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ESTÉTICA CLÁSSICA (GREGO ROMANA) E A ESTÉTICA DA ALTA IDADE MÉDIA

Por:   •  26/12/2015  •  Resenha  •  886 Palavras (4 Páginas)  •  599 Visualizações

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ESTÉTICA CLÁSSICA (GREGO ROMANA) E A ESTÉTICA DA ALTA IDADE MÉDIA

Estética é o estudo da beleza perceptível ou percepção do Belo na Natureza e na Arte. Na filosofia tradicional no mundo clássico, grego romano e no Ocidente Medieval, estética da percepção das essências integrada à ética e à Lógica (Belo = Bem = Verdade). Na estética clássica o Belo é correspondência do Bem e da verdade.

Nos períodos modernos e contemporâneos, a filosofia do Belo propriamente dito, do sublime até, por fim, a estética como ausência da beleza e a coisificação da obra de arte. O termo estética como ciência do belo, agregado ao estudo da essência da arte e de suas relações com a beleza e os demais valores, foi criado por Alexander Baumegarten.

 “É belo opor obstáculos a quem comete injustiça; senão, não de participar da injustiça dele” “O belo não é não cometer injustiça, mas nem mesmo querer fazê-lo”.

Desde cedo, a Arte e o Belo estiveram próximos.  Platão não diferenciou a Arte da Ciência: o raciocínio era uma arte e a Filosofia, isto é, a Dialética, também a era, e a mais bela arte de todas: “Acaso algures pode existir algo de belo que, fora da dialéctica, seja passível de aquisição por meio de uma técnica?” (Fedro, 266d).

Com exceção da Dialética, do pensamento, a Arte como pintura e poesia só imitavam o já existente. Não criavam. Eram, portanto, para Platão, artes de ilusão, afastadas da verdade, meras imitadoras da imagem da virtude (A República, X, 600b-601a).

“É justo chamar a filosofia de ciência da verdade, porque o fim da ciência teorética é a verdade, enquanto o fim da prática é a ação (...) Ora, não conhecemos a verdade sem conhecer a causa (...) Portanto, o que é causa do ser verdadeiro das coisas que dele derivam deve ser verdadeiro mais que todos os outros (...) Por conseguinte, cada coisa possui tanto de verdade quanto possui de ser” – Aristóteles (384-322 a.C.), Metafísica, Livro II, 1, 993b, 19-30.

Em contrapartida, o Belo não coincidia com a noção de objeto estético (o que só aconteceria, de fato, no século XVIII, a partir de Baumgarten) e, por isso, não fazia parte do âmbito da Poética. O Belo era a manifestação do Bem, a coisa mais digna de ser amada, só passível de admiração aos “neo-iniciados”, isto é, aqueles que por muito tempo haviam contemplado as realidades de outrora (Fedro, 250e-251a).

A Kalokagathia (καλοκαγαθία, nobreza) – a Beleza associada ao Bem – ganhou uma longa história no pensamento platônico (e, posteriormente, na filosofia medieval).

“O belo – ser vivente ou o que quer que se componha de partes – não só deve ter essas partes ordenadas, mas também uma grandeza que não seja qualquer. Porque o belo consiste na grandeza e na ordem e, portanto, um organismo vivente pequeníssimo não poderia ser belo (pois a visão é confusa quando se olha por tempo quase imperceptível); e também não seria belo o grandíssimo (porque faltaria a visão de conjunto, escapando à vista dos espectadores, a unidade e a totalidade; imagine-se, por exemplo, um animal de dez mil estádios...). Pelo que, tal como os corpos e organismos viventes devem possuir uma grandeza, e esta bem perceptível como um todo, assim também os mitos devem ter uma extensão bem apreensível pela memória” (Poética, VII, 44, 1450b-1451a).

O Estoicismo (sécs. III a. C. - II d. C.), filosofia muito influente no mundo romano e no pensamento cristão posterior, novamente ampliou o conceito de Arte. Para Cícero (106-43 a. C.), um verdadeiro vaso transmissor da filosofia grega para o mundo latino, mesclou as definições platônicas e aristotélicas e uniu o Belo ao mundo da Ética: o belo, além de uma composição das partes do corpo, era também, e sobretudo, a firmeza de caráter derivada da virtude.

No entanto, os estoicos mantiveram a perspectiva metafísica do Belo defendida por Platão e Aristóteles. Sêneca (4 a. C. - 65 d. C.), em uma de suas epístolas (Carta 65), ao explicar ao seu discípulo Lucílio os dois princípios dos quais o universo deriva (a causa e a matéria) e sua procura filosófica da causa primeira, afirma, com todas as letras, que toda a arte é imitação da natureza, e que a mais digna atividade do filósofo é sua contemplação, quando então dirige suas meditações para as alturas.

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