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Karl Marx - Filosofia

Por:   •  24/4/2016  •  Resenha  •  1.927 Palavras (8 Páginas)  •  387 Visualizações

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Karl Marx

Karl Marx (1818-1883) foi um teórico político e economista as suas ideias foram base do Marxismo (teoria que está na base do Comunismo). Acreditava que a história era formada por contradições econômicas que causavam o colapso dos sistemas econômicos e sociais, e que o capitalismo era inerentemente imperfeito, o que leva à ideia de que o Marxismo é uma forma de materialismo em que quase todos os aspectos da cultura são vistos em termos de forças econômicas. Na segunda metade do século XIX, o Marxismo adota o termo proletariado para designar as pessoas que vendem a sua força de trabalho. Estas não estabelecem relações ditas humanas com o patronato, mas sim relações econômicas através do salário. Todas as sociedades estão divididas em classes sociais e a luta que as opõe atinge o seu máximo de clareza na sociedade capitalista, onde há uma clara distinção entre proprietários dos meios de produção e os trabalhadores.

Marx reconhece o interesse de formar um partido operário para acabar com o domínio do poder pela burguesia, sendo que este partido não podia estabelecer alianças com a classe dominante. Só assim seria possível chegar ao objetivo: uma sociedade sem classes.

Desenvolvimento

Marx tem como ideia base que o conceito de sociedade implica a luta e o “choque” de classes. Desde cedo se verificou a existência de classes dominantes, desde a Roma Antiga, estando esta hierarquicamente dividida em patrícios, cavaleiros, plebeus e escravos; bem como na Idade Média, em senhores feudais, vassalos, burgueses e oficiais servos. Deste confronto entre classes hierarquicamente diferentes resulta sempre uma transformação revolucionária ou o desaparecimento das classes em causa. Assim, o que Marx verificou é que também a sociedade em que vivia estava dividida em classes, burguesia e proletariado. No entanto, apesar de ser uma divisão simplificada, os antagonismos sociais mantinham-se.

Marx defende que a burguesia ascendeu principalmente devido à revolução industrial, em que a força do homem foi substituída pela do vapor e da maquinaria. Isto provocou grandes percentagens de desemprego no campo, o que originou o êxodo para as cidades e o emprego da mão-de-obra nas fábricas, o que provocou também a substituição da classe média industrial pelos burgueses modernos milionários e industriais. A ascensão da burguesia ao topo hierárquico social teve como consequência a substituição das relações feudais e patriarcais pelo trabalho assalariado, o que segundo o autor, é a simples exploração direta, disfarçada por valores políticos e religiosos. A influência da burguesia foi tão grande que até a relação familiar foi reduzida a uma mera relação de dinheiro.

A época da burguesia distingue-se de todas as outras pela ininterrupta revolução dos métodos e técnicas. Por outro lado, também é distinta pela supervalorização dos produtos e dos lucros. Todas estas transformações a nível produtivo refletem-se nas relações sociais e na superestrutura ideológica que engloba toda a sociedade.

Em termos demográficos, e devido aos seus interesses, a burguesia promoveu o desenvolvimento cosmopolita em detrimento do ambiente rural. Assim, a população aglomerou-se e os meios de produção e a propriedade foram concentrados em poucas mãos. Em termos econômicos e políticos a classe burguesa permitiu legalmente a livre concorrência.

Todas estas profundas alterações não foram aceitas passivamente, pelo contrário, produziram revoltas dentro do proletariado. Assim, a burguesia deparou-se com várias crises. Para superá-las recorreu à eliminação ou aglomeração de forças produtivas por ela não controladas, e também à conquista de novos mercados e à exploração mais exaustiva de mercados já existentes.

Desta forma, a burguesia foi superando os obstáculos levantados pelo proletariado, passando este a um estado de dependência total, sendo o seu trabalho diretamente proporcional ao aumento do capital. Para, além disso, o trabalho perdeu o caráter pessoal e humano já que o homem se tornou um mero acessório da máquina. Isto faz com que o trabalhador fique alienado ao ato de produção, já que não tira satisfação naquilo que faz nem tão pouco pode adquirir o que produz.

O homem foi assim transformado num meio para se atingir determinado fim (o capital). Por outro lado, a máquina promoveu o desaparecimento da divisão do trabalho, uniformizando-se as condições do trabalhador. Verificou-se também a redução dos salários e a diminuição da necessidade de recorrer a outros meios que não a máquina.

Assim, com o progresso da maquinaria, o trabalho do homem tornou-se cada vez mais inútil e a fonte do seu sustento cada vez mais insegura, prejudicando as condições do proletariado e provocando a transição de alguns setores da burguesia para a classe contrária.

O proletariado, para lutar pela melhoria das suas condições, organiza-se em coligações e movimentos contra os burgueses. Para Marx e Engels, estas coligações e movimentos devem ser incluídos nos movimentos políticos, já que todas as lutas de classes são lutas políticas. Como o proletariado é simultaneamente o produto e o produtor da grande indústria, só este terá capacidade de lutar e de criar revolução contra ela e contra a burguesia em prol dos seus direitos.

Podemos assim concluir que o progresso industrial contribui apenas para a ascensão da burguesia e para o declínio cada vez mais acentuado do proletariado, o que leva Marx a concluir que a classe dominante é impotente para assegurar e regular as condições de vida daqueles que oprime de um modo constante e estável.

Na carta que Marx escreve a Joseph Weydemeyer, afirma que a existência e a luta de classes já haviam sido discutidas anteriormente e, por isso, não foi essa a sua inovação. Esta se traduz em três pontos:

• Demonstrar que a existência das classes sociais está intimamente ligada a determinadas fases de desenvolvimento histórico da produção;

• A luta de classes conduz necessariamente à ditadura do proletariado;

• Esta ditadura constitui-se como um estado de transição para a superação de todas as classes e para a ascensão de uma sociedade sem classes.

Marx começou por fazer uma revisão crítica à Filosofia do Direito de Hegel, concluindo que as relações jurídicas enraízam-se nas relações materiais da vida, o que será o mesmo que dizer “sociedade civil”. Concluiu também que a base da sociedade civil é a economia política. Desta forma, o autor focalizou a sua

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