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Cultura Maranhense

Por:   •  2/12/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.980 Palavras (12 Páginas)  •  480 Visualizações

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  1. CULTURA, CULTURA POPULAR E FOLCLORE: Entendendo suas definições

1.1 CULTURA

O termo ‘cultura’ surge em 1871, oriundo das palavras kultur e civilization - expressões francesas que neste período referiam-se às concretizações materiais de uma nação (LARAIA, 1986).  Após esta definição, conceituar cultura tem sido uma das grandes preocupações de pesquisadores que procuram compreender o termo e seus desdobramentos antropológicos, especialmente aqueles localizados nas Ciências Humanas, onde é possível perceber de forma nítida como esta se transforma em uma ciência em torno da cultura. Vale ressaltar que desde o século XIX, como pontua (Canedo, 2009), os antropólogos por meio de seus estudos procuraram determinar contornos do seu objeto de estudo, e para isso mantém a busca pela definição de cultura como um debate atual, promissor e latente. Este entendimento da diversidade teórica e da definição do termo cultura resulta, por fim, em múltiplos conceitos, podendo estes muitas vezes mostrar-se contraditórios.

Dentre os conceitos de cultura, capazes de definir esta atividade humana, Silva e Silva (2006, p.1) apud Tylor (p.25, 1976), ressalta que:

Cultura abrange todas as realizações materiais e os aspectos espirituais de um povo. Ou seja, em outras palavras, cultura é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos até ideais e crenças. Cultura é todo complexo de conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. Além disso, é também todo comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica.

Criada no século XIX, esta tem sido umas das principais definições utilizadas por antropólogos para explicar cultura e compreender o meio social. De acordo com Silva e Silva (2006), o esforço das novas gerações de antropólogos tem sido na verdade aprofundar esta definição para melhor compreender o comportamento social. 

No que tange a sua historicidade etimológica, o termo já serviu para designar o ato de habitar, cultivar, proteger, honrar com veneração, sendo utilizado também para retratar umas ações e processos, sempre fazendo referência a animais, ou a agricultura, e até mesmo com terra cultivada. Somente no final do século XX passa efetivamente a designar também o esforço despendido para o desenvolvimento das faculdades humanas.  Canedo (2009) destaca que: 

Até o século XVI, o termo era geralmente utilizado para se referir a uma ação e a processos, no sentido de ter “cuidado com algo”, seja com os animais ou com o crescimento da colheita, e também para designar o estado de algo que fora cultivado, como uma parcela de terra cultivada. A partir do final do século passado ganha destaque um sentido mais figurado de cultura e, numa metáfora ao cuidado para o desenvolvimento agrícola, a palavra passa a designar também o esforço despendido para o desenvolvimento das faculdades humanas. Em conseqüência, as obras artísticas e as práticas que sustentam este desenvolvimento passam a representar a própria cultura.

Pode-se ressaltar que a história tem o papel decisivo em registrar as transformações nas quais as culturas se passam, essas mudanças podem ser ocasionadas por forças internas, ou simplesmente em decorrência de contatos, conflito, ou pelos os dois motivos. Valendo-se deste aspecto, é possível encontrar a palavra cultura sendo utilizada em um sentido estritamente relacionado, e como traço indissociável, do sujeito como ser humano.

Cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nas ações, sociedade e grupos humanos. Quando se considera culturas particulares que existem ou existiram, logo se constata a grandes variações delas. Saber em que medidas as culturas variam e quais as razões das variedades das culturas humanas são questões que provocam muitas discussões. Santos (1996).

Outro fato de grande importância e que deve ser mencionado é que cada realidade cultural possui sua coerência interna, neste sentido, devemos procurar compreender e entender como se dá suas práticas, costumes, ideias, e especialmente as transformações na qual se passam. Com tantas pontuações ao definir cultura, percebe-se que esse termo possui geralmente dois aspectos: um amplo, que faz referência ao homem, e que está intimamente relacionado com a natureza no envolvimento histórico com outros sujeitos, ou seja, na formação do seu comportamento, modo de pensar, sentir e agir. Já o restrito, refere-se ao particular.

Destas duas concepções de cultura, pode-se encontrar autores que discorrem sobre estes dois aspectos da cultura, tais como: Marx (2008) e Cordeiro (2012). Já na restrita: Bosi (1972), Satriani (1986), Canclini (1983) Vieira Pinto (1979).

Perante a diversidade de significados e usos da palavra cultura, Canedo (2009) propõe três entendimentos básicos de cultura, e que valem ser destacados: 1) modos de vida que caracterizam uma coletividade; 2) obras e práticas da arte, da atividade intelectual e do entretenimento; e 3) fator de desenvolvimento humano.

Na primeira ideia, o termo cultura é retratado como um sistema de signos e significados criados pelos indivíduos em grupos socializados. Ela se constrói “através da interação social dos indivíduos, que elaboram seus modos de pensar e sentir, constroem seus valores, manejam suas identidades e diferenças e estabelecem suas rotinas”, como ressalta Isaura Botelho (2001, p.2).

 

Botelho (2007, p.10) destaca que linha de continuidade a incorporação da dimensão antropológica da cultura, aquela que, levada às últimas conseqüências, tem em vista a formação global do indivíduo, a valorização dos seus modos de viver, pensar e fruir, de suas manifestações simbólicas e materiais, e que busca, ao mesmo tempo, ampliar seu repertório de informação cultural, enriquecendo e alargando sua capacidade de agir sobre o mundo. O essencial é a qualidade de vida e a cidadania, tendo a população como foco.  

A segunda compreensão é desenvolvida de um olhar mais singular do termo cultura, colocando as obras e exercícios da arte, da atividade de intelecto e de diversão. Esta compreensão se dá no campo especializado “É uma produção elaborada com a intenção explícita de construir determinados sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de meios específicos de expressão” (Botelho, 2001, p.2).

O cultivo, a distribuição e consumo de bens e serviços que acomodam o aparelho de produção cultural, se mostra essencial para o aprimoramento dos povos, no decorrer em que estes se circulam em um cultivo onde a um crescimento, [a]fazendo com que a aja novas oportunidades de novas atividades gerando assim empregos e rendas a população.

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