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A Barbárie e Modernidade no séc XX

Por:   •  2/10/2016  •  Dissertação  •  478 Palavras (2 Páginas)  •  813 Visualizações

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O que conhecemos hoje como modernidade se iniciou com a exploração do globo pelos europeus por volta de 1500. Um grande elemento presente em seu período foi os ideais iluministas, que buscavam o esclarecimento, a razão, e motivou várias revoluções burguesas como a Revolução Francesa em 1789. Desde então a sociedade carrega na modernidade uma ideia de progresso e evolução inevitável, porem no século XX percebeu-se a barbárie “civilizada”, pois um dos significados de “Barbárie" é falta de civilização e outro significado é produção deliberada de sofrimento e morte como vimos nas duas grandes guerras, mostrando que a sociedade progredir não significa melhorar.

Segundo Karl Marx essa barbárie, que marcou uma ruptura no pensamento iluminista, se origina devido a busca de acumulação do capital. A Primeira Guerra Mundial inaugura esse novo estágio na história, onde se cria uma indústria da morte, todo o mundo girando em torno da máquina, e mostrando a capacidade maléfica e destruidora da modernidade.

Pode-se considerar moderna a barbárie que apresentar: A exterminação em massa pelas tecnologias de ponta; A impessoalidade do massacre, como observado em Hiroshima e ameaçado na Guerra Fria; A gestão burocrática, a eficácia e racionalidade desses atos; E a ideologia justificadora (“higiênica”, “biológica”, etc). Auschwitz contem todas as características dessa barbárie, sua estrutura de fábrica de morte, o genocídio dos judeus pensada de forma burocrática e mais eficiente possível destaca que isso não é um retrocesso na historia da sociedade, mas sim uma manifestação patológica da modernidade remetendo ao pensamento de Walter Benjamin, dizendo que o progresso técnico e industrial pode trazer grandes catástrofes. A alta burocracia dessa industria de homicídio assusta, pois os indivíduos envolvidos, estavam "apenas “seguindo ordens”, sem pensar, mostrando a alienação e omitindo assim sua culpa.

Theodor W. Adorno discute como foi possível existir tais incidentes, em especial o campo de concentração de Auschwitz, e também tenta dizer como evitar que isso se repita. Segundo o pensador essa barbarie pode ser evitada com a educação política nas escolas, para gerar em todos os indivíduos um pensamento crítico, além do esporte que incentiva o trabalho em equipe e ensina a perder. Porem o esporte também pode reforçar a barbarie se for levado de modo competitivo, alem do caracter autoritário e a vida em torno da máquina e da técnica também reforçarem a atrocidade.

Portando, o século XX mudou o conceito de barbarie, que remetia à uma era primitiva da sociedade, de irracionalidade e ineficácia para um tempo moderno onde a técnica prevalece e o caracter destrutivo emerge, a impessoalidade torna tudo mais cruel. A tendência da racionalidade instrumental é se tornar em uma loucura assassina, mostrando que casos como de Auschwitz e Hiroshima não são regressos a um período primitivo, mas pertecem as consequências dessa civilização moderna em que vivemos anulando a ideia de progressão linear.

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