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A PSICOPOLÍTICA NA FILOSOFIA

Por:   •  11/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  797 Palavras (4 Páginas)  •  125 Visualizações

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Dupla: Salatiel Mendes Rodrigues (Administração, Matrícula 737086) e Rafael Henrique (Contábeis, Matrícula 737009)

  1. Na sociedade Neoliberal segundo Han, a presença da liberdade não aponta para o surgimento de sujeitos verdadeiramente livres. Logo, os indivíduos estão apenas travestidos de uma “suposta liberdade”, consequência de que na prática eles se submetem de maneira amigável e espontânea às demandas do sistema, tornando-se cada vez menos cidadãos. Entende-se que a Psicopolítica de Han defende que o poder normativo não opera somente sobre os corpos, mas também sobre as mentes, através da chave de análise da doutrina neoliberal. Para o filósofo, o capitalismo se reinventa a todo o momento, permeado por novas técnicas de poder, elaboração de novos dispositivos de vida e morte, conduzido pelos parâmetros de liberdade de mercado, de consumo, enfim, expande o método de aprisionamento político e psicológico, se tornando atraente e amável. Para o autor, nada escapa ao sistema neoliberal, inclusive a Educação Popular, porém, há formas de resistir. A Psicopolítica seria então importante dispositivo referente a essa organização econômica denominada neoliberalismo, que atua sobre um campo fictício de igualdade e requer a todo momento diferenciação competitiva dos indivíduos.
  1. Em concordância com o autor, o poder disciplinar é marcado pela negatividade e por uma tentativa de coagir o outro para obedecer às suas ordens, podendo se manifestar de diferentes formas inclusive pela violência. Já o poder inteligente não é necessariamente proibitivo ou mesmo algo que se oponha à liberdade. É capaz de criar situações nas quais as pessoas são levadas a se submeterem à dominação por vontade própria. Assim, ele é mais afável do que repressor.
  1. A Biopolítica consiste em designar a forma na qual o poder tende a se modificar. Ao ter como alvo o conjunto dos indivíduos, a população. A biopolítica é a prática de biopoderes locais. No biopoder, a população é tanto alvo como instrumento em uma relação de poder. De modo geral, Byung-Chul Han aponta para um ponto cego na analítica do poder de Foucault, pois ela não reconhece o neoliberalismo como dominador de todas as tecnologias do eu, nem enfoca que a “otimização permanente de si como técnica de si liberal não seja nada mais que uma forma eficiente de dominação e exploração. Assim, o conceito de biopolítica de Foucault é inadequado para os dias atuais.
  1. Percebe-se enorme diferença entre o pan-óptico benthaminiano e o pan-óptico digital, já que o sistema de monitoramento do sistema Pan-óptico benthaminiano não utiliza dos recursos que o pan-óptico digital utiliza, ou seja, a observação realizada pelo condutor do sistema é realizada de forma menos explícita o que gera um medo maior dos detentos. O pan-óptico digital busca criar soluções rápidas para um indivíduo que está em um sistema de monitoramento, assim, a dinâmica para a observação funciona de forma mais precisa não sendo apenas o modelo utilizado no passado. Diferentemente do pan-óptico benthaminiano, que buscava impedir a conversa entre os prisioneiros, o pan-óptico digital é pautado na intensa comunicação de seus integrantes. Em nome da transparência, a comunicação é cada vez mais acelerada e quaisquer barreiras nesse processo devem ser eliminadas.
  1. Os big data são instrumentos psicopolíticos com uma vasta capacidade de obter grande quantidade de conhecimentos sobre dinâmicas de comunicação social, trata-se de um conhecimento de dominação que permite intervir na psique e que pode influenciá-la em um nível pré-reflexivo. Com os big data tudo pode ser mensurável e quantificável. E o que isso significa? Significa que através dos big data, a Psicopolítica digital aponta para o fim da pessoa e do livre-arbítrio, visto que cada dispositivo, cada técnica de dominação, produz seus próprios objetos de

devoção, que são empregados para a submissão, materializando e estabilizando a dominação. Os big data tem a capacidade de reunir uma quantidade imensa de dados. Entretanto, eles não produzem uma clareza quanto ao real significado desses dados, que passam a ser absolutos, dispensando uma compreensão mais profunda deles. Eles se tornam um Big Deal, segundo Han, já que os big data também poderia promover padrões coletivos de comportamento dos quais não seríamos conscientes como indivíduos. Nota-se, assim, que a Psicopolítica digital teria até mesmo a capacidade de intervir no comportamento inconsciente dos indivíduos.

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