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A Relatório Filosofia

Por:   •  12/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.100 Palavras (5 Páginas)  •  23 Visualizações

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DATA: 15/06/2023.

DISCENTE: THIAGO PIFFER LAURO.

TURMA: M13.

DOCENTE: FERNANDO ALEXANDRE FURTADO DOS REIS.

RELATÓRIO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE FILOSOFIA

1 INTRODUÇÃO

No decorrer do semestre, foram abordados conceitos da antropologia filosófica, um dos ramos da filosofia que trata sobre o ser humano e suas relações com a natureza, abordando diversos fatores, como os biológicos e culturais, e visando entender como tais fatores moldam a identidade do ser humano (SILVA, 2022). Para isso, foram apresentados os estudos dos filósofos Edgar Morin e Ludwig Wittgenstein, além de Carlos Medeiros, esse último focando no tema de raça e racismo na sociedade brasileira. Assim, o presente trabalho busca abordar todos os tópicos desenvolvidos durante este semestre.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 NATUREZA E CULTURA

Segundo Kant, o reino da natureza é determinado por leis de causa e efeito, enquanto o reino humano apresenta liberdade e razão. Entretanto, cultura não necessariamente significa tudo o que é feito pelo homem, seu significado depende do conceito abordado: o antropológico ou o restrito. No conceito antropológico, cultura seria toda construção simbólica criada pelo homem, sendo criada como forma de suprir alguma necessidade humana ou desejo simbólico, que variam de grupo para grupo, daí o surgimento da “pluralidade cultural”. Ainda nesse conceito, surgem as ideias de “tradição”, na qual os costumes de uma cultura são passados de geração em geração, e de “inovação”, que seria o rompimento com esses costumes (Psicanálise Clínica, 2020).

Já para o conceito restrito de cultura, a cultura (erudita) não precisa ter alguma função utilitária ou de suprir alguma necessidade e está exclusivamente ligada ao meio artístico, o “culto” sendo aquele com estudo sobre o meio artístico e sua interpretação, ou seja, trata-se de um conceito mais elitizado de cultura (Psicanálise Clínica, 2020).

2.2 RAÇA E RACISMO

O conceito de raça se apresenta como diferente de etnia, mas sendo igual a cultura, e teria surgido no século XVI pelo contato entre europeus e raças com culturas e fenótipos diferentes, sendo feito com intuito de cominação. Essa superioridade racial foi utilizada como justificativa para a escravidão e hoje é vista como repulsiva, mas suas consequências ainda afetam a sociedade, a chamada “ferida colonial”, que está ligada ao racismo estrutural. As pessoas negras, vítimas desse racismo, apresentam uma “lente” para tratar sobre o racismo, pois vivenciam essa realidade diariamente e, portanto, têm propriedade para falar sobre o assunto. Para combater esse racismo estrutural, Medeiros fala sobre a necessidade das políticas de ação afirmativa, que, além de ajudarem a criar oportunidades mais igualitárias, também trazem à tona a discussão racial (MEDEIROS, 2017).

Além disso, Carlos Medeiros trata sobre o mito da democracia racial brasileira, uma visão de que o Brasil era um “paraíso racial”, mas isso apenas em comparação com os Estados Unidos, onde o racismo se apresentava de forma mais evidente e era fortemente defendido pelas leis, o que acontecia de forma mais sucinta em território brasileiro por meio do racismo estrutural (MEDEIROS, 2017).

2.3 EDGAR MORIN

O filósofo Edgar Morin escreveu o livro “Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro”, no qual defende a ideia de “pensamento complexo”, ou seja, as diversas áreas de conhecimento com um objeto de estudo em comum devem ser mutuamente independentes, mas serem relacionadas entre si para alcançar o verdadeiro conhecimento. Para defender essa ideia, Morin utiliza-se de três princípios: o Hologramático, uma parte está dentro do todo e o todo está dentro da parte, cada um sendo essencial para compreensão do outro; o do Anel Recursivo, capacidade de um sistema complexo se reproduzir num ciclo de causa e efeito; e o Dialógico, ideias opostas precisam coexistir para terem sentido (LEFFA, 2022).

Seguindo essa lógica, diz que só é possível entender o ser humano utilizando-se das diversas áreas do conhecimento e ao situá-lo no universo, como um resultado do conluio entre condição cósmica, física, terrestre e humana. Além disso, o ser humano é totalmente biológico e totalmente cultural, o que pode ser exemplificado pela relação entre cérebro, mente e cultura, ou ainda entre indivíduo, espécie e sociedade, ambas as relações apresentando fatores biológicos e culturais entre si. Edgar também desenvolve a ideia de unidade e diversidade humana, na qual, embora os seres humanos apresentem características em comum, também apresentarão diferenças, sejam genéticas ou culturais. Por fim, elabora a ideia de “Homo Complexus”, no qual os seres humanos apresentam contradições dentro de si, por um lado sendo mais racionais (homo sapiens) e por outro mais emotivos (“homo demens”), por exemplo (MORIN, 2000).

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