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Resenha Comentada A Condição Pós Moderna

Por:   •  16/5/2021  •  Resenha  •  776 Palavras (4 Páginas)  •  147 Visualizações

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O livro condição pós-moderna correlaciona disposições culturais e politicas contemporâneas com determinações econômicas derivadas dos ciclos do capitalismo, apresentando uma ruptura com o ideal modernista de que o desenvolvimento possui a obrigação de estar centralizado em alcance metropolitano. O discernimento histórico estabelecido ao longo do texto compreende uma interpretação critica da pratica social. Os agentes sociais substanciados se acomodam, ou mesmo intervêm, nas novas condições estabelecidas.

David Harvey é habilidoso em interpretar a perspectiva rudimentar da globalização, visto que as mudanças tecnológicas foram eficientes no contexto de potencializar os níveis de produção econômica e a integração politica. É elaborada uma linha de raciocínio que expõe certa correlação de O capital, de Karl Marx, aprofundando cada vez mais a análise do capital com a organização espacial e desenvolvendo os princípios marxistas. Nessa perspectiva, seu proposito foi o de interpretar o desempenho e a dinâmica espacial do capitalismo e seu impacto nas relações sociais. O autor propõe-se a exteriorizar a crise do fordismo de modo transitório e espacial, visando dar maior consideração ao problema. Um aspecto intrigante da obra é como foi apresentado o principio de modelo fordista, sendo quando Henry Ford determinou em 1914, no período de oito horas, a remuneração de cinco dólares, como um meio de conceder aos funcionários tempo de lazer para o consumo das mercadorias fabricadas. Deve-se considerar o que havia de visionário em Henry Ford, sua compreensão de que produção em massa equivale a consumo em massa e sua convicção de uma nova configuração social a partir da correta aplicação de poder corporativo.

Como maneira de introduzir o debate, é levado em conta as restrições para a disseminação do fordismo no contexto capitalista. Foi difícil a aceitação de um sistema que impunha ao trabalhador longas horas de trabalho repetitivo, que concedia escasso domínio sobre o ritmo e organização do processo produtivo. É de deveras importância ressaltar que o acumulo de trabalhadores em fabricas gera a coação de organizações trabalhistas (sindicatos) cada vez mais fortes, aumentando o poder dessa classe. Com o passar dos capítulos, em minha opinião, aumenta-se o grau e complexidade de conceituar como o fordismo reconfigurou-se aliando com o keynesianismo, possuindo o Estado papel fundamental em estruturar novos poderes institucionais. O autor faz questão de ressaltar a crucialidade do capital corporativo em assegurar a prosperidade do crescimento produtivo e da qualidade de vida, conservando uma sustentação para a efetivação de lucros.

As implicações gerais da Condição Pós-Moderna concebem uma observação do fordismo em diversos contextos mundiais. Em uma analise do capitalismo norte-americano, a forte centralização de capital gerou praticas de preços mono e oligopolistas. Fazendo uma investigação eurocentrista, em que o fordismo se implementou com maior estabilidade como esforço de guerra(1940), os governos com concepções ideológicas bem divergentes criaram estabilidade econômica através da convergência de um estado de bem-estar social e uma administração keynesiana. Levando em consideração o contexto do “terceiro mundo”, havia o descontentamento com o processo de modernização,

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