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Saber Cuidar : ética do humano – compaixão pela terra

Por:   •  22/4/2017  •  Resenha  •  721 Palavras (3 Páginas)  •  819 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Escola de Artes e Arquitetura Edgar Albuquerque Graeff

Disciplina de Língua Portuguesa I

Docente: Annunziata Spencieri

Alunos: Eron Telka, Gleycon Vieira, Kemilly Mydian, Maycon Jhonatan e Raquel Mira

Turma: C 09

RESENHA CRÍTICA – BOFF, Leonardo. Saber Cuidar : ética do humano – compaixão pela terra/ Leonardo Boff. 19 ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2013.

Leonardo Boff, pseudônimo de Genézio Darci Boff, é um teólogo, escritor e professor universitário brasileiro. Nasceu em 1938 e é expoente da Teologia da Libertação no Brasil. É autor de mais de 60 livros e conhecido internacionalmente por sua defesa dos direitos dos pobres e excluídos, com seu trabalho atual relacionado principalmente às questões ambientais.

Leonardo Boff, ao escrever o livro Saber Cuidar, relata sobre os vários âmbitos da essência humana em respeito à sua ligação com a falta de cuidado. Ele aborda o tema iniciando uma atual análise da sociedade contemporânea e de como esta se comporta com a forma de se relacionar envolvendo as tecnologias e invenções da era contemporânea, no intuito de unir e globalizar a todos, mas que na prática, segregam e isolam a comunicação e as relações hodiernas.

Ao explicitar o tema, o autor designa consequências nesta nova realidade que ameaçam a essência humana e o saber cuidar desta nova geração. Isto ocorre, de fato, pois à medida que evoluímos em termos de tecnologias e avanços técnico-científicos, a sociedade se segrega e se especializa, dando surgimento a novas gerações com formas próprias de pensar, agir, comportar e até mesmo adoecer intrinsecamente ligadas às modernidades do século XXI. Esta seria, para Boff, o estigma do nosso tempo: uma geração que aprendeu a expressar seus cuidados por meio de tamagochis, distanciando as partes e tornando essa relação (essencial do ser humano) extremamente fria e mecanizada.

Tais comportamentos contemporâneos acarretam o que o autor chama de “crise civilizacional”: um mal estar geral na sociedade, que se encontra alheia e dispersa ao descuido atual em relação ao próximo e ao planeta. As pessoas deixam de se importar uns com os outros, deixam de cuidar, perceber ajudar nas necessidades em que os mesmos se encontram. Cita o descuido com as crianças que são exploradas com o trabalho infantil, o descaso pelo destino manifesto dos pobres e marginalizados da sociedade, e o descuido pelos inválidos, pelos aposentados e ainda pelos desempregados. Tudo resultando em uma individualidade dominante e alicerçada na falta de cuidado, que gera a situação atual em que se encontra a sociedade: extremamente materialista, fria e egoísta.

Entretanto, Boff relata a existência do crescimento de grupos que vão em contrapartida a este estigma, grupos preocupados com o cultivo da ecologia, da meditação e da espiritualidade, grupos que acompanham os impactos ambientais refletidos nas novas construções e no modo de vida desta coletividade. Demonstra que apesar da sociedade se encontrar neste mar de caos, ainda existe a consciência de corresponsabilidade pelo planeta em que habita, incluindo sua biodiversidade e todos os seres ameaçados à extinção. Paradoxalmente, resulta na urgência que este corpo social procura a criação de um novo “ethos” e de uma nova moral, que reformule os postulados do cuidado e da preservação desta moradia, de forma a unir todo o povo em um só, em prol do bem comum.

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