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CRISE AMBIENTAL E OS NOVOS PARADIGMAS

Por:   •  18/6/2017  •  Artigo  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  379 Visualizações

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA

Campus Vitória da Conquista – BA

Coordenação de Engenharia Ambiental – COEMB

Disciplina: Filosofia e Ética                Professor: Ana Mary

Atividade Avaliativa, 3ª Unidade.

CRISE AMBIENTAL E OS NOVOS PARADIGMAS

Curso de Engenharia Ambiental

1º Semestre, 2014.1                                                                                                  

 

   

Vitória da Conquista – Bahia

2014


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA

Campus Vitória da Conquista – BA

Coordenação de Engenharia Ambiental – COEMB

Disciplina: Filosofia e Ética                Professor: Ana Mary

Atividade Avaliativa, 3ª Unidade.

CRISE AMBIENTAL E OS NOVOS PARADIGMAS

Filipe Albuquerque Lima, 2014118007.

 

Vitória da Conquista – Bahia

2014


CRISE AMBIENTAL E OS NOVOS PARADIGMAS

O ser humano é a única espécie dotada de poder para promover alterações ao equilíbrio do meio ambiente, podendo afetá-lo tanto de maneira positiva, quanto negativa. Com tal potencial que a espécie humana apresenta, advém também uma grande responsabilidade consigo e como o outro, o que for externo a ele, o não-humano. Porém, o que praticado comumente é algo diferente disso, há uma sobreposição entre o homem e o ambiente, considerando-se com superior a ele e caracterizando todo o “resto” como coisa.

Em tempos antigos, podia ser observada a relação entre homem e natureza com a qual existe certa submissão do primeiro para com o segundo. Os gregos antigos, por exemplo, encarava a natureza como um ser divino ao qual se objetivava a adoração. Logo após o advento do judaico-cristianismo, temos um primeiro deslocamento desse paradigma, deixando a natureza de ser o centro da adoração e tornando este a figura do deus judaico cristão. Junto com a criação do teocentrismo, surge um pensamento que ganhará força principalmente após a Idade Media, o de que os seres humanos são superiores às outras criaturas e o que tudo aqui é pura e simplesmente pra servi-los.

Seguindo essa linha de raciocínio – onde o homem considera-se um ser superior a todas as outras criaturas – pode-se dizer que se chega a uma corrente filosófica conhecida como antropocentrismo. Essa é considerada por muitos a força motriz da crise ambiental que se apresenta atualmente. Suas origens podem ser vinculadas aos pensamentos da época do renascimento, um ideal de entendimento onde o universo deve ser compreendido e avaliado unicamente pelas relações que estabelece com o homem.

Apesar de diversas influências, podem-se creditar dois pensadores como indivíduos que auxiliaram grandemente na construção do paradigma vigente. Esses são Francis Bacon e René Descartes, os quais serviram como porta-vozes da consolidação de novos ideais para a sociedade. Apesar de terem sua parcela de culpa, não se pode culpa-los pela totalidade dos problemas gerados pelas suas ideias, visto que apenas representam a externalização de uma mudança que a muito já vinha sendo desenhada.

Como anteriormente mencionada, Descartes e Bacon tiveram sua parcela de culpa. Bacon com sua afirmativa que o homem, devido ao sei conhecimento, pode subjugar a natureza e Descartes com a ideia de que a única fonte de conhecimento é a obtida por métodos cientificas e que somente o homem, único indivíduo dotado de razão, é capaz de obtê-lo, acabaram por desencadear uma revolução cientifica que levaram a mecanização das relações entre indivíduos e entre homem e a natureza. A partir daí tudo pode ser calculado e quantificado, e segundo Adorno e Horkheimer com essa alteração a racionalidade vigente se tornou calculista, algo que desumanizava o humano e se voltava para o técnico – só o que importava é o a partir desse momento é o procedimento. Em um capítulo de seu livro A Dialética do Esclarecimento, eles destacam:

O saber que é poder não conhece nenhuma barreira, nem na escravização da criatura, nem na complacência em face dos senhores do mundo. [...] A técnica é a essência desse saber, que não visa conceitos e imagens, nem o prazer do discernimento, mas o método, a utilização do trabalho de outros, o capital. [...] O que os homens querem aprender da natureza é como empregá-la para dominar completamente a ela e aos homens. Nada mais importa.

O humano submeteu o natural ao ser bel prazer, considerou o método cientifico o único capaz de obtenção de conhecimento e na crença de que o mundo é uma fonte inesgotável de recursos, acabou por a crise ambiental atual. Crise essa que reflete o pensamento de superioridade de nossa sociedade, a negligência a cerca da responsabilidade para com o ambiente e a necessidade de uma nova ética, a Ética Ambiental.

A Ética Ambiental seria uma nova forma de se encarar a natureza, uma que a considere como um ser possuidor de igual valor intrínseco. Objetivando uma retomada do caráter orgânico da humanidade – enfraquecida desde a o advento da revolução cientifica – relacionando-a novamente com o ambiente. O homem visto a partir da Ética Ambiental é um individuo que é parte integrante do ambiente, e como destaca em suas ideias o filosofo norueguês Arne Naess, principal expoente de um movimento chamado Deep Ecology[1], a consequência dessa nova perspectiva as espécies não-humanas e os ecossistemas assumiriam status maiores do que os apresentado atualmente, estabelecendo um relação eficaz e digna com a natureza.

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