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Jornalismo Como Narrativa do Tempo Presente

Por:   •  8/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  200 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Faculdade de Comunicação

Programa de Pós-graduação

Metodologia de Pesquisa em Comunicação

Pedro Russi

Aluno: Thiago Correia de Andrade

TRABALHO FINAL

A definição do problema de pesquisa é uma das etapas mais conturbadas e mais angustiantes pela qual passa o pesquisar. Ou, pelo menos, este seria o meu caso. A disposição para o descobrir não me faltam. A disciplina para o estudo também tem sido trabalhada ao longo do meu caminhar acadêmico. A curiosidade e a disponibilidade de se encantar e de se descobrir na realidade que nos cerca é, ao meu ver, o ethos do pesquisador, é o que resume o espírito científico e é também o que nos traz satisfação. Feita essa introdução, acho que a reflexão, processo interno do pesquisador e marcado por conflitos que se mostram poderosos obstáculos à condução da pesquisa, a respeito do caminhar (neste curto espaço de tempo) a respeito do meu problema de pesquisa pode ser caracterizado como uma martelada. Sim, algo que martela. Martela a ponto de doer, de fazer ruídos e desconstruir. Ao mesmo tempo, martela a ponto de estruturar, de consolidar e de colaborar para a construção desse grande projeto final (será que é final?) que resultará na dissertação de mestrado.

A caminhada martelar tem seu início antes mesmo do ingresso no programa. Ao ter que definir um problema de pesquisa em um modelo projetista, somos chamados à realidade da pesquisa já na inscrição. E é lá que eu pensei que o martelo iria construir: fixar os pregos, que sustentarão os quadros de uma exposição de motivos, justificativas, métodos e conceitos, que embasarão a condução do trabalho. Entrego. É aceito. É aprovado. Ingresso. Sim, o martelo construiu.

        As aulas, as disciplinas, as orientações, o convívio, as leituras, os grupos de estudo, as expectativas, as cobranças, os prazos, os fichamentos, os artigos, os congressos, os seminários, a produção, a qualificação, quando, como, com quem, estou perdido, não dá, está tudo errado. Esse martelo construiu mesmo? Até construiu, mas ele parece que ainda não terminou esse trabalho (será que vai terminar um dia?). Essas marteladas, que às vezes nomeamos – orientador, professor, qualificação – são as que mais gritaram nesse período e que mais se mostraram capazes de impulsionar a reflexão: o que estou fazendo? O que estou pesquisando? O que é meu objeto? Qual o meu problema? Marteladas fortes, duras, que me fazem questionar e duvidar do que estou fazendo e se o que estou fazendo é realizável, é fazível, é relevante. As marteladas estão mais desconstruindo do que embelezando esse cenário de pesquisa.

        O problema martela porque a gente estuda o que a gente vê, o que a gente sente, o que a gente ouve, o que a gente percebe. Estudar percepção, estudar velocidade, estudar streaming, estudar teorias de comunicação é ser objeto e pesquisador. É o dilema de ser o martelo e de ser o prego. Como construir o objeto neste martelar?

        Aquilo que foi apresentado no projeto permanece como norte. É o ponto de relação iniciar meu com a pesquisa, meu com o programa, meu com o orientador. Mas novas questões se adicionam às inicialmente propostas. Como pensar a realidade da comunicação hoje, envolta em uma atmosfera de aceleração e de velocidade sem pensar os efeitos que esses fatores geram nos consumidores desses produtos? Qual é a nova relação que se estabelece quando um sujeito encontra-se numa posição de autonomia (será mesmo autonomia?) ao, por meio da tecnologia do streaming, selecionar o que deseja  

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