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O CONCEITO DE ANGÚSTIA EM KIERKEGAARD

Por:   •  21/10/2019  •  Monografia  •  5.515 Palavras (23 Páginas)  •  310 Visualizações

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JOSUÉ MALAKOSKE (8077572)

Licenciatura em Filosofia

O CONCEITO DE ANGÚSTIA EM KIERKEGAARD

Orientador: Prof. Dr. Paulo Rogério da Silva

Claretiano - Centro Universitário

FLORIANO-PI

2019

O CONCEITO DE ANGÚSTIA EM KIERKEGAARD

Josué Malakoske[1]

RESUMO

O Presente artigo tem como objetivo central, concentrar uma profunda reflexão do conceito da angústia na concepção filosofal de Sören Kierkegaard. A angústia é um sentimento muito presente na vida do homem e da mulher. Em tempos contemporâneos, este sentimento, vem gerando em sua grande maior parte das vezes, um pico de desequilíbrio emocional muito elevado do normal, proporcionando ao sujeito a ter dores emocionais de maneira que possa se converter em desespero e se concretizando em suicídio. Este artigo, não tem a intenção de analisar o desespero e o suicido e sim, apenas será analisado o conceito de angústia em si. Conclui-se que o conceito de angústia em Kierkegaard está constituída em ser causada pela liberdade concedida ao homem. Kierkegaard em um primeiro momento chega à conclusão de que é o nada que é o grande gerador da angústia no interior do indivíduo, a angústia é uma qualificação do espírito que sonha, que a qual pertence à ciência da psicologia.

Palavras-chave: Angústia. Espírito. Liberdade. Conceito. Fé.


INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo apresentar o conceito de angústia em Kierkegaard, mais precisamente baseado em sua obra: ‘‘O Conceito de Angústia’’ obra que a qual terá como intenção particular tratar da grande problemática da questão da angústia. Para fins de um bom desenvolvimento, o trabalho está dividido em três tópicos. O primeiro tópico abordará um breve desenvolvimento da palavra “angústia”, partindo do pressuposto das concepções de angústia trazidas pelo dicionário Logos.

Estas concepções são bases fundamentais para que se possa entender mais tarde o conceito de angústia no pensamento do filósofo Kierkegaard. A primeira concepção adotada por tal dicionário é referente à origem de sua palavra e da maneira que ela é vista em sentido geral da questão. Ainda no primeiro tópico, introduziremos o pensamento de Kierkegaard em relação ao conceito de angústia para fins de encontrar uma conclusão mais breve e sucinta sobre a grande problemática “angústia”.

No segundo tópico deste estudo, será aprofundado o conceito de angústia no pensamento filosófico de Kierkegaard. Este ponto, será embasado a partir da obra: ‘‘O Conceito de Angústia’’, com aspectos de fundamentação ao seu primeiro e quinto capítulo. Este tópico apresentará trechos que corresponde a definição e o esclarecimento da angústia, pretendo abordar o conceito da angústia nas perspectivas da liberdade do homem em função ao seu mundo de possibilidades de múltiplas escolhas, também abordarei neste tópico a explicação de Kierkegaard em relação de sua tentativa em querer justificar o ato do indivíduo ser inocente em função de seu ato cometido perante o seu momento de angústia.

O terceiro tópico deste estudo terá uma reflexão da obra de Kierkegaard para fins de conceituar a problemática e de elencar pontos positivos e negativos da angústia. Neste terceiro tópico, observaremos o pensamento de Kierkegaard em relação a fé e a angústia, será possível notar que Kierkegaard busca explicar em seu capítulo final a grande importância da angústia na vida dos indivíduos, ele buscará em primeiro momento afirmar que a angústia é por sua vez uma aventura na qual ninguém é vedado de se passar, segundo Kierkegaard, todos devem aprender a angustiar-se e lidar com suas angústias, para fins de evitar que caiam ao desespero de tomar dramáticas ações negativas em função de sua queda ao terrível mar profundo da angústia.

1. O CONCEITO DE ANGÚSTIA SEGUNDO O DICIONÁRIO “LOGOS”

O conceito de angústia tratado pelo dicionário logos aborda alguns conceitos de significados que fundamentaram uma breve definição de angústia. Essa definição dada pelo dicionário será a base para depois dissertar sobre o conceito de angústia tratado pelo filósofo Kierkegaard.

A palavra angústia é de origem grega, cuja sua expressão é sufoco que significa certa circunstância de que o homem se encontre em um tipo de sufoco perante a um mal iminente, cuja sua realização é infalível, sendo que este mal é um tipo de mal de que o homem passa por partes, este mal não deve ocorrer de modo repentino e sim deve no entanto ocorrer por partes[2].

O mal tratado pelo dicionário Logos não é um mal provocado por fatores externos, o mal aqui é um tipo de mal que é estipulado por fatores internos, isto é, a pessoa que passa por este mal pode até mesmo não saber o porquê de se sentir agoniado, pois, a angústia é um tipo de mal que não se tem um objeto certo, esta angústia se trata de um caráter indeterminado. A angústia no dicionário Logos pode, no entanto, ser diferenciado do sentimento de medo, pois, o medo se trata de algo determinado, ou seja, é uma ameaça concreta que possui a necessidade de se prevê.

Para a filosofia, o conceito de angústia procura assumir um novo significado, sendo que o seu significado acaba se tornando um denotado central para a filosofia. Para o filósofo Kierkegaard, a angústia é entendida como um desespero, isto é, a angústia está ligada ao fracasso da contradição. É, no entanto, o homem que não consegue suportar a dor de sua falha perante a si e aos demais, a angústia é visada como algo que está totalmente ligada à liberdade e a possibilidade de escolha.

Kierkegaard busca também explicar a angústia como um atributo específico do homem em buscar experimentar o atributo por meio de sua liberdade em ter que decidir em meio às possibilidades. O filósofo Kierkegaard, não só apresenta o conceito de angústia para a filosofia, como também procura destrinchar o conceito de angústia no campo da teologia, neste campo, a angústia torna-se uma categoria capital que tem como objetivo mostrar a natureza do pecado. Em suma, estudiosos da língua portuguesa afirmam que: “a angústia é uma espécie de ansiedade ou de aflição provocado por uma tribulação ou sofrimento[3].

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