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Teologia Bíblica do Velho Testamento

Por:   •  11/7/2018  •  Resenha  •  1.656 Palavras (7 Páginas)  •  577 Visualizações

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Teologia Bíblica do Antigo Testamento

Faça uma resenha crítica (Conforme normas ABNT); Obs. Uma análise crítica não precisa necessariamente discordar do conteúdo da aula para ser crítica, ela também pode destacar pontos de contribuições.

Critérios de avaliação:

- Coerência e Coesão das ideias

- Citações diretas e indiretas no desenvolvimento do texto conforme as normas da ABNT

- Uso da norma padrão da língua portuguesa

                                                       

                                               

                                               Resenha Critica

Resenha crítica sobre o conteúdo da aula 03, material didático do curso de pós-graduação, “Porque Perguntas o Meu Nome? ” Javé a Ruah na Construção do Monoteísmo.

Numa leitura sincrônica da Bíblia mais especificamente o Antigo Testamento tem-se a impressão de que o credo monoteísta está presente desde as primeiras páginas desta obra histórica e teológica, porem certas passagens deixam a impressão de que a crença monoteísta pura e verdadeira das origens do povo hebreu passou por processos de degeneração no decorrer da história do povo de Israel, muitas imagens e metáforas no Antigo Testamento tentam dar “forma” a uma experiência de fé muito profunda do povo de Deus com Deus portanto seria correto afirmar que  essas tentativas de expressar a experiência com Deus que não se restringiram  apenas em palavras, se transformaram em imagens e muitas vezes até mesmo se converteram em próprios deuses criados pelas mãos e imaginação dos homens.

Desde os primeiros capítulos da Bíblia, os autores se referem a um só Deus, assim ao narrar a Criação (Gênesis 1,1-2,4), o texto sagrado menciona “EL” ou “ELOHIM” (Deus), sendo o mesmo e único Deus que aparece nas histórias de Caim e Abel (Gênesis 4), do dilúvio (Gênesis 6-9) e da torre de Babel (Gênesis 11).

Na história dos Patriarcas, que logo a seguir se abre (Gênesis 12-50), Abraão, Isaque, Jacó e José invocam a Deus sob diversos nomes: “o Deus (El ou Elohim) de Abraão” (Gênesis 26,24), “o Deus de Isaque” (Gênesis 28,13), “o Terror de Jacó” (Gênesis 31,42), “o Deus de Israel” (Gênesis 33,20), “o Deus de Bethel” (Gênesis 31,13; 35,7).

Esse Deus dos Patriarcas não é uma divindade local, senhor de uma única região apenas, ao contrário Ele acompanha os Patriarcas em suas migrações para Canaã, para o Egito, é mesmo “o Juiz da terra inteira” (Genesis 18,25) “o Deus do céu e da terra (Genesis 24,3) “Aquele a quem toda a terra pertence” (cf. Êxodo 19,5),

No séc. XIII a.C. com Moisés o monoteísmo dos Patriarcas se tornou ainda mais influente na vida de Israel, manifestando-se a Moisés, Deus inculcou ser o Senhor absoluto, o Rei de Israel, não toleraria outro culto ao lado do que Lhe era devido donde a proibição de se fazer alguma imagem de Deus, imagem que poderia sugerir a existência de outros seres divinos, tais como os admitiam as nações vizinhas de Israel.

Por isto é que Moisés mandado por Deus para anunciar aos israelitas a libertação do cativeiro egípcio, previa que lhe perguntariam qual o nome, isto é, qual a essência, o mistério íntimo, de Deus (“El” ou “Elohim”) tão poderoso e magnânimo, recebendo então a revelação de que Deus (“El” ou “Elohim”) é “Aquele que é” (“Jahveh”), como se vê, a revelação do nome “Javé” a Moisés corresponde a uma exigência da mentalidade antiga e não a necessidade de distinguir o Deus de Israel dos deuses de outros povos.

Verifica-se que nas religiões dos povos que cercavam Israel, ao lado de um ou mais deuses masculinos eram cultuadas uma ou mais figuras femininas ou deusas, estas aliás costumavam aparecer nas diversas modalidades do politeísmo, assim a passagem de Israel politeísta para o monoteísmo constituiria um caso único, inexplicável, na história antiga, com efeito, os povos pré-cristãos do Oriente tendiam não à redução, mas à multiplicação dos seres divinos com as figuras dos deuses dos povos vencidos, assim eles iam enriquecendo os seus santuários pagãos.

O conceito de que Javé escolheu Israel para ser sua possessão é chamado eleição, “a eleição” divina não é um ato arbitrário, ainda que Deus tenha tomado uma nação em detrimento de outras, a nova obra de redenção divina exigia um novo povo, por causa dessa eleição deveriam destruir todos os símbolos religiosos presentes, porém, esse conceito de eleição tem outra face, pois havia outro propósito no fato de Deus escolher Abraão e seus descendentes: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gen. 12.3), sendo que a eleição de Deus para com Israel não brota de sua indiferença para com outros povos, antes surge de sua preocupação de que Israel transmita a verdade divina aos outros povos, pois se Israel não for cuidadoso para guardar a verdade que Javé revelou em palavra e em atos,  a verdade nunca chegará ao restante do mundo.

A palavra “aliança” desponta aqui e ali com frequência no Antigo Testamento. Embora seja às vezes descrita como um “contrato” ou “acordo”, a aliança bíblica é um tanto diferente. Um contrato implica reciprocidade: “pelo valor recebido aceito pagar...”. Se um dos contrastes deixa de cumprir sua parte, o outro fica desobrigado. Mesmo o tratado de suserania não é bem igual à aliança bíblica, embora pareça um paralelo mais próximo. Aqui, o governante venceu o povo vassalo e, portanto, impõe-lhe certas obrigações. Em troca promete prover os devidos benefícios. Ao contrário, a aliança bíblica, a relação entre Deus e seu povo escolhido, não se origina nem na reciprocidade nem na conquista. Ela começa no amor: “porque o Senhor vos amava...” (Dt 7.8). Assim mesmo que o povo falhe e não cumpra sua parte da obrigação como certamente fizeram no deserto e ao longo da maior parte de sua história, Deus não quebrará sua aliança (Dt 4.31). Não devemos, porém, supor que sobre Israel não se impunham obrigações. Na relação da Aliança, Javé honra sua parte (as promessas) porque ama e porque é Deus. O Senhor pode punir Israel por desobediência e até castigar gerações inteiras por incredulidade persistente, mas a aliança permanece em vigor – simplesmente por causa da natureza e do amor de Deus.

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