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WEBJORNALISMO: DA PIRÂMIDE INVERTIDA À PIRÂMIDE DEITADA. CANAVILHAS, JOÃO

Por:   •  22/8/2015  •  Resenha  •  1.074 Palavras (5 Páginas)  •  726 Visualizações

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TEXTO: CANAVILHAS, JOÃO. WEBJORNALISMO: DA PIRÂMIDE INVERTIDA À PIRÂMIDE DEITADA.

Até o aparecimento da internet, falar de jornalismo implicava em fazer referencia a pirâmide invertida, técnica onde o jornalista coloca a informação do mais importante para o menos importante. Com o jornalismo feito na internet, essa técnica polemizou-se de forma renovada, pois já havia sido contestada antes. Com surgimento do hipertexto, o espaço disponível, deixa de ser finito. Com ele, o leitor percorre o caminho que mais o atrai e não mais segue a redação tradicional.

O desenvolvimento dos meios de comunicação e a disseminação da notícia, estão ligados aos avanços tecnológicos dos métodos de difusão. O alcance de penetração vem aumentando desde o surgimento do rádio, depois televisão, os satélites e hoje o webjornalismo. No entanto, a taxa de penetração (Número total de clientes / população total), ainda é baixa e desequilibrada. A América Latina, Ásia, e África, têm taxas de penetração bem reduzidas, enquanto se observa taxas mais elevadas na América do Norte e Oceania.

A difusão e crescimento da banda larga, acaba condicionando o tipo de conteúdos oferecidos pelo webjornalismo, devido a velocidade em que se consegue fazer download das páginas. Os jornais começaram a investir em tecnologia, no final da década de 80. Assim, quando ocorreu a explosão da internet, de alguma forma os jornais já se encontravam preparados para transformar as versões impressas em edições online, sem grandes custos, só com adaptações das técnicas.

As técnicas de redação sempre foram importantes nos cursos de jornalismo. No que diz respeito ao acesso à profissão, existem divergências. Por exemplo, enquanto no Brasil permanece a obrigatoriedade da licenciatura, em Portugal, apesar do numero de licenciaturas terem crescido, para ter a carteira profissional, é necessário apenas o ensino secundário completo e um período de estágio. É possível observar, que qualquer desses caminhos, têm um ponto em comum: a existência de conteúdos relacionados com as técnicas de redação.

No jornalismo escrito, a técnica da pirâmide invertida é referenciada. Essa técnica, como já foi dito antes, consiste em começar pelo mais importante em declínio para o menos importante. Para situar o mais importante, responde-se as perguntas: o quê? Quem? Onde? Como? Quando? Por quê?

Foi a partir do telegrafo, que surgiu essa técnica. Era através dele que os jornalistas enviavam suas noticias sobre a guerra da Sucessão, nos EUA, só que o sistema, além de ser alvo para as tropas, estava muitas vezes inoperante. Assim, cada jornalista enviava um parágrafo com a noticia mais importante e após todos o terem feito, iniciava-se outra rodada , para escrever o segundo parágrafo. Dessa forma, a forma de redação em ordem cronológica dos acontecimentos, até ali utilizada, precisou ser alterada para a importância da noticia. Essa técnica foi batizada por Edwin L. Shuman no seu livro Practical Journalism, (Salaverria, Ramón, 2005, 109).

Essa técnica acaba limitando a criatividade, por isso sempre foi objeto de polêmica, o que se renovou com o aparecimento do webjornalismo. Alguns insistindo no uso da técnica da Pirâmide invertida no jornalismo online, outros reconhecendo sua importância mas a considerando limitadora e mais condizente para meios finitos. O jornalismo online faz uso do hipertexto, a noticia é aberta e livre para seguir diferentes caminhos.

No jornalismo escrito, sempre é possível cortar algo, sem prejudicar a noticia, pois o espaço é limitado. Na internet, através de links, o jornalista pode oferecer vários caminhos de leitura, fazendo ligações entre outros textos, imagens, elementos multimídia. O autor Robert Darnton (1999), diz que a técnica da Pirâmide Invertida, deve ser substituída por uma arquitetura em seis camadas de informação:

1. resumo do assunto,

2. versões ampliadas de alguns dos elementos dominantes, e organizadas como elementos autónomos;

3. um terceiro nível de informação com mais documentação de vários tipos sobre o assunto em análise;

4. um quarto nível

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