundo institucional, por mais tangível que apareça ao indivíduo, é uma objetividade produzida e construída pelo homem. O mundo institucional é uma atividade humana objetivada, e também é cada uma das instituições. Em outras palavras, apesar da objetividade que marca o mundo social na experiência humana, ele não adquire por isso um estatuto ontológico desligado da atividade humana que produziu.

Ao mesmo tempo, o mundo institucional exige legitimação, isto é, modo pelos quais pode ser “explicado” e justificado. Não porque pareça menos real. Como vimos, a realidade do mundo social torna-se mais tangível no decurso da sua transmissão. Esta realidade porém é histórica e chega a nova geração como uma tradição, mais do que uma memória bigráfica.

O desenvolvimento de mecanismos específicos de controle social torna-se também necessário com a historiação e objetivação das instituições. A nova geração levanta o problema de obediência e a sua socialização dentro

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