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O Discurso do Método

Por:   •  2/4/2018  •  Resenha  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  195 Visualizações

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DISCURSO DO MÉTODO

René Descartes

O livro Discurso do Método, de Renê Descartes, da gênese ao método racionalista moderno.

Contexto: No século XVII a Europa havia acabado de vivenciar o seu Renascimento Cultural e passava por uma série de transformações, como as reformas religiosas. Essas transformações colocavam em xeque conhecimentos anteriores, alguns deles vindos da Escolástica Medieval, assim como retomava, em certa medida, o conhecimento da filosofia grega, que tinha uma ampla valorização dos processos racionais.

Descartes, buscando algumas certezas em meio ao turbilhão de conhecimentos que eram revividos nesse período, tenta estabelecer uma espécie de padrão de verificação, algo que pudesse ser regular na forma de se produzir ciência.

  1. Busca por uma unificação dos saberes
  1. Padrão;
  2. Verificação;
  3. Regularidade.

Descartes está buscando estabelecer o modus pelo qual a ciência é feita. Um método de fazer que se adequaria para qualquer área de conhecimento, um padrão que serviria com eficiência para verificar as evidencias encontradas e, possivelmente, estabelecer previsões com base na regularidade com que os eventos se sucediam.

  1. As etapas do método:

i) Evidência -> Suspensão do juízo;

        Não se pode aceitar um argumento como verdadeiro sem ele antes passar pelo crivo da razão, para verificar se nele há um sentido, uma coerência.

“Todas as vezes que eu duvidar de um argumento que me é oferecido, de algum conhecimento que me for transmitido, eu devo suspender o meu juízo. Não vou negar, nem afirmar esse conhecimento.”

        Suspender o juízo significa colocar a razão em alerta e fazer uma pausa sobre o critério de verdade ou mentira.

ii) Análise -> Dividir para ter acuidade;

        Após a evidência, é necessário analisar cada um dos elementos apresentados.

“Para poder analisar, eu preciso dividir todos os argumentos, todos os elementos com os quais estou trabalhando, para ter uma certa acuidade sobre cada uma das partes. Analisar o todo, é muito mais difícil.

Alguém que quer conhecer a floresta como um todo, formará conhecimentos generalizados e superficiais. Mas, à medida que eu adentrar cada uma das regiões dessa floresta, e puder me debruçar, dedicar a minha atenção, a cada uma das partes por vez, isso me permitirá um olhar mais cuidadoso sobre essas partes e, consequentemente, um conhecimento mais aprofundado.”

iii) Síntese -> Reunir do mais simples ao mais complexo;

        A seguir, é preciso realizar uma síntese dos elementos que produziram resultados.

“Vou buscar reunir todos os elementos a que eu cheguei em resultados, e reunir esses elementos do mais simples até o mais complexo, ou seja, buscando cada uma das particularidades que encontrei e as levando até uma generalização maior.”

iv) Enumeração -> Verificar possíveis omissões;

        Por fim, a enumeração.

“Nessa fase eu devo escrever em forma de relatório, verificando todas as possíveis omissões que eu possa ter cometido, verificando qual é, de fato, a coerência que os meus argumentos encontram e se houve algo que passou desapercebido.”

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