ESTRATÉGIA DE LEITURA: O QUESTIONAMENTO DO TEXTO NA CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS DA LEITURA. STRTAGIES OF READING: QUESTIONING THE TEXT IN THE MEANING CONSTRUCTION OF READING.

ESTRATÉGIA DE LEITURA: O QUESTIONAMENTO DO TEXTO NA

CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS DA LEITURA.

STRTAGIES OF READING: QUESTIONING THE TEXT IN THE

MEANING CONSTRUCTION OF READING.

Bruna Belloti da Cruz – Orientadora: Renata Junqueira de Souza

Campus de Presidente Prudente. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Pedagogia – brubelloti@hotmail.com –

PIBIC/CNPq.

Palavras chave: leitura; estratégias de leitura; questionamento do texto.

Keywords: reading; strategies of reading,; questioning the text.

1.INTRODUÇÃO

A leitura tem importante papel na formação de um cidadão autônomo, que faculta em um

crescimento subjetivo, desenvolvendo o imaginário e criando as condições para a formação de um

ser mais reflexivo, incluindo-o na sociedade de maneira mais ativa (MESQUITA, 2006).

O papel da escola, logo, seria o de incentivar e criar as condições necessárias para a

criança se aproximar do livro. O que exige um ensino de leitura mais dinâmico e integrador, e

professores capacitados e comprometidos com a formação de leitores.

O ensino de leitura na escola em geral se baseia em métodos insatisfatórios que não

atendem aos interesses das crianças, com professores que insistem em práticas retrógradas, por

vezes ineficientes, de maneira que não alcança grandes resultados.

Diante do exposto, a pesquisa “Leitura na escola: espaços e contextos a realidade brasileira e

portuguesa” realizada ao longo de três anos por um grupo composto por oito docentes, integrantes

da Universidade Estadual Paulista – UNESP, das cidades de Marília, Assis e Presidente Prudente,

desenvolvida por dois grupos: “Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil”, da

FCT-UNESP (Brasil), e “Literatura Infantil e Educação para a Literacia”, do LIBEC – Centro de

Investigação em Promoção da Literacia e do Bem-Estar da Criança, da Universidade do Minho

(Portugal), buscou refletir e avaliar as relações dos alunos com sua língua materna e seu

aprendizado de leitura, constatando-se o fato de que os alunos não aprendem a ler pelos métodos

realizados nas escolas.

O que resultou em um trabalho de capacitação de professores atuantes na rede municipal das

cidades participantes desta pesquisa, através de um curso que os orientou sobre o ensino da leitura

por meio de estratégias metacognitivas, um ensino de leitura que incorpora compreensão,

interpretação e reflexão dos textos.

As estratégias de leitura metacognitivas promovem um bom envolvimento do leitor com o

texto, pois durante a leitura, ao ativar uma das estratégias, o leitor estabelece um maior vínculo com

o texto, favorecendo sua compreensão e interesse pela obra em questão. As estratégias de leitura

trabalhadas são: conexão texto-texto, conexão texto-leitor, conexão texto-mundo, visualização,

questionamento, inferência, sumarização e síntese.

2.FUNDAMENTAÇÃO TEORICA E OBJETIVOS

As estratégias metacognitivas, resumem-se a pensar sobre o próprio pensamento, tomar

consciência do que sabemos ou não. Em geral nos utilizamos de estratégias cognitivas pra construir

significados na leitura, processos automáticos dos quais não possuímos consciência.

O projeto busca entre outras coisas, aperfeiçoar e tornar consciente os processos de leitura,

ensinando estratégias metacognitivas (incentivando os estudantes a perceberem e pensarem sobre os

processos cognitivos pelos quais passam durante a leitura).

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Ou seja, fazemos com que os leitores passem pela desautomatizaçao do processo cognitivo

ao utilizar estratégias metacognitivas, tornando-o consciente, possibilitando que auto-avalie sua

própria compreensão, e atribua significados à sua leitura. Neste caso as estratégias metacognitivas

possibilitam uma reflexão consciente da leitura. (KLEIMAN, 1992).

Portanto o ensino de estratégias de leitura pode favorecer significativamente na

compreensão do leitor. A seguir apresento a estratégia de questionamento, que de acordo Harvey e

Goudvis (2007) são as perguntas que surgem na mente do leitor, e que colaboram para a

compreensão do texto.

Quando as perguntas são feitas pelos próprios leitores, o interesse surge mais

prazerosamente, ao promover este ato, dá se a oportunidade para a construção de um leitor mais

autônomo, entretanto estamos acostumados a um modelo no qual o professor fornece perguntas

prontas ao aluno, e em geral espera respostas pré-determinadas.

(...) com o que indicam diversas pesquisas sobre a leitura, podemos afirmar que,

em seu ensino, os professores dedicam a maior parte de suas intervenções a

formular perguntas aos alunos e estes, logicamente, dedicam-se a respondê-las, ou

pelo menos a tentar. No entanto, alguém que assume responsabilidade

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