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Meaning and Understanding in the History of Ideas - Quentin Skinner

Por:   •  10/5/2017  •  Resenha  •  570 Palavras (3 Páginas)  •  394 Visualizações

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Meaning and Understanding in the History of Ideas - Quentin Skinner

Resumo

Ideia central: metodologia de abordagem dos textos

  1. Textos clássicos não contêm sabedoria perene: esse “absurdo histórico” leva o historiador das ideias a se concentrar no assunto exclusivo ao que o texto se refere. Leva o historiador a investigar a estrutura interna do texto, como se ele estivesse sido escrito por um contemporâneo. Esse equívoco compromete a investigação: a história deixa de ser história e torna-se mitologia.

  1. Abordagem focada na estrutura interna do texto resulta em:

Mitologia da doutrina

Consiste em esperar que cada autor anuncie alguma doutrina acerca de cada assunto de sua disciplina.

  1. Corre o risco de converter observações de um autor clássico em doutrinas que ele jamais anunciou nem teve tal intenção. Assim há susceptibilidade ao anacronismo, à impropriedade histórica decorrente da atribuição de uma doutrina a um autor que, à sua época, jamais poderia tê-la formulado. A interpretação do texto clássico deve considerar o contexto em que foi escrito.
  2. Corre o risco de criticar um autor clássico pela falha no enunciado de uma doutrina característica de sua disciplina (inverso da primeira, e assim, também suscetível ao anacronismo)

Mitologia da coerência

Consiste na atribuição de uma consistência absoluta as obras de autores que falharam em apresentar suas ideias de modo consistente e sistemático.  Neste caso, historiadores incorrem em erro ao tentar suprimir as informações que “parecem” comprometer a coerência do texto por ter falhado na construção de um termo totalmente coerente.  Descartam um dos polos da contradição, ignorando as tensões que caracterizam as obras de todo grande autor, tentando salvar a todo custo a coerência das ideias de um autor, sacrificando parte do que o próprio autor registrou no texto.

Mitologia da prolepsis

Consistem no tipo de discussão que somos inclinados a criar quando estamos mais interessados no significado retrospectivo de um episodio do que em seu sentido em seu próprio tempo. Quando se descreve uma obra clássica negligenciando a intenção do autor.  Ex: estigmar os pontos de vista políticos de Platão em “A Republica” como sendo de um “partido politico totalitário”.

  1. Skinner propõe que o método histórico deve situar o texto em contexto histórico que nos permita identificar o que os autores estavam fazendo ao descrevê-los.  Esclarece que “se quisermos compreender tais textos, devemos ser capazes de oferecer uma explicação não meramente do significado do que foi dito, mas também do que o autor em questão pode ter tido a intenção de dizer ao dizer o que disse”.  Propõe a distinção entre aquilo que o texto diz (significado) e aquilo que o autor faz ao dizer o que diz (ato linguístico). Neste ultimo refere-se às indagações: Quais questões o autor se debruçava? Quais questões ele tentava formular soluções?

Em primeiro lugar, o historiador das idéias deve tentar explicitar o contexto discursivo no qual o texto foi produzido, a fim de descobrir tudo aquilo que o autor pode ter tido a intenção de comunicar a seus leitores.

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