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Por:   •  28/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  236 Visualizações

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Cidades Invisíveis ( Italo Calvino)

As Cidades e a memória

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A cidade de Diomira, é constituída por ruas, cúpulas, estatuas de deuses e um galo de ouro que canta todas as manhãs. Todas essas maravilhas os viajantes veem em outras cidades, é pra quem chega em setembro, quando as noites são mais curtas e as luzes coloridas se acendemjuntas, de uma sacada ouve-se uma mulher que grita : uh!, é levado a invejar quem tenha vivido uma noite igual a essa.

As cidades e a memória

2

Da cidade de Doritéia, pode-se falar de duas maneiras: Dizer que existem quatro torres de alumínio, que defendem 7 portas com pontes e fossos, e que dividem a cidade em 9 bairros. Leva-se em conta que moças núbeis casam com jovens de outros bairros, e que suas famílias trocam mercadorias entre si, e a partir dessa situação definir todos os dados da cidade no passado, presente e futuro. Ou fazer como fez o cameleiro que me guiou até aqui. Notou o sorriso das mulheres que iam ao mercado e os soldados que tocavam clarins. A partir dai observou os caminhos para a cidade de outra forma.

As cidades e a memoria

3

Inutilmente pode-se descrever a cidade de Zaira do alto de suas fortalezas. Poderia falar de toda sua estrutura arquitetônica, mais seria o mesmo que não dizer nada. A Cidade é na verdade constituída pela forma com que seu espaço sustenta seu passado. A cidade armazena em suas ruas e construções, toda sua história...

As cidades e o desejo

2

A cidade de Anastácia fica a três dias caminhando em direção ao sul. Deveria se enumerar que a cidade vende pedraria a bom preço, a boa carne de faisão dourado que aqui se cozinha, ou as mulheres que tomam banho no tanque e que as vezes fazem convites. Mais isso não diria nada da essência da cidade. A cidade gera desejos que se despertam simultaneamente. Quem trabalha no minério 8 horas por dia em Anastácia, converte sua fadiga em desejos. Ao ter a sensação de felicidade na verdade se torna escravo da cidade.

A Cidade e os símbolos

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Caminha-se por vários dias e tudo oque se vê é completamente comum, mais o caminho conduz a cidade de Tamara. Caminha se por ruas cheias de símbolos de coisas que significam outras coisas. Se um prédio não possui um símbolo, sua forma ou posição na cidade já indicam sua função. Os produtos vendidos representam aquilo que eles se tornarão ou como serão usados.

As cidades e a memória

4

Zora é a cidade que quem viu não consegue mais se esquecer. Não por sua beleza, mais pela forma com que se apresenta a quem a observa. Quem conhece Zora de cor, consegue viajar mentalmente por suas ruas e esquinas.

Mais a viajem a Zara se torna inútil. Por se manter imóvel e imutável,  para não se esquecer, Zara definhou e o mundo se esqueceu dela.

As Cidades e o desejo

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Existem 2 formas de se chegar a Despina: Navio ou camelo. A cidade se apresenta de forma diferente pra quem chega pelo mar ou por terra.

Pra quem chega por terra, se vê uma cidade, mais imagina-se uma embarcação que o retira do deserto.

Pra quem vem de Navio, compara-se a cidade a corcovas de um camelo, onde o remove do deserto do mar e o leva a um oásis de agua doce.

A cidade e os símbolos

2

A cidade de Zirma, é para os viajantes uma cidade redundante, que se repete para afixar uma imagem a mente.

As Cidades delgadas

1

Presume-se que Isaura é estabelecida em cima de um lago subterrâneo. Em decorrência disso, existem duas religiões. Os Deuses da cidade, e os deuses que vivem em baldes, que erguidos pelas cordas, surgem nos parapeitos dos poços.

Enviados para inspecionar as províncias mais remotas, os mensageiros e os arrecadadores de impostos de Grande Khan retornavam ao palácio real de Kamenfu, e aos jardins de magnólias onde as sombras de Kublai passeava enquanto ouvia aos longos relatos. Mais quando o relato era feito pelo jovem veneziano, entre o imperador e ele estabelecia-se uma comunicação diferente. Recém chegado e, ignorando as línguas do levante, Marco Polo não se expressava de outra forma se não em gestos e expressões de espanto e terror referente aos locais que tinha visitado. Ao retornar de uma viagem, o imperador ao ouvir seus relatos, era obrigado a interpretar as características de uma cidade com base nas peculiaridades dos cidadãos, arquiteturas, costumes e qualquer coisa que a tornasse relevante de ser assinada.

Com o passar do tempo, Marco aprendeu os idiomas falados nas províncias, e os relatos passados por ele eram os mais detalhados que o grande Khan poderia ter.

Marco polo certa vez afirmou ao rei que, quando conhecesse todos os emblemas, o próprio se tornaria um emblema entre os emblemas.

- Ao retornar das viagens, os outros embaixadores me advertem de problemas nas províncias, ou possíveis riquezas e bons negócios a serem feitos. Mais e você? De que adianta tantas viagens?

- Trago lhe informações que te permitem ver as cidades daqui mesmo, do seu palácio.

- Você viaja para reencontrar o seu passado? Perguntou Khan.

A resposta de Marco:

- Os outros lugares são espelhos negativos. O viajante reconhece o pouco que é o seu descobrindo o muito que não teve ou não terá. 

As cidades e a memória

5

Em Maurília,  o viajante é obrigado a observar a cidade e ao mesmo tempo antigos cartões postais que mostram como esta havia sido. Para não decepcionar os moradores, é necessário que o viajante louvo a cidade mostrada nos postais, e prefira-a a atual. Porém conflita-se se em um mesmo espaço duas cidades com o mesmo nome podem coexistir. É impossível saber se a Maurília de ontem é melhor do que a de hoje, pois somente são diferentes entre seu espaço de tempo.

As cidades e o desejo

4

No centro de Fedora, metrópole de pedra cinzenta, há um palácio de metal com uma esfera de vidro em cada cômodo. As esferas mostram um reflexo de possíveis formas que Fedora poderia ter tomado, se por algum motivo não tivesse se tornado aquilo que ela é hoje.

Os Habitantes de Fedora visitam o palácio e escolhem o modelo que realiza seus desejos.

As cidades e os símbolos

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Quem viaja sem saber o que esperar da cidade que encontrará no final do caminho, pergunta-se como serão suas características mais marcantes. Porém quando se chega, é fácil distinguir quais são os lugares e como eles são nomeados ou utilizados. Não é o caso de Zoé. Nesta cidade todas as atividades podem ser realizadas em todos os seus tetos, dessa forma, Zoé pode ser considerada a cidade do indivisível, onde não encontra-se a linha que divide seus habitantes e suas classes.

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