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VIVA MELHOR SEM DROGAS

Por:   •  3/5/2018  •  Artigo  •  3.349 Palavras (14 Páginas)  •  224 Visualizações

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CURSO: PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS PARA EDUCADORES DAS ESCOLAS PÚBLICAS

UNIDADE ESCOLAR: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR CARLOS  BARROS

CURSISTAS:

  • ANSELMO JOSÉ PAIM MOINHOS
  • ANA KARINA
  • MARCIA PETRONILHA BITENCOURT DAMASCENO
  • SIMONE CEZAR

TUTOR:

  • RUTE NOGUEIRA DE MORAIS BICALHO

TÍTULO DO PROJETO: VIVA MELHOR SEM DROGAS

ENDEREÇO DA UNIDADE ESCOLAR: RUA PAULO AVELAR Nº 1, PARIPE, CEP 40.800-050, SALVADOR-BAHIA

FONE: (71) 3117-26-29        FAX: (71) 3397-2877

DATA DE CONCLUSÃO DO PROJETO: 04 DE MARÇO DE 2011.

1 - INTRODUÇÃO

Durante este Curso foram desenvolvidos temas essenciais para que os participantes desenvolvessem conhecimentos e habilidades para lidar com adolescentes e jovens em situação de risco quanto ao abuso de drogas. As primeiras perguntas que surgiram para o grupo foram: como lidar com o aluno visivelmente viciado ou ligado ao tráfico?; Como lidar com o aluno ainda não envolvido, mas que pela vizinhança com o comércio de drogas, pelas carências diversas, pela falta de perspectivas ou outras questões está inclinado a fazê-lo? A resposta para essas perguntas não é simples e a complexidade do problema exige ações múltiplas que envolvam toda a rede que compõe o cotidiano escolar: professores, grupo gestor da unidade, estudantes e funcionários. Mais além, é igualmente importante o apoio dos pais, líderes comunitários, ONGS, postos de saúde, outras unidades escolares, Polícias Militar e Civil; enfim, todos os indivíduos, grupos ou instituições que possam contribuir de forma madura e construtiva para a prevenção ao abuso de álcool e outras drogas.

Entretanto, a percepção quanto à necessidade de ações coletivas que objetivem a prevenção foi um passo inicial. Os módulos do curso ofereceram um conteúdo teórico sobre quais as características gerais dos adolescentes, bem como acerca da busca de identidade que caracteriza essa fase. Viver experiências novas e por vezes arriscadas é próprio da transição para a fase adulta e compreender essa impulsividade é importante para se aproximar do adolescente e ganhar-lhe a confiança.

O estudo sobre o conceito de drogas e a possibilidade de suas aplicações benéficas na forma de medicamentos também mereceram valiosa atenção. Saber, por outro lado, identificar substâncias lícitas e ilícitas, bem como os seus efeitos físicos e psicológicos foram conteúdos igualmente relevantes no curso. Tornou-se possível para os cursistas responder perguntas como: quais drogas têm os efeitos mais potentes sobre os indivíduos? Quais as substâncias mais arriscadas? Drogas permitidas são menos nocivas que as proibidas? Quais as possíveis conseqüências do uso de psicoativos para a saúde mental e social das pessoas? O que é síndrome de abstinência? Dados estatísticos sobre os tipos de drogas e sua inserção nas diversas camadas sociais e nos diferentes estados do país foram fundamentais para contextualizar as particularidades regionais em relação ao consumo e ao tráfico.

Finalmente, é válido destacar a necessidade de incluir o jovem em qualquer ação preventiva em relação ao abuso de drogas. Identificar lideranças positivas entre os estudantes, torna o jovem protagonista, capaz de pensar, planejar e agir de forma positiva no ambiente escolar e no seio da comunidade em que vive.

1.1 - ASPECTOS TEÓRICOS

A relação desejável do educador com as drogas deve se pautar na busca constante de informação, para que possa realizar intervenções preventivas no ambiente escolar. Isso se traduz em planejar ações, instruir, atender os questionamentos e orientar os estudantes.

A relação do adolescente com as drogas costuma ser impulsiva. O jovem, uma vez que se encontra em formação e na adolescência vive uma fase de descobertas, por vezes não mede as conseqüências das próprias ações e se envolve em situações arriscadas. A primeira experiência no mundo das drogas em geral tem como ponto de partida as substâncias lícitas como o álcool e o tabaco, facilmente adquiridos em qualquer ponto comercial. No caso do álcool, é muito comum as crianças desde muito cedo assistirem o seu consumo pelos adultos nos momentos de folga ou recreação, dentro da própria família. É também comum as primeiras experiências às escondidas dos pais, entre os adolescentes, tão logo gozam de um pouco mais de liberdade. O uso do alcool é como um ritual de iniciação. A substância, por ser muitas vezes associada a momentos de lazer, alegria e descontração, tem seu uso banalizado e tido como natural. Para muitos é o passaporte de entrada  para o mundo das drogas.

Quanto mais se consegue retardar as primeiras experiências dos adolescentes com o álcool, tanto melhor, pois com uma mente mais amadurecida, a experiência costuma ser mais consequente. Se a escola, através dos seus múltiplos profissionais, principalmente os educadores, está preparada para lidar com a temática das drogas e se por outro lado a rede de proteção em torno do adolescente funciona de forma integrada, o jovem tem tudo para conhecer com mais segurança os enormes riscos que envolvem o uso das drogas.

1.2 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual Professor Carlos Barros está localizado no Bairro de Paripe, um dos que compõem o chamado 1subúrbio ferroviário de Salvador e nasceu da reivindicação dos residentes da comunidade Colina do Mar, com o apoio de líderes comunitários locais. Os moradores desejavam uma escola de ensino fundamental mais próxima, uma vez que para os filhos freqüentarem as aulas tinham que atravessar a perigosa Av. Afrânio Peixoto, mais conhecida como Suburbana, nos dois sentidos. Em 23 de dezembro de 1994 a escola foi fundada e no ano seguinte tiveram inicio as atividades letivas. A clientela é formada por pessoas de baixa renda, moradores dos bairros de Paripe, Coutos e Fazenda Coutos, que vivem predominantemente do comércio informal nas proximidades do mercado, conhecido como centro de abastecimento. Muitos dos jovens matriculados são trabalhadores sem vínculo formal que exercem atividades de baixa qualificação no setor de serviços como ajudantes de pedreiro, aprendizes de serralheria, auxiliares de pintura automotiva, dentre outros. Há também um número considerável de estudantes que são beneficiários dos programas de transferência de renda do Governo Federal como o Bolsa Família.

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