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A Arte e o Divino na perspectiva de Platão no livro Íon

Por:   •  16/5/2018  •  Resenha  •  1.203 Palavras (5 Páginas)  •  945 Visualizações

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A Arte e o Divino na perspectiva de Platão no livro Íon.

Introdução

No dialogo Íon de Platão, faz-se um a abordagem acerca da arte e do divino, onde Platão utiliza como personagens principais Sócrates e Íon, que em forma de dialogo Sócrates faz indagações à Íon sobre seu talento, sobre a arte e sobre a inspiração divina. Íon diz ser especialista em poesia de Homero acreditando se tratar de uma arte especifica de seu senhor, por considera-lo a criatura mais divina que conhecera. A partir de suas afirmações, Sócrates questionará suas atitudes fazendo reflexões acerca do que é arte e do que vem a ser divino, e que o poeta deverá interpretar tanto o pensamento quanto as palavras.

Desenvolvimento

Com base no que foi dito no processo introdutório deste trabalho, o dialogo escrito por Platão aborda aspectos indispensáveis para a compreensão das características artísticas, onde no decorrer do dialogo fica evidente a distinção do que vem a ser arte e do que vem a ser inspiração divina.

Platão foi o primeiro a tratar da arte no sentido da “téchne”, bem como a arte “mímesis”, no sentido em que falamos belas-artes, dando a cada uma sua definição, sendo a instância da imitação, e como o inverso do verdadeiro saber que no decorrer do assunto entraremos mais a fundo.

Na antiguidade, por exemplo, a ideia de arte está associada à ideia de beleza, de contemplação. Nos dias hodiernos, a estética é a ciência da arte, do belo, do objeto de arte, o que se volta para pensar a criação artística. Para alguns comentaristas, a metafísica de Platão é inteiramente uma estética. Desta forma, as noções centrais de sua metafísica parte de alinhamento dos opostos correspondentes – modelo e cópia, ser e aparência, ideia e imitação. Portanto, o pensamento platônico, desenvolve-se neste jogo do sensível e inteligível, mas sempre focando no divino. O que é divino? Sócrates, refere-se ao divino como algo que toma o homem no sentido primeiro das coisas. Logo, afirma-se que: “não são humanos esses belos poemas nem dos homens, mais divinos e dos deuses, e que os poetas não são nada mais que intérpretes dos deuses” (PLATÃO p. 35).

Este trecho foi extraído do livro “Íon” de Platão, que relata um diálogo onde um rapsodo que andava de cidade em cidade declamando principalmente as obras de Homero. O qual, o mesmo, deleitava de modo imponente aos demais rapsodo da Grécia, colocando-o sempre como um homem da arte, merecedor de coroas de ouro por ser até então o único capaz de falar de modo mais belo a respeito de Homero. Nesse sentido, Sócrates pretendia neste dialogo fazer com que ÍON reconhecesse que, ao falar somente sobre Homero não aparentando interesse pelos demais poetas não se tratava de uma arte e sim de uma inspiração divina, logo quando falava de Homero não estava em sua sã consciência e sim fora de sua razão por estar possuído por uma divindade. E o divino faz com que os seres percam a razão, sendo assim, os poetas não passam de interpretes dos deuses, portanto, possuídos pela divindade de que recebem a inspiração. A partir daí as distinções sobre arte e o divino começam a ficar evidente, haja vista, que se há habilidade em tratar-se apenas de uma arte especifica, logo não é arte e sim inspiração divina, pois em se tratando da arte pela arte, existe uma maneira geral de se ver a arte poética e não partes isoladas.

No decorrer do diálogo, Sócrates revela que a Arte é somente dos Deuses, e não dos homens, afirmando o seguinte: “estou vendo Íon, e vou mostrar a você o que me parece ser isso. Isso que há em você – falar bem de Homero – não é arte (aquilo que eu dizia agora há pouco), mas uma capacidade divina que o move” (PLATÃO p.32). Então, Sócrates relata que não se pode poetar sem antes “inspirar-se e fora de sí”, e ausente da razão. Partindo assim, a questão do divino está em outro plano, fomentando, que a arte é uma peculiaridade divina.

Que plano é esse o qual Sócrates afirma em seu diálogo com Íon, que os poetas são apenas interpretes dos deuses? É justamente o que vem do inteligível, o qual Platão diz a priori, que somos cópias da realidade, e que a realidade está em outro plano (Mundo da ideias).

Assim sendo,

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