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Filosofia

Por:   •  1/6/2015  •  Seminário  •  1.255 Palavras (6 Páginas)  •  207 Visualizações

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Evolução Ereta

Mudanças hormonais modificaram radicalmente a reprodução humana, atribuindo cada vez maior importância à sexualidade no jogo das relações afetivas e reprodutivas. Provavelmente em razão do bipedalismo e da postura ereta, as crias humanas passaram a nascer mais imaturas, demandando cada vez mais cuidados por parte dos adultos, A dependência dos filhos em reação aos adultos foi se acentuando, fazendo com que as primeiras formas de parentesco se afirmassem. Conciliar a vida econômica, e as atribuições provenientes da divisão do trabalho com a criação de filhos que deviam ser alimentados passou a fazer parte do cotidiano desses bandos em que se desenvolveram nossos ancestrais.

Por outro lado, no bojo das transformações fisiológicas, a perda dos pelos nos quais se seguravam os filhos dos primatas superiores dificultou a locomoção das fêmeas, que aprendiam a carregar suas crias nos braços.

De qualquer modo, é importante perceber que a vida em bando se tornava mais complexa, exigindo cada vez mais muita criatividade e improvisação dos nossos antepassados, além de, como veremos, a capacidade de reorganizar e renomear o mundo.

Mudança de Hábitos

Para gerir tantas modificações capazes de garantir a sobrevivência aos ascendentes do Homo sapiens, eles desenvolveram uma forma muito peculiar de vida grupal - uma associação baseada nas reações consanguíneas e de parentesco, mas flexíveis a ponto de incluir reações estabelecidas com base na troca e na cooperação. Esses bandos ou hordas, que deram origem às tribos, exigiam grande dose de criatividade e altruísmo, assim como a capacidade de discernir as bases de compromisso estabelecidas com cada membro do grupo.

As relações sociais se diversificavam, afastavam-se de sua origem genética, e as regras de convivência e tolerância se tornavam mais importantes para a manutenção e reprodução do grupo. Muito tempo deve ter sido gasto na elaboração desses laços novos que se criavam no interior das hordas humanas, fazendo conviver a divisão de trabalho com as regras de exogamia e parentesco.

Esse arranjo complexo, bastante inovador, que fundia comportamentos instintivos ordenadores da reprodução sexual com formas de trabalho cooperativo, tornou-se ainda mais complicado quando, inventando a agricultura, nossos antepassados puderam fixar-se em um sítio e nele estabelecer princípios de propriedade.

Floresta, Savana...

Mudanças exigiam que o homem deixasse características típicas de sua espécie e adotasse outro tipo de sensibilidade, percepção e comportamento, o que acarretou transformações internas também drásticas em relação à aquisição de conhecimento, às formas de expressão e à comunicação com seus pares.

Essas transformações implicaram o abandono do que chamamos de "estado de natureza", no qual o homem integrava-se ao ambiente natural e agia guiado por seus instintos e pelo conhecimento genético herdado dos antepassados. Esse conhecimento e as formas de comportamento instintivo, que o faziam reagir de forma padronizada aos estímulos exteriores, foram substituídos por novas ações e atitudes que caracterizam o "estado de cultura". Esse comportamento, estabelecido por convenção, foi sendo organizado pelos grupos humanos a partir do momento que perceberam que as condições inusitadas em que se viam obrigados a viver e a interagir exigiam respostas diferentes das geneticamente condicionadas,

Clifford Geertz é um dos autores que procuram associar natureza e cultura, afirmando que as modificações que aqui descrevo só foram possíveis porque foram impulsionadas pela cultura. Segundo o autor, a cultura foi o ingrediente essencial e orientador na produção desse animal.

Evoluindo o Social

Simbolismo

Simbolismo é a capacidade mental e linguística do ser humano que lhe permite referir-se a determinado elemento da realidade objetiva, ou subjetiva, por intermédio de um signo (palavra, gesto ou grafismo) que o substitui por convenção, permitindo a reflexão sobre ele e sobre as ideias que essa experiência suscita.

Simbolismo, é também, o nome dado ao movimento artístico surgido na França, no século XIX, em reação ao realismo e ao naturalismo. Por seu intermédio, os artistas pretendiam expressar não a realidade objetiva, mas o mundo dos sonhos e das imagens místicas.

No Homem

É preciso lembrar, que essa transformação radical se dava durante processo no qual os nossos antepassados passavam a viver em grupos maiores e mais complexos, com parentes, vizinhos e rivais. As decisões, inovações e criações no estilo de vida deveriam ser compartilhadas e comunicadas aos membros desses grupos e a todos que quisessem a eles pertencer. Nesse processo, o simbolismo e a linguagem foram as ferramentas mais importantes. Foram eles que possibilitaram renomear o mundo e atribuía ao meio circundante novos significados, ideias, conceitos e conteúdos. Cada palavra, gesto ou som significava um coisa, uma ideia, um sentimento ou um valor novo que deveria ser compartilhado

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