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RESENHA CRÍTICA - PUBLICIDADE AFRO

Por:   •  18/6/2018  •  Resenha  •  493 Palavras (2 Páginas)  •  243 Visualizações

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Este trabalho é uma resenha do artigo “Interpretações sobre os Retratos dos Afrodescendentes na Mídia de Massa” de autoria de Claudia Rosa Acevedo e Jouliana Jordan Nohara, o texto trata de uma pesquisa elaborada com afrodescendentes para examinar quais são as representações socialmente construídas pelos próprios afrodescendentes com relação sua imagem na mídia de massa e como se sentem pelas interpretações geradas

O autor traz uma analise na qual identifica que as classes sociais dominantes através dos meios de comunicação e mídia, traçam perfis, criam estereótipos, que muitas vezes rebaixam esse outro, o subjugando socialmente,  fazendo assim, uma transmissão de ideias que podem acarretar prejuízos, tanto as classes identificadas nesses determinados contextos, como também aos demais telespectadores que estão expostos a esses matérias, onde muitas vezes não tem a consciência das cargas históricas e ideológicas por traz de determinados mateias, e com isso, acabam repetindo o material que chegam até elas através das mídias sociais, gerando assim a um ciclo de descriminações que as vezes está naturalizada, acarretando relações de dominação e exclusão social.

O estudo se ateve às questões de desigualdades sociais, quando se olha as representações étnicas nas mídias, onde as mulheres, idosos, e determinadas classes etnias (afrodescendentes) representam minorias significativa nos cenários da mídia nacional, mostrando uma falta de equidade dos papeis e representatividades. Entendendo o impacto das mídias na construção indenitária, e na reafirmação das identidades individuais e coletivas, o autor ainda ressalta a falta de pesquisas e interesse no Marketing brasileiro quando o assunto é equivalência étnica na mídia, e chama atenção sobre o fato de que o publico ao “consumir” esses materiais, tendem a reproduzir um efeito real, uma noção de verdade das imagens visualizadas.

O autor chama atenção também para o caso que apesar dessa população afrodescendente representar quase metade da população brasileira (43%) o cenário quando é pensado em percentuais no espaço midiático, é desproporcional, desigual e excludente. Esse panorama nos mostra que apesar da quantidade significativa dessa população, quando se trata das representatividades sociais, são desiguais, o que gera uma serie de estigmas sociais. A criação desses estigmas podem ter consequências significantes na vida dos grupos, tanto para as pessoas que não pertencem ao grupo afetado (afetando no sentido que ao serem expostos a certos modelos de vivencias sociais, podem incorporar como verdade, e reproduzir nas relações cotidianas) como também (e principalmente) aos grupos que sofrem essas descriminações, o autor observa que essas consequências podem ser tantas que, quando esses grupos se deparam com essas realidades trazidas pelas mídias, os envolvidos tendem a incorporarem e somatizarem, prejudicando autoestima e autoimagem dos indivíduos e do grupo.  

Fazendo uma interpretação contextualizada, entendendo o passado escravocrata Brasileiro, adentramos na temática na qual o autor traz o sujeito afrodescendente como subjugado socialmente, ainda que hoje de maneira mais sutil ou “mascarada”, na qual a figura do negro traz nas minucias das relações sociais resquícios desse passado histórico, triste e ainda por muitas vezes atuais no nosso país.  

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