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Conhecimento filosófico

Tese: Conhecimento filosófico. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/10/2014  •  Tese  •  1.921 Palavras (8 Páginas)  •  447 Visualizações

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2.3. Conhecimento filosófico

De modo geral, o conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento. A filósofa Lizie Cristine da Cunha (2008) definiu o saber filosófico como aquele que trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no universo. Segundo a autora, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. Por isso, é, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas questões formuladas pela mente, ela é traduzida em ideologia. E como tal influi diretamente na vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual.

2.4. Senso comum

Retomando a ideia de que as coisas por si só não têm sentido, sendo este atribuído a elas pelos homens, tratemos agora do senso comum, que é algum sentido dado coletivamente às coisas vividas. Para se orientar no mundo, o ser humano assume como certas e seguras diversas coisas, situações e relações entre fatos, coisas e situações. Estabelece, assim, sistemas de discursos sobre o que tem vivido, isto é, sistemas de conhecimento.

Nem sempre o senso comum representa a realidade. Às vezes, conceitos errôneos são formulados e adotados por coletividades. O pensador escocês David Hume (1711-1776), propôs um cuidado especial ao se tratar da causalidade, isto é, das relações de causa e efeito entre os eventos vivenciados. Adverte ele que o fato de um evento acontecer depois do outro não significa necessariamente que haja relação de causa e efeito entre eles.

É o caso daquele cidadão fumante que, respeitoso pelas regras de convívio, não fuma em ambientes em que haja outras pessoas, como um ônibus. Ele costuma esperar seu ônibus sem acender um cigarro, pois logo o ônibus chegará, deixando, assim, o prazer de fumar para depois da viagem. Se o ônibus, porém, demora a chegar, a falta de nicotina em seu organismo o deixará em estado de ansiedade que o levará a acender um cigarro. Como já se terá passado algum tempo de espera, o ônibus provavelmente já estará próximo e, assim, nosso amigo será surpreendido antes de acabar o cigarro. Como em sua experiência diária, pouco depois de acender o cigarro, é surpreendido com a aparição do ônibus, poderia supor que o fato de acender o cigarro causa a chegada do ônibus. O fenômeno observado por várias pessoas poderia estabelecer uma crença comum na causalidade entre o ato de acender o cigarro e o ônibus chegar. Aí está um caso de armadilha que o senso comum pode conter.

Algo simples como observar coisas como esta contribuiu muito para que a humanidade estabelecesse mais uma diferença fundamental entre formas de pensamento humano, entre o senso comum e a ciência.

2.5. Ciência

A ciência é uma forma de conhecimento, ou seja, é um tipo de sistematização de discursos (logos). Não é só o modo como são organizados os discursos, mas o próprio discurso científico é que tem características próprias. Ele se refere a algo bastante especificado. Não se faz ciência sobre a vida em geral ou o mundo em geral. Faz-se ciência quando se delimita aquilo que se quer estudar, o objeto de que se quer tratar. O objeto não é apenas delimitado, é construído, pois trata-se de algo ideal, de uma representação.

Mesmo nas ciências em que o objeto parece bastante concreto, como a química, por exemplo, que lida com os elementos da natureza, o discurso é montado sobre uma abstração, uma representação. O discurso científico trata do ferro ou do manganês abstratamente, fala de suas propriedades, classifica-as, agrupa os elementos de acordo com suas propriedades. O químico diz, por exemplo, que o sódio, o lítio e o potássio têm propriedades semelhantes e, por este motivo, pode classificá-los em um mesmo compartimento de saber, em uma mesma unidade abstrata de conhecimento, em uma mesma coluna da tabela periódica. Esta delimitação é da ordem do discurso e não da experiência.

Evidentemente, a delimitação é resultado da experiência humana na lida com os elementos da natureza. E, além disso, os resultados das sistematizações dos discursos podem ser verificados em condições experimentais, isto é, em laboratórios. O que se procura verificar é se o discurso que se fez é verdadeiro, ou seja, se o que se disse é condizente com a realidade. E isto que se disse tem o nome de hipótese, outra palavra grega, que significa: (hipo: sob, embaixo de) + thesis (tese, proposição, ato de por). Isto é, a hipótese é um discurso que está, na hierarquia do conhecimento, abaixo da tese. Esta só existe depois da verificação pela experiência.

Na produção do conhecimento científico é necessário, também, que se aja com MÉTODO.

Método grego methodos: meta (por, através de) + hodos (caminho)

Método, assim, é o caminho que se deve trilhar para se obter determinado resultado desejado. No caso de que tratamos aqui, método científico é o caminho para se obter o CONHECIMENTO CIENTÍFICO.

Por método, entendo as regras certas e fáceis, graças às quais todos os que as observam exatamente jamais tomarão como verdadeiro aquilo que é falso e chegarão, sem se cansar com esforços inúteis, ao conhecimento verdadeiro do que pretendem alcançar. (René Descartes, 2002. Discurso do método. Regras para a direção do espírito. São Paulo, Editora Martin Claret p. 81)

Aplicação Prática Teórica

2.3. Conhecimento filosófico

De modo geral, o conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento. A filósofa Lizie Cristine da Cunha (2008) definiu o saber filosófico como aquele que trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no universo. Segundo a autora, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. Por isso, é, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas questões formuladas pela mente, ela é traduzida em ideologia. E como tal influi diretamente na vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual.

2.4. Senso comum

Retomando a ideia de que as coisas por si só não têm sentido, sendo este atribuído a elas pelos homens, tratemos agora do senso comum, que é algum sentido dado coletivamente às coisas vividas.

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