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Filosofia

Por:   •  22/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  649 Palavras (3 Páginas)  •  200 Visualizações

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1)- Quando nos propomos analisar o pensamento de Heráclito, a partir do texto, somos obrigados a levar em conta os seguintes itens: O mundo como devir eterno; A luta dos contrários; A unidade na multiplicidade; e O fogo primordial como "phýsis". Destacar de cada item, em breves enunciados, o que poderíamos chamar de "pontos centrais".

A ideia principal de Heráclito sobre o Devir eterno é a mudança, ou seja, o fluxo constante das coisas, a dinâmica, tudo se move sem cessar. O úmido seca, o seco umedece, o dia anoitece, a noite amanhece. O movimento é, portanto, a realidade verdadeira.

Para o mesmo, a luta dos contrários é harmonia e justiça, a harmonia para ele nasce da tensão entre os opostos e a justiça provém da guerra.

A ideia central referente a unidade da multiplicidade é baseado na ideia de que “tudo é um”, visto que, cada contrário nasce do seu contrário, isto é, são inseparáveis. O frio traz dentro de si o quente e o quente traz dentro de si o frio.

Por fim, Heráclito afirma que a phýsis é a origem sempre viva e eterna das coisas, é o fogo primordial, ou seja, é como a chama da vela, mas uma chama eterna, acendendo-se e apagando-se sem cessar. O fogo sempre vivo se acende e se apaga conforme à medida.

2)-Quando utilizamos a expressão de Heráclito: "o mundo como devir eterno" (p.81) ou como "fluxo universal" (p.82), o que o filósofo iônico pretende exprimir? Em que sentido o exemplo da "vela acesa" explica ou justifica a expressão mencionada?

Falando do “mundo como devir eterno” ou “fluxo universal”, Heráclito busca exprimir a ideia de que, inevitavelmente, lidamos com constantes transformações independente do objeto a ser analisado. Tudo se transforma incessantemente. Com o exemplo da vela acesa, reitera-se a ideia de constante mudança. Segundo Heráclito, temos a impressão de que a chama da vela é sempre idêntica a si mesma, imutável. Porém a chama é um processo de transformação: a cera da vela se transforma em chama e a chama se transforma em fumaça. Isso prova que, tanto a vela quanto a chama se transformam, bem como a natureza possui um fluxo universal.

3)- Num dos fragmentos que a tradição atribui à autoria de Heráclito nos topamos com a seguinte afirmação: "O que se opõe a si mesmo está em acordo consigo mesmo; harmonia e tensões contrárias como as do arco e da lira". Levando em conta o item, "A luta dos contrários" (p.82), qual é o comentário que pode - se extrair desse fragmento? Que exemplos concretos podem ser ressaltados?

Do comentário destacado, podemos extrair a ideia de Heráclito de que nada existe sem que haja uma respectiva oposição. É natural que haja um contrário para tudo. Exemplo: a noite traz dentro de si o dia e este traz dentro de si a noite; a necessidade traz dentro de si o acaso e o acaso traz dentro de si a necessidade.

4)- Por que o enunciado: "Unidade na multiplicidade" (p.82), não seria um enunciado desprovido de coerência? Como traduzir em nosso mundo atual, cambiante, fragmentado, plural, líquido...o sentido paradoxal desse enunciado? Talvez caberia falarmos de uma "unidade na relatividade"?

Apesar da aparente falta de coerência, ao falar sobre "a unidade na multiplicidade", Heráclito busca exprimir a ideia de que o um existe múltiplo. Cada contrário nasce do seu contrário e faz nascer o seu contrário, isto é, são inseparáveis. É possível destacar um sentido paradoxal no enunciado ao considerarmos as grandes desigualdades com as quais convivemos habitualmente no mundo contemporâneo, contrariando a ideia de "unidade na multiplicidade". De acordo com Heráclito, a existência do um como múltiplo em função dos contrários aconteceria de modo a haver uma espécie de equilíbrio. Apesar de ser possível destacar exemplos práticos que corroboram a teoria dos contrários, percebemos que nem sempre essa multiplicidade inevitável existe de modo a evitar grandes desequilíbrios, cabendo falarmos, portanto, de uma "unidade na relatividade".

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