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EaD e Redes Sociais Educativas: Uma proposta para o caso brasileiro

Por:   •  10/5/2016  •  Artigo  •  6.267 Palavras (26 Páginas)  •  379 Visualizações

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EaD E REDES SOCIAIS EDUCATIVAS:[pic 2]

Uma proposta para o caso brasileiro


*Bruno Maia de Andrade,
 Faculdade SENAC-Pe (artedeagrado@yahoo.com)
Orientador: Henrique Daniel Gomes Pimentel, Mestre em Ciências da Computação-UFPE

RESUMO

A pretensão deste estudo, a luz das modernas didáticas de ensino-aprendizagem com seus complexos saberes e das polêmicas demandas sociais e institucionais recomendadas por especialistas, é propor uma solução tecnológica voltada a Web 3, sobre o gerenciador de conteúdo Wordpress, pautada nas redes sociais educativas, levando em conta à evolução das ferramentas para o ensino a distância, com um enfoque histórico, desde a época dos cursos por correspondência, até os modernos sistemas digitais interativos, centrados na Web Semântica e permeados pela participação do aluno e docente em tempo real.


Palavras-Chave: Educação a distância. Rede social educativa. Novas tecnologias. Comunidades. Interação. Ambiente Virtual de Aprendizagem. Wordpress. Buddypress. BuddyPressEad. Web 2. Web 3.


ABSTRACT

The intention of this study, in the light of modern didactic teaching-learning with their complex  knowledges and controversial social and institutional demands recommended by experts, is proposing a technological solution focused on Web 3 in the Wordpress content manager, based in educational social networks, taking into regard the evolution of the tools for distance learning with a historical focus, since the days of correspondence courses up to modern interactive digital systems,  centered in Semantic Web and permeated with the participation of the students and teachers in real time.


Keywords: Distance education. Educational social network. New Technologies. Communities. Interaction. Virtual Learning Environment. Wordpress. BuddyPress. Web 2. Web 3.



* Técnico em Telecomunicações- Escola Técnica Redentorista

Bacharel em Design – UFPE

01

Pós-graduando em Docência do Ensino Superior – Senac1 INTRODUÇÃO

A Educação a Distância (EaD) no Brasil, sempre fez parte de uma cultura popular jocosa, difundida para as classes B, C e D como opção técnica de capacitação ou em supletivos de “2º grau” para adultos em defasagem educacional (MORAN, 2007). Era o legado de indivíduos de baixa renda que não conseguiam profissionalização ou a conclusão do ensino médio (nem mesmo pelas vias públicas), por dificuldades diversas mas se enquadravam na capacitação para mão de obra barata, necessária ao setor industrial, em um período em que a expressão Educação Superior Massificada (TROW, 2005) sequer era um neologismo nos círculos acadêmicos.

Nessa toada, a EaD sobreviveu às polêmicas estabelecidas por diversos estudiosos, que a consideravam Fordista1, racionalizada e oriunda de interesses econômicos e industriais para formação de mão de obra qualificada, rápida e prontamente disposta.

Assim, cabe citar Otto Peters, reitor da UAH (Universidade Aberta de Hagen), nos anos 70, e profundo estudioso da EaD. Para Peters (1983), o surgimento e dependência dos meios de transporte, o avanço das comunicações e a incipiente globalização do pós-2ª guerra deram um forte pontapé no avanço da EaD e pela demanda de mão de obra barata, necessária a industrialização nos moldes fordistas. Esteriótipos que foram quebrantados pela revolução digital (especificamente a web 2 e a ambígua web 3) e com o advento da internet banda larga, onde seu público passou a ser mais diversificado.

Sobretudo, a EaD atual, focada no ensino superior e de pós-graduação, é entrelaçada pela quase onipresença das ferramentas digitais de interação social como a internet, os ambientes virtuais e as redes sociais. Também há uma pretensão humanista e construtivista na formação de profissionais conscientes e críticos, capazes de serem coautores do conhecimento (BELLONI, 2008, p. 11). Nesse sentido, dispomos de tecnologias múltiplas e moldáveis, como os aplicativos denominados de Ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs): Moodle, Teleduc, Black Board e as Redes Sociais Educativas, um dos cernes deste estudo, como o Edmodo, Academia.edu, My ScienceWork e Buddypress, que se impõem como um contraponto ao Facebook.

Nosso objetivo será tecer uma visão paranômica da EaD, com enfoque no ensino superior, mas não exclusivamente, desde os primórdios até a era digital, e propor uma solução centrada no gerenciador de conteúdo Wordpress mais seu plugin para redes sociais, o Buddypress, que denominamos BuddyPressEaD. Todos licenciados como Software Livre 2.

02

2 A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E O CONTEXTO SOCIO-EDUCACIONAL

No Brasil, na era pré-internet, a EaD esteve por muito tempo focada na correspondência como força motriz. Estava destinada a estudantes em pleno ingresso no modelo fordista de produção e frustrados com a falta de perspectiva do esquema Escola Nova de Rui Barbosa, cuja intenção era transformar o país, adequando-o ao florescimento industrial e as transformações sociais por que passou o Brasil a partir da década de 20 do século passado (EDUCACIONAL, 2007).

Num contexto mundial, apesar de controversa, a educação a distância teve muito mais força que em terra brasilis, principalmente devido aos serviços de postagem. A correspondência foi tão importante para a EaD que seu marco inicial talvez tenha sido a Faculdade Sir Isaac Pitman, em 1840, a primeira instituição europeia de ensino a distância. A partir daí, a demanda cresceu assustadoramente, sempre alicerçada no método analógico mais barato e até hoje funcional: a utilização de impressos via postagem.

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