A Modernidade Líquida Escrito

Trabalho 2: Escrito sobre cultura

Aluno: Carlos Eduardo Donatti

A cultura para Bauman.

 Para Bauman, a cultura é fundamentalmente um mecanismo de construção e transmissão de valores, costumes e identidades, que molda as relações sociais e os comportamentos individuais. A partir desta ideia penso que somos indivíduos muito compostos para termos pensamentos individuais, a cultura é algo mutável e discutível, e de fato muitas vezes se adequa a um ser só, em alguns momentos é até melhor assim, mas acredito que o meio cultural deveria ser embasado coletivamente, não se restringindo a apenas a opinião coletiva, mas sim discutido e analisado perante este meio. Somos seres profundamente juntos de nós mesmos, e isso é um paradoxo quase inevitável, onde não é como se não tivéssemos nossa própria individualidade, mas também não somos completamente sozinhos. Com isso, quero dizer que não precisamos desempenhar o mesmo meio cultural, nem se quer termos as mesmas opiniões, mas devemos sim entender tudo isso, e discutir isso com a mais pura intenção de reflexão, visando uma amplificação de pensamento, e indo contra a ideia do que nos é proposto.

Modernidade Liquida.

Vivemos em uma era de relações sociais voláteis e instáveis, como a água, propõe Bauman em sua metáfora da liquidez. No entanto, a questão de se isso é bom ou ruim é complexa e não tem uma resposta simples. Talvez não seja tanto sobre se é bom ou ruim, mas sim sobre como lidamos com essa mudança. Quando Bauman compara os tempos líquidos à água que muda rapidamente, ele parece fazer uma crítica à progressão desenfreada do mundo produtivo atual, onde as coisas chegam e partem tão rapidamente quanto vieram. Esta ideia está profundamente conectada com nossos relacionamentos e pensamentos atuais. Há alguns séculos, questões como emprego e relacionamento costumavam ser mais duradouras. As pessoas se comprometiam com uma carreira e um parceiro e esperavam permanecer nesse caminho ao longo de toda a vida. Hoje, somos constantemente bombardeados por uma avalanche de informações e mídias sociais, o que pode nos fazer sentir constantemente conectados, mas muitas vezes nos deixa mais isolados do que nunca. A pessoa que parece ter muitos amigos nas redes sociais e uma vida aparentemente feliz pode, na verdade, ser mais solitária do que a pessoa que acompanha tudo isso pela internet e almeja, através da inveja, ter uma vida semelhante. A rapidez com que as coisas chegam e partem hoje em dia facilita desistir de um relacionamento ou emprego, já que há inúmeras outras opções esperando por nós. No entanto, essa mentalidade também pode levar a uma pobreza intelectual e sentimental, onde trocamos de parceiro ou emprego, mas acabamos lidando com os mesmos problemas de antes, porque o problema está mais em nossa abordagem do que nas circunstâncias externas. Em suma, a metáfora da liquidez de Bauman nos convida a refletir sobre como navegamos nesse mar de mudanças rápidas e constantes. Não se trata apenas de reconhecer as transformações ao nosso redor, mas também de desenvolver habilidades de adaptação e resiliência para lidar com elas de maneira mais significativa e satisfatória.

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