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A VISÃO SISTÊMICA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO

Por:   •  13/12/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.221 Palavras (9 Páginas)  •  246 Visualizações

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VISÃO SISTÊMICA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO/SABER QUE SABEMOS

Gidel de Abrel Camolezi[1]

Ideilson Batista[2]

Jeferson Pereira da Silva[3]

Natália Silva Neris[4]

Vanessa Ferreira de Souza[5]

Resumo

        O presente artigo vem trazer uma proposta de ensino sobre a importância dos professores superar a visão fragmentada e recuperar a interdependência dos fenômenos da natureza e da vida. Tem como objetivo analisar o comportamento dos educadores considerando a interdisciplinaridade, a visão sistêmica e o trabalho em equipe.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade, Educação, Visão sistêmica.

INTRODUÇÃO

A evolução dos seres humanos proporcionou grandes avanços na linguagem, permitindo o aumento da sua capacidade de desenvolver atividades cooperativas, porém essa riqueza nas relações interpessoais fez com que aumentasse também a capacidade de criar um mundo interior, rompendo o contato com a natureza e os demais seres vivos, tornando-os pessoas totalmente egocêntricas. Essa alienação dos seres humanos ocasionou uma grande dificuldade aos professores em desenvolver práticas interdisciplinares que, por sua vez requer um bom entrosamento das partes.

Toda essa problemática dentro da escola acarretará transtornos não só aos professores que não conseguem superar o enfoque disciplinar, pois, essa visão cartesiana do meio ambiente, da sociedade, afasta as pessoas tornando-as individualistas, como também aos alunos, que tem a aprendizagem às vezes comprometida pela falta de um maior envolvimento, já que, entre as disciplinas há um espaço-tempo repleto de possibilidades, onde podem emergir outros horizontes de compreensão (GADAMER, 2008). E, são as interações que midiatizam a construção de conhecimentos múltiplos e imprevisíveis.

        Diagnosticar de que forma os docentes lidam com objetivos e trabalhos conjuntos; Identificar como está a visão sistêmica, a integração, a confiança e a complementaridade entre os profissionais; Identificar se a atuação dos docentes caracteriza-se como equipe interdisciplinar.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

        CAPRA em seu livro “A teia da vida”, trabalha o termo ecologia como o estudo das relações que interligam todos os membros do Lar Terra. A ecologia profunda não separa seres humanos ou qualquer outra coisa do meio ambiente natural. Este novo conceito de ecologia vê o mundo não como um conjunto de objetos isolados, mas como uma rede de elementos que estão fundamentalmente interconectados.

Sob este olhar, entende-se que os problemas da humanidade não podem ser entendidos isoladamente. É como um organismo onde tudo está interligado e são interdependentes. Esta abordagem sistêmica adequada ao processo educacional traria consideráveis mudanças no sentido de que todas as disciplinas não podem ser estudadas de forma isolada, mas que haja um diálogo entre elas. Estamos falando de interdisciplinaridade!

Carvalho (1998) define interdisciplinaridade como uma maneira de organizar e produzir conhecimento, buscando integrar as diferentes dimensões dos fenômenos estudados. Com isso, pretende-se superar uma visão fragmentada do conhecimento em direção à compreensão da complexidade e da interdependência dos fenômenos da natureza e da vida. A visão interdisciplinar é a que mais se aproxima da visão sistêmica, pois sai do setorizado para o integrado e ao romper as fronteiras disciplinares supera a fragmentação dos saberes e práticas.

Para Fazenda (2008), “interdisciplinaridade como atitude de ousadia e busca frente ao conhecimento, cabe pensar nos aspectos que envolvem a cultura do lugar onde se formam professores”, ou seja, ela apresenta uma nova postura diante do conhecimento, pois busca o contexto do conhecimento para romper os limites das disciplinas.

Segundo Dallabona (2007), descreve que o termo interdisciplinaridade é relativamente recente, mas a questão que deu origem a fragmentação do conhecimento é bastante antiga. Toda essa fragmentação ganhou espaço ao longo da história, chegando também ao setor educacional.

Infelizmente a evolução do ser humano fez com que ele perdesse o contato com a natureza e se transformasse em uma personalidade cada vez mais fragmentada.

A crença segundo a qual todos esses fragmentos — em nós mesmos, no nosso meio ambiente e na nossa sociedade — são realmente separados alienou-nos da natureza e de nossos companheiros humanos, e, dessa maneira, nos diminuiu. Para recuperar nossa plena humanidade, temos de recuperar nossa experiência de conexidade com toda a teia da vida.

Para CAPRA (1996), o papel crucial da linguagem na evolução humana não foi a capacidade de trocar idéias, mas o aumento da capacidade de cooperar. Precisamos reaprender a conviver uns com ou outros, desenvolvendo atividades que fortaleçam cada vez mais as relações interpessoais dentro da comunidade escolar de forma que haja uma transformação além dos muros da escola.Ainda CAPRA, para superar nossa ansiedade cartesiana, precisamos pensar sistemicamente, mudando nosso foco conceitual de objetos para relações. Somente então poderemos compreender que a identidade, a individualidade e a autonomia não implicam separatividade e independência.

Desde que o conhecimento começou a ser dividido, surgiu a questão de como reunir as partes resultantes dessa divisão. Desta forma Aristóteles, que buscava organizar e subdividir o conhecimento de acordo com seu tipo de objeto, propôs que esses conhecimentos deviam ser unidos numa totalidade explicativa (Dallabona e Dallabona, 2007).

A interdisciplinaridade é um tema bastante discutido no universo educacional. Desde a década de 60 esse termo tem sido foco de estudo de pedagogos, pesquisadores, cientistas, entre outros.

A interdisciplinaridade teve início a partir da Lei de Diretrizes e Bases Nº 5.692/71. Desde então, sua participação no cenário educacional brasileiro tem se tornado mais presente e, com a nova LDB Nº 9.394/96 e com os PCNs ela se tornou a peça fundamental. Além da sua grande influência na legislação e nas propostas curriculares, a interdisciplinaridade tornou-se cada vez mais presente no discurso e na prática de professores.

A prática interdisciplinar consiste num diálogo com os conteúdos e um compartilhamento de informações entre os docentes com o objetivo de buscar novos recursos, técnicas e novos horizontes a partir do que já foi utilizado, para melhora seu conhecimento e poder passá-lo com mais eficiência ao educando (OLIVEIRA, 2010).

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