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Resenha Sobre a história da saúde pública, Everardo

Por:   •  25/5/2015  •  Resenha  •  690 Palavras (3 Páginas)  •  429 Visualizações

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Resumo Sobre a história da saúde pública: idéias e autores (Everardo Duarte)

O artigo tem como objeto o ensino das ciências sociais nas escolas médicas, objeto este, abordado em outros artigos. De um total de 54 artigos publicados 10 apresentam os descritores "ensino" e "ciências sociais", demonstrando sua aproximação com o tema. Busca, como objeto destacar alguns aspectos marcantes da introdução do ensino das ciências sociais em décadas anteriores aos anos 80 de diversas experiências e situar o desenvolvimento do ensino das ciências sociais nas escolas médicas no período 1980-2000.

Ocupa-se o autor inicialmente dos aspectos marcantes da introdução do ensino das ciências sociais nas escolas médicas no período anterior aos anos 1980. Destacando cronologicamente as origens das ciências sociais em saúde. Em sua origem, surgem esforços no sentido de construir um quadro de referências para o estudo das relações saúde/doença/medicina/sociedade como campo de produção do conhecimento, e as tentativas de introdução desse conhecimento como prática pedagógica, inicialmente nos Estados Unidos da America - EUA e posteriormente na América Latina e Europa. Os sociólogos Parsons, Goffman, Becker, Ster e Sigerit são citados, pelas contribuições (funcionalismo, interacionalismo simbólico, materialismo histórico e história social da medicina) dadas ao corpo teórico da disciplina em seu surgimento. São mencionadas outras denominações das ciências sociais e a paulatina aproximação entre as ciências do comportamento e as disciplinas biomédicas. A transição entre a perspectiva pluralista da medicina (centrada no paciente) frente o cientificismo, contribuiu para a expansão do paradigma flexneriano. As contribuições dos cientistas do comportamento foram além da "dimensão humanística e humanitária" da relação médico-paciente, por possibilitarem o uso de certas técnicas científicas no "manejo do paciente", tornando-se "agentes de reprodução ideológica" da profissão médica e por corroborarem com os interesses da profissão médica em "expandir e afirmar-se como autoridade científica". A inserção das ciências sociais nas escolas médicas deu-se em alguns espaços e ideologias. Se por um lado, a aliança inicial ocorre com a psiquiatria, por outro as reformas curriculares deram ênfase a necessidade do ensino dessas ciências nas escolas médicas. A "obrigação social das escolas médicas" ocupou o centro dos debates, definindo-se com objetivo principal das reformas curriculares, entre os objetivos secundários, estavam os de cunho pedagógico (aplicação de novos métodos educacionais) e de contexto da profissão (demandas da prática médica e perfil epidemiológico do adoecimento). O Everardo Nunes ao analisar a introdução das ciências sociais na saúde, verificou que os cursos de medicina, foram à porta de entrada, via departamentos de medicina preventiva e social.

As primeiras avaliações no ensino das ciências sociais demonstraram falta de homogeneidade dos conteúdos e uma diversidade de denominações nas disciplinas (ciências sociais, ciências da conduta, sócio-antropologia, psicologia social e sociologia). Num segundo momento, ocupa-se o autor em situar o desenvolvimento do ensino das ciências sociais nas escolas médicas no período 1980-2000, analisando 21 estudos (9 dos EUA, 2 do Canadá, 2 do Brasil, 1 da Inglaterra, 1 do Reino Unido, 1 da Escócia, 1 da Índia, 1 da Finlândia, 1 de Gana, 1 de Israel e 1 da Colômbia)  que se dedicaram a questão do ensino em diversos países, situando os objetivos, os conteúdos e a metodologia do ensino. Ao analisar os objetivos verificou que nem sempre é possível estabelecer de forma clara a divisão entre o que se denomina ciências do comportamento das ciências sociais. Everardo faz uso dos estudos elegíveis, citando Carr J (1981) que mencionou a necessidade de oferecer os conteúdos das ciências do comportamento de maneira mais aprofundada; Gessner PK, Katz LA, Schimpfhauser FT (1981) que enfatizou a capacitação do profissional para dar respostas aos problemas que afetam a saúde humana; Huster M (1981) apontou a diversidade de departamentos ensinando as ciências do comportamento; Mcguire e friedmann (1981) destacando que os conteúdos do campo das ciências sociais deveriam ser mais diretamente relacionados à prática médica;

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