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Pornochanchada Breve história do Jornal Impresso no mundo

Por:   •  25/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  8.123 Palavras (33 Páginas)  •  273 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

  1. O JORNALISMO IMPRESSO

  1. Breve história do Jornal Impresso no mundo

O homem, a partir do momento que começou a viver em sociedade, sempre sentiu a necessidade de se comunicar e de passar adiante as novidades e os acontecimentos relevantes para a sociedade em que viviam. Com a invenção da escrita e de suportes como o papiro e posteriormente do papel, essa necessidade de transmitir notícias conseguiu o aporte inicial para a perpetuação de conhecimento ao longo dos anos, já que esses conhecimentos não ficariam mais perdidos na oralidade. Relatos de primeiras notícias jornalísticas partem da mistura entre jornalismo e história que ocorreu na obra narrativa A História da Guerra do Peloponeso do general ateniense Trucídides, que descreveu através desse livro a guerra que aconteceu entre Esparta e Atenas.

Sendo um dos primeiros meios de comunicação a surgir, o jornal impresso, pelo menos o protótipo do que viria futuramente a ser, foi de grande importância durante o período da Roma antiga, mais precisamente no tempo do imperador romano Júlio César, no ano de 59 a.C, o qual se utilizava da Acta Diurna, uma espécie de jornal da época, escritas em placas brancas de papel e madeira, e expostas em locais públicos das principais cidades, como meio de informar a população romana sobre escândalos de políticos contrários ao governo, a expansão do império, novidades sobre vitórias das guerras que o imperador estava participando, criando assim, com a ajuda desse meio de comunicação, a sua autopropaganda com total falta de imparcialidade. Pode-se assim dizer então que, com o surgimento desse primeiro jornal, nasce também a profissão de “jornalista”, pois alguns encarregados atuavam como os correspondentes do Império Romano em busca de notícias para alimentar o jornal com informações.

Embora a ideia de comunicação entre governo e cidadão vista no Império Romano tenha sido um avanço para os padrões da época, é fato que naquele período da história, sem tecnologias de impressão e com quantidades de papel insuficientes, tornava essa forma de comunicação muito cara, além de ser lenta por depender do transporte de pessoas a pé ou a cavalos para que pudessem chegar nas principais cidades, fazendo assim com que uma notícia levasse dias ou até semanas depois de ter ocorrido o fato.

Essa dificuldade pela qual a Roma antiga passou durante aquele período da história se alastrou durante muito tempo, só vindo a ser amenizada com a criação da máquina de imprensa, em meados do século XV, pelo alemão Johannes Gutenberg, iniciando assim a era do jornalismo moderno. A máquina criada por Gutenberg contava com uma prancha onde eram dispostos os caracteres gráficos (letras, números, pontos, etc.) moldados em chumbo, no qual, cada molde desse, devidamente alimentado com tinta, poderia imprimir inúmeras cópias de um mesmo texto em questão de horas, reduzindo amplamente o tempo gasto na produção de livros e jornais que dependiam de elaboração manual.

A possibilidade de contar histórias e novidades e de as difundir para um número vasto de pessoas ganhou nova expressão com as invenções de Gutenberg, entre 1430 e 1440. Se bem que a tipografia com caracteres móveis já existisse antes, Gutenberg inventou um processo de criação de inúmeros caracteres a partir de metal fundido. (SOUSA, 2001, p. 19)

Como é sabido, a revolução causada por essa invenção na época foi tão grande que, a prensa de papel de Gutenberg foi, segundo alguns, a responsável por tirar o mundo de vez Idade Média, já que o conhecimento estava ao alcance de todos dali em diante.

A partir disso, como dito no livro Elementos do jornalismo impresso, do escritor português Jorge Pedro Sousa, é visto que por toda a Europa começaram a circular espécies de gazetas que, publicadas em caráter periódico, informavam sobre acontecimentos variados e com menos atrasos, agora graças a nova invenção de Gutenberg. Assim, esses periódicos são considerados os antepassados diretos dos jornais atuais:

A instalação de tipografias um pouco por toda a Europa permitiu a explosão da produção de folhas volantes, de relações de acontecimentos e de gazetas, que, publicadas com carácter periódico, se podem considerar os antepassados directos dos jornais actuais. (SOUSA, 2001, p. 19)

 É verdade que não há um consenso entre os historiadores da imprensa sobre qual seria de fato o primeiro jornal impresso tipograficamente no mundo, mas, segundo Costella conta em sua obra Comunicação – Do grito ao satélite (1984, p 83), alguns historiadores consideram que o jornal impresso mais antigo surgiu na Europa, e seria o Noviny Poradné Celého Mesice Zari Léta 1597, publicado mensalmente e editado na cidade de Praga por Daniel Sedltchansky, a partir de 1597, tendo como primeira publicação notícias de todo o mês de setembro daquele ano. Já outros historiadores acreditam que primeiro jornal impresso digno do nome seria o semanário Nieuwe Tijdinghen, criado em Antuérpia por Abraão Verhoeven, em 1605, sendo seguido pelo Relation oder Zeitung, criado em 1609 por Johann Carolus na cidade alemã de Estrasburgo.  Surge na França em 1611 o Mercure Français e em 1622 surge na Inglaterra o Weekly News. Em Portugal, a imprensa periódica deu os seus primeiros passos no ano de 1611 com o lançamento da Gazeta em Que se Relatam as Novas Todas, Que Ouve Nesta Corte, e Que Vieram de Várias Partes no Mês de Novembro de 1641, conhecida de forma simples por Gazeta, que durou até setembro de 1647.

Na América, o pioneirismo coube ao Public Ocurrences Both Forreign And Domestick em 1690, da cidade de Boston, criado por Benjamin Harris, sendo criado posteriormente no ano de 1704 o Boston News-Letter, que veio a substituir o Public Ocurrences.

Outro ponto que não há consenso entre os historiadores do jornalismo segundo Jorge Pedro Sousa fala em seu livro, é em relação a qual foi o primeiro jornal a ser impresso diariamente, sendo o Daily Courant, criado na Inglaterra em 1702 por Elizabeth Mallet, detentor do título por ter sido publicado todos os dias, com exceção do domingo. Sendo apenas uma folha de papel, deixou sua contribuição para a necessidade de atualidade na divulgação de informações no jornalismo.

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