Resumo Teórico de Hanna Pitkin

Uma das obras teóricas mais importantes sobre o que seria a representação vem da teórica política nascida na Alemanha e nacionalizada norte-americana, Hanna Fenichel Pitkin com sua obra “The Concept Of Representation” de 1967. Nela obteve uma grande repercussão no campo da Ciência Política devido a sua inovação conceitual, tirando a Representação política do campo apenas pessoal e a movendo para uma questão de atividade social.

A autora analisa a história e as transformações do sentido da representação, começa mostrando como na antiguidade a ideia e a prática de representação não tinham relação com a democracia, eleições, liberdade ou justiça. A representação entendida particularmente como o de humanos representando outros humanos e ponto. Então para demonstrar como esse processo ocorre ao longo do tempo, Pitkin diferencia quatro noções de representação, são elas: formalista, descritiva, simbólica e substantiva. Pitkin compreende que as três primeiras não são o suficiente para a compreensão do significado de representação, onde na primeira age por autorização e as outras são por ‘se colocar no lugar de alguém’ (standing for).

Dessa forma, Pitkin começa a conceituar a representação ao propor um modelo substantivo que se ajusta à ideia de "agir em nome de alguém" (acting for). Logo, chegamos a como a autora considera a representação, sendo agir no interesse dos representados da maneira que lhes convém. Onde o representante deve agir com independência, ser quem age, porém nunca de maneira conflitiva a quem representa, devem agir com discussões saudáveis quando é por uma boa razão, pois se persistir num conflito intenso, na ocasião de novas eleições, poderá perder seu posto de representante.

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