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Resenha - Modernidade Líquida (Bauman)

Por:   •  30/5/2016  •  Resenha  •  470 Palavras (2 Páginas)  •  987 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

RESENHA: “MODERNIDADE LÍQUIDA”; POSFÁCIO.  ZYGMUNT BAUMAN.

JÉSSICA LUANA VICENTE ALVES

METODOLOGIA DA PESQUISA EM CIENCIAS SOCIAIS

PROF. ALBA MARIA

FORTALEZA

ABRIL - 2016

No posfácio de “Modernidade Liquida”, Bauman nos traz à reflexão sobre o ato de escrever, primeiramente, e todos os elementos que circunscrevem esta arte. A partir desta reflexão e de reportar a alguns autores, Bauman fala sobre a necessidade de romper com o óbvio, com as verdades já propostas, e até mesmo impostas, que se ultrapasse essas barreiras para que se possa obter cada vez mais conhecimento. Após a pontuação destes fatos, o autor remete a reflexão sobre a importância da intimidade e da distância. O processo de construção de escrever uma pesquisa de caráter sociológico, sem dúvidas, perpassa também pelo exercício do conhecer o estranho, aproximar-se dele, e é neste processo que aparece a importância de saber lidar com a dicotomia entre ter a intimidade, aproximar-se para conhecer o máximo que puder, e ao mesmo tempo o distanciamento, que é necessário para não interferir no processo de construção da pesquisa. A intimidade, aproximação, o sentimento de estar à vontade são importante no processo de conhecer o estranho, estar dentro da realidade que o mesmo, pois ajuda a perceber e entender o que lhe acontece, o que lhe rodeia e como isso acontece. Porém, é preciso ter ao mesmo tempo o olhar de fora, tendo também uma visão crítica do objeto pesquisado. Este momento é importante como forma de analisar com mais cautela tudo que está à sua volta.

Segundo Bauman (2001, pg. 237), “Criar (e também decobrir) significa sempre quebrar uma regra; seguir a regra é mera rotina, mais do mesmo”. Ou seja, ele retoma ao que diz no início do posfácio, em que fala sobre a necessidade de recusar as verdades já postas, as obviedades, ou podendo-se nomear como a ruptura com o senso comum, para que se alcance perspectivas mais a frente. Neste “quebrar regra”, parte muito do momento do convívio do pesquisador com o estranho, e estas regras que eventualmente e inevitavelmente podem vir a serem quebradas, dizem respeito, em geral, àquelas de costume do estranho. O pesquisador fará os esforços necessários para entender todos os processos que rodeiam e que lhe interessa estudar, e a partir daí começar a fazer os questionamentos, as problematizações, e para isso terá que fazer rompimentos com o que ele está encontrando. Portanto, o pesquisador, ainda em fase de conhecimento sobre o estranho, não entende todas as regras morais, costumes em geral etc; podendo gerar este rompimento de regras. Além do mais, pode-se dizer também que estas regras podem ser a própria forma do pesquisador de fazer o seu estudo e escrever sobre ele até então. Por isso, quebrar as regras pode ser fundamental para o processo de estudo, observação e, principalmente, para escrever a sua pesquisa.

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