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A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA NA GRADUAÇÃO E A COMPROVAÇÃO ATRAVÉS DO “DISCURSO DO MÉTODO” COMO INFLUÊNCIA NA ENGENHARIA CIVIL.

Por:   •  24/11/2022  •  Artigo  •  2.249 Palavras (9 Páginas)  •  134 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA NA GRADUAÇÃO E A COMPROVAÇÃO ATRAVÉS DO “DISCURSO DO MÉTODO” COMO INFLUÊNCIA NA ENGENHARIA CIVIL.

Emiliane Pinheiro Carneiro

RESUMO: A evolução contínua dos tempos obriga a todos os profissionais a fazer esforços constantes para se adaptar às novas exigências, novas metodologias não limitadas a conhecimentos especiais e competência técnica na sua área de especialização. Portanto, a educação precisa apoiar o estabelecimento de interações entre diferentes domínios do conhecimento, de modo que a competitividade seja sustentada pela inteligência coletiva dos diversos setores e atores envolvidos no processo. Portanto este estudo pode auxiliar os estudantes de engenharia civil a compreender a importância da leitura da Filosofia da Ciência no processo de formação profissional neste novo cenário por meio dos discursos utilizados por Descartes.

Palavras-chave: Filosofia; Ciência; Engenharia; Descartes; Metodologia;

ABSTRACT: The continuous evolution of times obliges all professionals to make constant efforts to adapt to new requirements, new methodologies not limited to special knowledge and technical competence in their area of ​​specialization. Therefore, education needs to support the establishment of interactions between different domains of knowledge, so that competitiveness is sustained by the collective intelligence of the different sectors and actors involved in the process. Therefore, this study can help civil engineering students to understand the importance of reading the Philosophy of Science in the professional training process in this new scenario through the discourses used by Descartes.

Keywords: Philosophy; Science; Engineering; Descartes; Methodology;

  1. INTRODUÇÃO

A criação de um pensamento crítico sobre algo novo ou algo já existente, não é possível se não amadurecido, lapidado, trabalhado. Eis a questão, como adquiri-los, como obter um senso que vai me fazer pensar, tomar decisões e agir de forma coerente e coesa sobre um estudo, um livro, um axioma, uma hipótese e etc. Então surge um paradigma que pode ser facilmente compreendido e aceito, porém, Há uma tradição da filosofia da engenharia que é largamente ignorada, mesmo por engenheiros o que gera grandes discussões tipo: “porquê estudar filosofia da ciência se nada disso contribui para nossa formação, se não tem influência direta no avanço da tecnologia, se não é exato nem nada?”. Porém se olharmos bem a filosofia ela lida com situações e questões que não podem ser resolvidas apenas com fatos, e que a filosofia da ciência é a aplicação desta abordagem ao domínio da ciência.

A ciência avança por raciocínio que se serve de indícios para chegar a uma causa, isto é, à pratica de recorrer a observações passadas para argumentar sobre o que ainda não foi observado, o que os filósofos julgam como “indução” e o consideram inadequadamente justificadas e portanto uma problemática para ciência. O método científico não é singular e direto, existem divergências  básicas sobre como a metodologia científica deveria se parecer. Com isso, mesmo estas questões sendo filosóficas, ainda assim elas tem consequências reais em como é feito a ciência, desse modo, podemos começar a entender que o discurso utilizado por Descartes em seu livro é de grande importância, pois, se olharmos todo avanço na ciência como em qualquer área, a de fato uma interferência dessas metodologias, dessa forma nos levando a concluir que com a filosofia também se faz ciência.

  1. O “DISCURSO DO MÉTODO” E A INFLUENCIA DIRETA NA ENGENHARIA CIVIL.

O discurso compartilhado por Descartes vem nos dar uma autonomia quanto a utilizar o bom senso ou a boa razão. Ele busca estabelecer uma maneira pela qual possamos chegar a um conhecimento seguro, conhecido por dúvida metódica.

Descartes destaca a problemática do uso incorreto da razão, ao considerar todos os homens racionais, a diversidade de opiniões só poderia ser segundo o filósofo um sintoma de mau uso da razão. “Inexiste no mundo coisa mais bem distribuída do que o bom senso, visto que cada indivíduo acredita ser tão bem provido dele que mesmo os mais difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuí-lo mais do que já possuem”.

Portanto o método cartesiano nasce de uma indagação sobre o erro, por isso entre outras coisas o filósofo busca a certeza matemática como fonte inspiradora para instauração de um método que pudesse lhe guiar em suas pesquisas. Outrora o erro que cometeu toda a tradição em acreditar demasiadamente na lógica Aristotélica e erigir uma ciência sob suas bases, Descartes evita cometer e erige um método afim de com muita cautela não derrubar os edifícios antigos sem antes ter certezas sólidas. Neste ponto o método poderia ser posto em xeque se não trouxesse certeza alguma, por isso não se trata de uma apologia, mas de um discurso.

O que isso contribui na engenharia civil? Para produzir algum artigo, tcc, ou iniciar um projeto é necessário uma ideia, porém devemos nos questionar sobre essa ideia, por que trabalhar nisso, qual retorno vou ter estudando isso, que impacto esse artigo vai causar na sociedade. Se olharmos para estas perguntas, nos leva a pensar exatamente como Descartes nos ensina em seu livro, lembrando que ele não nos obriga a segui-lo, porém quando voltamos para o trecho onde ele explica o surgimento da “dúvida metódica” encontramos a influencia da filosofia diretamente na ciência, mas que acaba nos atingindo inconscientemente exatamente pelas barreiras criadas ao longo dos ensinos básico e médio de nossa educação, quando tomamos como verdade que a filosofia não interfere na matemática, ciência, tecnologia e etc.

“A partir do momento em que desejava dedicar-me exclusivamente à pesquisa da verdade, pensei que deveria rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse supor a menor dúvida , com a intenção de verificar se, depois disso, não restaria algo em minha educação que fosse inteiramente indubitável.

Desse modo, considerando que nosso sentidos às vezes nos enganam, quis supor que nada que fosse tal como eles nos fazem imaginar. Por haver homens que se enganam ao raciocinar, mesmo no que se refere às mais simples noções de geometria (...), rejeitei como falsas, julgando que estava sujeito a me enganar como qualquer outro, todas as razões que eu tomara até então por demonstrações. (...)

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