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Uma História Social da Mídia

Por:   •  24/4/2018  •  Resenha  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  279 Visualizações

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Uma História Social da Mídia

Briggs, Asa & Burke, Peter. A revolução da prensa gráfica em seu contexto. In Uma História Social da Mídia: de Gutenberg à Internet. Tradução de Maria Carmelita Pádua Dias; revisão técnica de Paulo Vaz. 2º ed. Rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. Pag. 24-79.

A revolução da prensa gráfica foi marcada, na Europa, pela descoberta de uma prensa por Johann Gutenberg de Mainz, aproximadamente em 1450. Acredita-se que na China e no Japão já existiam pensas gráficas, mas como eles usavam ideograma não teve repercussão necessária para sua divulgação.

Por volta de 1500 a prática da impressão gráfica se espalhou pela Europa. Alguns países e continentes, tais como: mundo mulçumano e Rússia, resistiram a esta tecnologia, principalmente por convicções religiosas.

Para muitos a arte da impressão disseminaria, aos povos, conhecimento suficiente para pessoas comuns serem respeitadas e para outros, a arte da impressão era uma ameaça por dar, aos povos, o conhecimento que somente os de posição mais alta na hierarquia possuíam.

Este período durou de 1450 até 1789.

Neste período, imprimiram-se basicamente livros. Os jornais surgidos no século XVII aumentou a ansiedade no mundo cristão e entre os resistentes à tecnologia.

Os acadêmicos, em busca de conhecimento, encontraram outro problema. O grande número de livros organizados em bibliotecas tornava a busca mais difícil, fazendo-se necessária, a catalogação dos mesmos.

No final do século XVIII, os historiadores acreditavam que seria importante tornar o conhecimento acessível para um público maior, que aquilo que fora escrito seria acessível a todos, principalmente para as novas gerações. “[...] Os historiadores sociais, por exemplo, mostraram que a invenção da impressão gráfica mudou a estrutura ocupacional das cidades europeias. [...]”. (Pag. 28).

No início da Europa moderna impressos mais baratos sob a forma de brochuras que tinham como tema vidas de santos e romances de cavalaria eram comercializados por vendedores ambulantes. Como os livros não eram comprados por pessoas comuns acreditava-se que a cultura oral era mais importante.

Na França, Itália, Inglaterra e Holanda o material impresso contribuiu para a cultura popular no século XVII.

A historiadora Elizabeth Eisenstein (1979) atribuiu à invenção dos impressos duas consequências:

• Padronização e preservação do conhecimento.

• Possibilidade de crítica à autoridade.

Reconsiderando a revolução da impressão gráfica

“[...] diferentes meios de comunicação podem competir entre si ou imitar um ao outro, bem como se complementar. [...]”. (Pag. 31).

Comunicação física

A comunicação seguia o fluxo do comércio. Foi difundida, na Europa, pelo rio Reno seguindo rotas como da prata e do açúcar. Estradas também tiveram sua importância. A invenção do telégrafo, em 1837, quebrou a tradicional ligação entre transporte e comunicação das mensagens.

Império e comunicação

Segundo o norte-americano Karl Deutsch, a comunicação são “os nervos do governo”. Os governos (impérios) criaram mecanismos para facilitar a comunicação tanto por terra (cavalos) quanto por mar.

Comunicações transatlânticas

Somente no século XVIII houve melhorias com relação aos intervalos de tempo das comunicações entre os países por causa da implantação de um sistema de navios conhecido como navios de pacotes.

Comunicação oral

O autor relata que a comunicação oral era um meio de comunicação de massa mais utilizado pela igreja, através dos sermões. “[...] Os governantes tinham plena consciência do valor do púlpito [...]”. (Pag. 36).

A comunicação oral acadêmica encontrada nas universidades baseava-se em palestras, debates ou testes de habilidade dos estudantes. A língua predominante era o latim.

O canto teve sua importância na comunicação oral no início da Europa moderna (baladas). Até os boatos foram descritos como um “serviço postal oral”.

O desenvolvimento do comércio contribuiu para a comunicação oral, sobretudo com a relação ao aumento das trocas de valores e mercadorias e também com a prática da especulação e dos boatos.

“Os centros de comunicação oral incluíam tabernas, banhos públicos e cafés, [...]”. (Pag. 38) frequentados pelos principais intelectuais da época. Nestes cafés e clubes surgiu a criação de comunidades de comunicação oral. Jornais da época (século XVIII) também ajudaram criar comunidades locais.

Comunicação Escrita

“[...] ensinavam a leitura e a escrita separadamente [...]”. (Pag. 39).

A comunicação era um privilégio dos homens. A disseminação do ensino da leitura às mulheres e às crianças na área rural ocorreu devido a uma maciça campanha entre 1620 a 1720 (um século).

“As consequências do aumento do letramento e sua penetração na vida diária foram muitas e variadas. [...]”. (Pag. 41).

Com o letramento surgiu os registros escritos, o processamento da informação e as estatísticas.

Linguagens de comunicação

O desenvolvimento da tecnologia com a impressão favoreceu o desenvolvimento das línguas e a comunicação escrita, até então em latim começou a empregar outras línguas: italiano, alemão, inglês e o francês.

Comunicação Visual

A comunicação visual era ensinada nas escolas através da linguagem do gesto. As imagens também tiveram seu destaque principalmente nas igrejas.

Imagens Impressas

A primeira xilogravura conhecida

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